Pessoal, o papo agora é sobre a diferença entre uma PFF2/N95 "padrão" e a KN95 😷. Muita gente acha que é a mesma coisa. Não é não!
Vem conosco, no fiozinho da @melmarkoski que te explica essa história!
PFF2 é a classificação relativa à eficiência de filtração de 95%. Ambas N95 e KN95 são confeccionadas para essa eficiência. Mas o que faz a máscara completa? Camadas de tecidos (e poros), ajuste e testagem.
A eficiência de filtração é quantificada em laboratório, em condições controladas/experimentais. As testagens são feitas com cloreto de sódio (o sal de cozinha). Podemos dizer que ambas são "eficientes" em filtrar, mas não que protegem igualmente. redeaanalisecovid.wordpress.com/2020/12/15/o-r…
Bom, quanto aos poros, as N95 são confeccionadas de maneira que a trama gere poros de 0,3 micrômetros e pode reter bactérias e agregados de partículas virais. Observe os tamanhos na imagem abaixo (fonte: visualcapitalist.com/visualizing-re…).
Por outro lado, as KN95 são produzidas para reterem material particulado de 2,5 micrômetros. Se vc olhar as embalagens, a maioria irá mostrar isso:
Até aqui, vemos que a N95 "padrão" é mais protetiva para agentes biológicos. Outra questão é a utilização nos serviços de saúde. O recomendado é a PFF2/N95 e não a KN95. Ambas são liberadas pela ANVISA, é fato. Mas a ANVISA é um órgão regulatório, que faz checagem de docs.
Quando a máscara é liberada pela ANVISA, para utilização nos serviços de saúde, ela precisa seguir portarias e legislações do Ministério do Trabalho e Emprego. Por isso, ela passa pelo exame metrológico do InMetro. Se estiver tudo "OK", o InMetro expede o Certificado de Aprovação
O CA é aquele número que vem estampado na máscara, acompanhado do selo do InMetro e confere que a máscara é segura para uso, naquilo que se propõe: no caso da N95/PFF2, uso em profissionais de saúde contra agentes biológicos. E nós podemos checar esse número para validade, p. ex.
No Brasil, as KN95 não possuem CA, pois não conferem a proteção requerida para risco biológico segundo o InMetro. E além do poro, o problema também está no ajuste. Observem, na sequência,a diferença de como as pessoas vestem a N95 e a KN95.
Aqui, faço uma demonstração com uma N95/PFF2 modelo concha (temos o modelo "bico-de-pato" também). Notem que os elásticos da máscara passam atrás da cabeça e ela é bem ajustada sobre o nariz e contorno do rosto.
Aqui, um repórter vestindo a KN95. Observem que, como a maioria das pessoas, ele passa os elásticos da máscara atrás das orelhas. Ainda mais com a barba, a máscara não garante boa vedação.
Mas o fato é que as KN95 não foram feitas para serem utilizadas dessa forma, mas com esse "extensor" que puxa os elásticos para trás da cabeça. Aqui o exemplo é com a cirúrgica (peguei no site da Amazon), mas é o mesmo para a KN95...
O problema é que fiz uma boa busca em sites da internet de compra das KN95 e não encontrei a venda das máscaras com os extensores. Ou seja, as pessoas compram e usam como acreditam ser o certo (que está errado). Por isso, a vedação não é adequada.
Gostaria de mostrar também algumas evidências científicas, onde em comparação à N95/PFF2 "padrão", a KN95 falha no quesito proteção. Aqui, um artigo da PLOS, sobre o ajuste: journals.plos.org/plosone/articl…
Este aqui é sobre o quesito filtração. 36 marcas de máscara KN95 falharam na filtração e outras condições quando testadas em profissionais de saúde na África. samj.org.za/index.php/samj…
Por fim, aqui um artigo mostrando que a KN95 falhou também no quesito "eficiência de proteção". "As KN95' apresentam eficiências inferiores às das PFF2 certificadas pelo NIOSH e inferiores a 95% no tamanho das partículas de penetração." pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33125464/
Portanto, se você busca maior proteção, opte por máscaras PFF2 certificadas pelo InMetro e direcionadas a profissionais de saúde, pois estas são as mais testadas (clinicamente) e validadas para proteção. Não saia de casa sem a máscara e a use bem ajustada ao rosto!
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Nosso painel que trata das variantes do SARS-CoV-2 acaba de ser atualizado, agora com dados até a semana de 16/01/2023 a 22/01/2023:
Mesmo com dados bem atualizados, é importante lembrar que a quantidade de amostras sequenciadas nos últimos dias é bastante pequena.
Vejam aqui o gráfico do Brasil, onde fica fácil de perceber que a quantidade das amostras referentes a janeiro de 2023 é muito baixa:
Também temos uma página específica para acompanhamento da XBB.1.5 (nesta imagem, filtrado novamente para o Brasil).
Nesta mesma página do painel podemos acompanhar todos os sequenciamentos cujo resultado foi a Omicron (qualquer sub variante), para ver como temos várias:
Esperamos que este ano seja mais tranquilo para todos nós!
Vamos iniciar com um fio rápido para vermos a situação da #mpox no Brasil? 🧵 //1
Até o dia 03/01/2023 temos 10.544 casos totais notificados, lembrando sempre que a primeira notificação se deu em 27/06/2022, onde 20 casos foram inseridos no boletim nacional. //2
Conseguimos ver algumas coisas ao olhar o gráfico do país todo:
- Vemos uma queda bem lenta na notificação dos casos, é praticamente uma estabilidade, mas com tendência de queda;
- Tivemos uma redução estranha de casos totais no final de 2022, (provável erro de notificação); //3
Com os dados de mpox atualizados até 28/11/2022, vemos que os casos continuam surgindo em uma quantidade considerável na região Nordeste do país, sendo 42% dos casos do Nordeste no estado do CE: +
Além disso, a região Norte também teve um aumento recente, no começo de novembro/2022.
68% dos casos estão no AM: +
Quando olhamos o Brasil como um todo, vemos que a região Sudeste é a região com mais casos(41% de todos os casos do país foram notificados no estado de SP).
Percebemos também que há uma tendência de estabilidade, muito provavelmente trazida por esse espalhamento em mais regiões.+
Olá, pessoal! Aqui é o @schrarstzhaupt, trazendo pra vocês mais uma atualização dos dados de #Monkeypox, agora com os números atualizados até o dia 07/11/2022.
Sigam o fio para vermos juntos: 🧵 //1
O Brasil tem 9.475 casos notificados até o momento (07/11/2022), e a gente consegue ver um aumento meio brusco nos últimos dias quando olhamos os dados do país como um todo (marquei no gráfico): //2
Ao analisar estado por estado, vemos que alguns locais se destacam, com um lançamento de casos abrupto. Vejam o DF, que lançou 18 casos no dia 07/11/2022, mas vinha lançando 3 a 5 casos por dia.
Lembrando: isso é por data de notificação, então pode muito bem ser represamento!//3
Chegamos a 9.026 casos confirmados de Monkeypox no Brasil até 24/10/2022.
Hoje (25/10/2022) tivemos mais um óbito, nos fazendo chegar a oito óbitos e ao posto de país com mais óbitos no mundo (nesta epidemia de 2022).
Sigam o fio: 🧶 //1
Quando olhamos a média móvel da taxa de crescimento de casos acumulados, notamos uma estabilidade na última quinzena de outubro, o que mostra que as notificações de casos vem entrando em uma certa consistência.
Como essa doença não é endêmica aqui, isso não é um bom sinal. //2
A maior concentração de casos continua sendo na região Sudeste, principalmente no estado de SP (44,47%), seguido pelo Centro-Oeste (GO e DF): //3