💉Dados de vacinas e variantes! Resultados da Ad26.CoV2.S, vacina de 1 dose da Janssen contra variantes do SARS-CoV-2: Alfa (🇬🇧B.1.1.7), Epsilon (🇺🇸CAL.20C), Gama (🇧🇷P.1), e Beta (🇿🇦B.1.351) em uma amostra de vacinados!
A vacina da Janssen usa a tecnologia de vetor adenoviral humano recombinante (Ad26), assim como a Cansino (que também é de 1 dose), e Sputnik-V (que usa Ad5 e Ad26) e AstraZeneca (que usa adenovírus modificado de chimpanzé)
Arte do @wasimvacinas (esq) e do paper da NEJM (dir)
O estudo fez um ensaio de neutralização com pseudovírus* no dia 57 e 71 após a 1ª dose. As quantidades (títulos) de anticorpos (AC) neutralizantes foram cerca de 5x e 3,3x mais baixas p/ variantes Beta (🇿🇦B.1.351) e Gama (🇧🇷P.1) no dia 71
Outras propriedades e funções as quais os anticorpos tem participação foram avaliadas, como
🛡️fagocitose celular dependente de anticorpos (ADCP)
🛡️fagocitose de neutrófilos dependente de anticorpos (ADNP)
🛡️deposição de complemento dependente de anticorpos (ADCD)
Tem mais 👇
🛡️ativação de células NK dependente de anticorpos (ADNKA )
Contra a proteína S, vemos pequenas redução nesses parâmetros para a variante Beta (🇿🇦B.1.351). No entanto, para a RBD, foram conservadas!
Porém, as respostas das células T CD8 e CD4, incluindo respostas de memória central e efetora, foram comparáveis entre as variantes, mostrando que há uma conservação dessa resposta, o que é muito positivo!
Células T, linfócitos, células de memória...? Calma que eu e o @mab_sp125 te explicamos nesse fio! E já demos a letrinha nele trazendo a possibilidade da preservação dessa resposta imunológica, mesmo considerandovariantes de escape imunológico
Resumo:
🛡️Apesar da redução nos títulos de AC neutralizantes para a variante Gama (🇧🇷P.1) e Beta (🇿🇦B.1.351), outras respostas funcionais de AC e células T foram preservadas contra essas (e outras) variantes!
Aiai os refrescos! Vem Janssen! E ansiosa pelos estudos de efetividade:)
Covid-19 pode aumentar riscos por até um ano após a infecção para desfechos psiquiátricos como:
- transtornos psicóticos, de humor, de ansiedade, por uso de álcool e do sono
Riscos maiores em pessoas hospitalizadas, e menores entre vacinados 🔻
a Covid-19 pode também trazer um risco aumentado de o indivíduo precisar de prescrição de medicamentos psiquiátricos por conta dessas alterações persistentes, comparado com aqueles sem evidência de infecção mas que passaram por estressores parecidos relacionados à pandemia
Mesmo em quem teve Covid-19 leve, esses riscos estavam presentes. Apesar de riscos serem ainda maiores para quem teve Covid-19 mais séria, não se pode subestimar o impacto de uma infecção leve considerando as sequelas pós-Covid
Desde Jan/22, o CDC estima que mais de 82 milhões de aves foram afetadas pela gripe aviária (H5N1), em 48 estados, nos EUA. Com casos do vírus avançando entre mamíferos, fica a pergunta: hoje, o risco global é baixo, mas será que saberemos a tempo, quando não ser?
O fio 🔻
O dado de cima foi tirado do monitoramento do H5N1 pelo CDC, pode ser conferido aqui:
Hoje foi publicado um texto que preparei para o @MeteoredBR sobre os casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros no Texas, Michigan e Kansas.
Alterações no sistema imunológico podem estar presentes 8 meses após a infecção, mesmo em pessoas com Covid-19 leve a moderada.
Essas alterações podem manter a inflamação de forma contínua e sustentada nessas pessoas, levando a danos em diferentes tecidos 🔻
O estudo recente analisou o sangue de pacientes com Covid longa (CL), e comparou as amostras com:
- Indivíduos recuperados de mesma idade e sexo sem CL;
- Doadores não expostos;
- Indivíduos infectados com outros coronavírus.
O que os pesquisadores encontraram?
A Covid Longa leva a uma ativação anormal das células da imunidade inata (primeira linha de defesa do organismo, que respondem a qualquer invasão ou lesão, de forma inespecífica)
Estudo com 56 indivíduos com ~10 anos, com COVID longa (vs. 27 sem COVID Longa) mostrou alterações importantes relacionadas à função autonômica do coração, que também podem ser vistas em adultos com COVID longa.
COVID longa em crianças NÃO DEVE ser minimizado🧵
Os autores apontam que essas alterações poderiam levar a um fluxo sanguíneo anormal aos órgãos, contribuindo para sintomas como fadiga, dores musculares, intolerância ao exercício e dispneia, sintomas cognitivos (ex.: confusão mental)
Em adultos, essa disfunção autonômica pode estar presente e ligada a sintomas e condições da COVID longa relacionados ao sistema cardiovascular e respiratório, como a síndrome de taquicardia postural ortostática (POTS), fadiga e distúrbios das vias aéreas, por exemplo
Estudo interessante da @VirusesImmunity e colegas, mostra diferenças em como a COVID longa afeta homens e mulheres: mulheres são mais propensas a apresentar COVID longa, com uma carga maior de sintomas afetando diferentes órgãos, e hormônios podem ser preditores da condição 🧵
O grupo de pesquisadores investigou como o perfil imunológico na COVID longa pode diferir entre homens e mulheres e se isso poderia nos ajudar a entender como essa condição afeta ambos.
165 indivíduos (com ou sem COVID longa) foram avaliados.
O estudo identificou que alguns sintomas relacionados à COVID longa são mais presentes em mulheres (como inchaço, dores de cabeça, dores musculares, cãibras, queda de cabelo) e outros, mais em homens, como a disfunção sexual
COVID longa e Sist. Nervoso🧠:
- Em UK, ~113 mil participantes ➡️ prejuízos persistentes na cognição, raciocínio e memória, mostrando um efeito protetor da vacinação
- Na Noruega, +134 mil participantes foram acompanhados por 3 anos (!) ➡️ prejuízos persistentes na memória 🧵
No estudo do Reino Unido (UK), foi feita uma avaliação on-line da função cognitiva, como prejuízo de memória ou dificuldade de pensar ou concentração (“névoa cerebral/brain fog”).
Os autores falam que quem se recuperou mais rápido de COVID-19 teve menos prejuízos (mas ainda apresentaram déficits). Déficits maiores foram vistos em quem teve uma persistência desses sintomas da infecção.