🔎 O que é verdadeiro ou falso no depoimento prestado por Osmar Terra à CPI da Covid?
Ao longo do dia já indicamos algumas controvérsias, e agora trazemos mais informações coletadas.
❌ É falso que a Coreia do Sul controlou a circulação do coronavirus sem a adoção de medidas restritivas.
Na realidade, o país é exemplo de como um governo pode fazer isolamento social de maneira coordenada e inteligente, com diferentes níveis de restrições para cada região.
❌ É falso que Imperial College previu que até 50 milhões morreriam de Covid-19.
Pesquisadores da instituição usaram fórmulas para simular desfechos para a pandemia e, num cenário sem qualquer medida implementada no mundo – o que não aconteceu–, até 40 milhões poderiam morrer.
❌ É falso que a Suécia é um dos países com população de mais de 10 milhões de pessoas com menos mortes. A Suécia, em verdade, tem mais mortos, em números absolutos, do que 57 dos 90 países da lista.
❌ Ao contrário do que Terra sugere, o surto da China não se dissipou de forma natural. Na verdade, o país asiático fez um dos lockdowns mais severos do mundo na cidade de Wuhan, epicentro inicial da pandemia, a partir de 23 de janeiro de 2020.
Uma emenda do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, ajudou diretamente na importação da Covaxin, vacina indiana na mira da CPI da Covid pela preferência dada a ela pelo governo brasileiro.
Barros é investigado por improbidade administrativa, quando era ministro, pelo favorecimento da Global Saúde. A Global é sócia da Precisa Medicamentos, empresa que vendeu a Covaxin ao governo.
A MP permite que a Anvisa conceda "autorização para a importação e distribuição de quaisquer vacinas", insumos ou medicamentos sem registro na Agência, desde que aprovadas pela autoridade sanitária em outros países.
Votação de requerimentos, prevista para hoje, é adiada para amanhã.
Questão de ordem de Ciro Nogueira (PP-PI). Diz que não vê nenhuma ação positiva pra sociedade e que a CPI se tornou uma guerra política.
Médico, ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, está atualmente em seu sexto mandato como deputado federal pelo MDB.
Na década de 1970, Osmar Terra era militante político de esquerda e ligado ao partido Comunista do Brasil. Após sua esposa ser presa e torturada no Rio de Janeiro por coronel Brilhante Ustra (ídolo de Jair Bolsonaro), eles se auto exilaram na Argentina.
Na Argentina, Osmar trabalhou em regiões carentes como médico. Retornaram pouco mais de um ano depois para o Brasil, morando em Porto Alegre e logo depois mudando-se para Santa Rosa. Como militante sindical, Osmar ganhou notoriedade e filiou-se ao MDB.
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