Um telegrama diplomático mostra que, em 18 de janeiro, o embaixador brasileiro na Índia relatou ao governo Bolsonaro que havia baixa adesão à campanha de vacinação com Covaxin.
Ele avisou que a vacina teve um "processo alegadamente opaco de autorização para uso emergencial".
Para receber a vacina, os indianos tinham de assinar um termo de responsabilidade que alertava sobre o "status de testes clínicos da vacina, dados sobre sua eficácia" e previa até compensação da fabricante em casos de reações adversas graves.+
Por causa disso, relata o embaixador, "autoridades relataram relutância nos receptores das doses em assinar o termo de responsabilidade". Isso teria levado, segundo ele, "a índices abaixo de 50% de cumprimento das metas nos centros em que essa vacina era oferecida".+
Ainda assim, o governo brasileiro assinou o contrato com a Precisa um mês depois para distribuir a vacina por aqui – mesmo sem autorização da Anvisa.
É evidente como destoa da demora do governo Bolsonaro em responder a Pfizer ou as críticas virulentas à "vachina" ou à Sputnik.
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Contei no @TheInterceptBr que os 12 canais investigados no inquérito dos atos antidemocráticos do STF faturaram, juntos, o equivalente a R$ 6,9 milhões de reais em dois anos. Tudo isso regado à publicidade servida pelo YouTube, que também dividiu os lucros.+
'Nossa, mas vocês descobriram a monetização agora?', pergunta o leitor irônico. Não. Nós acompanhamos há bastante tempo. E também denunciamos que há uma indústria de fake news que se aproveita da suposta ~isenção~ da plataforma para ganhar dinheiro sem ser incomodada.+
O Google afirma que só corta a monetização e os canais que violam suas diretrizes. Entendo a preocupação com a liberdade de expressão. Mas não estamos falando apenas de canais conservadores, como eles se autodefinem. Estamos falando de influenciadores abertamente golpistas.+
a construção de Itaipu foi propagandeada como grande feito da ditadura. nós já sabíamos das inúmeras violações de direitos humanos nas obras. agora, descobrimos também que o estado controlava uma zona de prostituição para 'acalmar' os barrageiros, um monte de homens solteiros. +
a zona de prostituição era considerada importante para manter a produtividade dos homens que trabalhavam no local. e era controlada de perto pelo estado: a polícia fiscalizava as prostitutas, seus exames, as boates. e recolhia uma taxa mensal, que era usada para compra de armas.+
menos eficiente, no entanto, era a garantia de métodos anticoncepcionais – uma legião de crianças nasceu na cidade naquela época. abortos clandestinos, crianças abandonadas e adoções ilegais aconteceram aos montes. não havia assistência nenhuma do estado para aquelas mulheres.+
"Como seria impossível para o fascismo ganhar as massas por meio de argumentos racionais, sua propaganda deve necessariamente ser defletida do pensamento discursivo; deve ser orientada psicologicamente, e tem de mobilizar processos irracionais, inconscientes e regressivos."
"A agitação fascista está centrada na idéia do líder, não importando se ele lidera de fato ou se é apenas o mandatário de interesses do grupo, porque apenas a imagem psicológica do líder é apta a reanimar a idéia do todo-poderoso e ameaçador pai primitivo."
"Um dos dispositivos básicos da propaganda fascista personalizada é o conceito do 'grande homem comum' alguém que sugere tanto onipotência quanto a idéia de que é apenas um de nós."
o governo anunciou a criação de uma comissão que vai analisar o "viés ideológico" das questões do enem. a ideia é avaliar a "pertinência com a realidade social", seja lá o que isso for. vamos ver quem são esses avaliadores? vamos. (1)
o primeiro é o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marco Antônio Barroso Faria. ele é doutor em ciências da religião e ex-aluno do ministro @ricardovelez. é o cara que prega "autorregulação" das universidades. (2)
o segundo é o diretor de estudos educacionais do Inep, Antônio Maurício Castanheira das Neves. é doutor em filosofia e em psicologia social. tem um perfil mais técnico. (3)