27 DE JANEIRO - é anunciado um acordo entre a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) e a Precisa, para adquirir 5 milhões doses da Covaxin.
... Guedes (Ministro da Economia) e Bolsonaro, defendiam até a abertura de linhas de crédito com dinheiro do SUS (Serviço Único de Saúde, o equivalente ao SNS), isto é, PÚBLICO, para financiar privados a comprar vacinas, depois de Maximiano, da...
... Precisa, andar por Brasília, no Ministério da Economia, a fazer lobbying para isso.
3 DE FEVEREIRO - Ricardo Barros (decorem este nome), líder do Governo na Câmera dos Deputados, apresenta emenda à Medida Provisória para flexibilizar compra da Covaxin. Mais: ele...
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... ainda propôs um projeto de Decreto Legislativo para REMOVER a exigência da realização da fase 3 de ensaios clínicos das vacinas para a sua importação, pondo em cheque o papel da ANVISA.
4 DE FEVEREIRO - Ricardo Barros ameaça interferir directamente na ANVISA...
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... limitando a sua acção.
17 DE FEVEREIRO - a fiscal do futuro contrato da Covaxin, afecta ao Ministério da Saúde, cria uma atriz de risco, com seis pontos, relativamente à importação da dita vacina. Matriz, que foi ignorada.
... desfalque de R$ 20 milhões ao Ministério da Saúde, por conta de medicamentos para doenças raras que nunca chegou a entregar. Igualmente, nunca chegou a devolver o dinheiro. Esta é uma questão que, aliás, ainda está a ser litigada. saude.estadao.com.br/noticias/geral…
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Mais: parece, inclusive, que ela nem sequer era a distribuidora dos ditos medicamentos perante a ANVISA.
Ora a Global partilha com a Precisa dois sócios: o já referido Francisco Maximiano e Wellington Ferreira Gonçalves. A Procuradora... camara.leg.br/proposicoesWeb…
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... queria perceber se a Precisa não seria uma espécie de «clean slate» para duas pessoas que já tinha defraudado o Ministério da Saúde voltarem a fazer o mesmo - o que constituíria fraude de personalidade jurídica, logo à partida.
Pormenor importante: o referido...
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... Ricardo Barros, actual líder do Governo da Câmara, que hostiliza a ANVISA e procura introduzir emendas para facilitar o negócio da Covaxin (agora, já entregue à Precisa, não se sabe porquê) foi quem deu a vitória, no concurso dos medicamentos raros, à Global.
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Numa acção de improbidade de 2018, a Procuradoria afirma que Barros pressionara funcionários para favorecer a Global. A pressão a funcionários é justamente o que inicia a ligação com um dos depoentes deste dia 25.
Porém, este caso de 2017 está longe de ser o único...
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... caso que lança dúvidas acerca da Precisa Medicamentos de Maximiano.
O Senador @senadorhumberto, na sua intervenção, lembrou que a Precisa ganhou um contrato de cerca de R$ 15 milhões para fornecer preservativos femininos. Posteriormente, tentou reformulá-lo...
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... para mais do dobro do valor original (R$ 31.5 milhões), alegando por razão a actualização da cotação do dólar. Quando o caso veio a público através da imprensa, a Precisa reverteu o contrato para o valor original.
A estratégia, como ele bem disse, era atirar barro...
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... à parede, a ver se colava.
Mesmo com estes indícios, neste dia, 22 de Fevereiro, é emitido um empenho (isto é, uma reserva de valores no Orçamento para pagar um contrato) que indica como favorecido do contrato da aquisição da Covaxin da Bharat Biotech, a Precisa.
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Contudo, em Março deste ano, documentos de trocas entre o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil em Nova Dehli revelam que, orginalmente, a negociação sesria directamente entre a fabricante, Bharat, e o Ministério da Saúde.
Como, aliás, com TODAS as restantes vacinas, com a excepção da Sputnik V (representada pela União Química) que, ainda hoje, continua pendente de autorização da ANVISA, por não entrega de documentação exigida por esta ao fabricante.
Portanto, antes de mais, é estranha,...
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... não só a proactividade atípica de Bolsonaro ou do próprio Ministério da Saúde em relação a esta vacina, mediada por esta empresa (Precisa) que tem um cadastro duvidoso. Mais ainda, por que é que esta é colocada no meio das negociações, quando nada o exige.
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23 DE FEVEREIRO - o projeto com a emenda de Ricardo Barros - fixem sempre este nome - é aprovado na Câmara.
24 DE FEVEREIRO - as suspeitas sobre a Precisa tornam-se ainda mais evidentes, quando esta se vê envolvida na Operação Falso Negativo, ...
... que investigava a aquisição de testes defeituosos por parte de várias empresas.
Como o Senador @IzalciLucas explicou, a Precisa estava envolvida numa venda fraudulenta de testes, num contrato de R$ 21 milhõe. Todo o processo é um descalabro de situações anómalas.
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A empresa ganhou a disputa, mesmo apresentando proposta fora de prazo e cobrando o valor mais alto (R$ 139.90) dos três concorrentes. Uma das empresas concorrentes oferecia o mesmo teste pela metade do preço (R$ 73).
Dos 300.000 testes, ela entregou metade que não...
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... eram sequer os mesmos que se comprometeu a entregar.
Parte dos testes entregues, eram inclusive ineficazes e já foram recusados em diversos países. Por exemplo, a Argentina: dos 1200 usados dos 170 000 comprados, só 8 deram casos positivos.
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A Dinamarca, que devolveu os testes, tinha-os adquirido pelo equivalente a R$ 32. Mesmo o valor de R$ 73, da concorrente, é elevado, porque o teste foi oferecido a R$ 18, num pregão electrónico.
O Senador @IzalciLucas ainda contou que, por exemplo, na mesma operação, ...
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... foi detectado que a empresa Luna Parque Brinquedos sagrou-se vencedora noutra licitação, vendendo o mesmo teste por R$ 180.
Francisco de Araújo Filho é tido como sendo o favorecedor da Precisa e já foi convocado para depor na CPI (surpreendentemente, pelo Senador...
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... Eduardo Girão, suposto «independente», mas Governista).
25 DE FEVEREIRO - apesar de tudo isto, é sagrado o contrato da Covaxin, com a Precisa como intermediária. O contrato com a Covaxin foi feito no tempo record de 97 dias, sendo esta...
Thread "A máscara caiu: o princípio do fim de Bolsonaro ou o que aconteceu esta Sexta-feira (e nos idos de Março)"
A presente thread procura explicar a trama que foi revelada esta Sexta-feira dia 25, na #CPIdaPandemia. Ela vai ser longa, mas acredito que vai valer a pena.
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Quem me segue, sabe que 1) sigo a situação do Brasil e, mais recentemente, a #CPIdoGenocidio; 2) não sou jornalista, político, etc. Não tenho acesso a informação ou meios privilegiados. Não sou sequer Brasileiro. Sou Português, solidarizado com o sofrimento do Brasil.
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Se houver um ou outro erro, eu agradeço a correcção. Não será intencional. Mas tem como objectivo AJUDAR.
Quero desde já agradecer a quem ler a thread e a quem a retwitar, seja para Brasileiros, seja para outras pessoas. É importante que o mundo - em particular, ...
O contrato previa R$ 1.6 bilhões por 20 milhões de doses em três entregas:
- 8 milhões, já em Março, em dois lotes de 4 milhões , a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato
- em Abril, mais 8 milhões, entre 45 e 60 dias após a assinatura;
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- em Maio, o último lote, 4 milhões de unidades.
(dados de um vídeo do próprio Ministério da Saúde)
Como iremos ver, não foi nada disso que aconteceu. Porém, mesmo nisto, já há algo de estranho e que não será de certo por acaso: os outros contratos fazem entregas de...
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... vacinas em 20, 30 dias. Os prazos do contrato da Covaxin eram demasiado alargados. Como se verá abaixo, isso é relevante - até porque um dos seis pontos da matriz de risco criada a 17 de Fevereiro, era justamente a impossibilidade de os prazos serem cumpridos...
Pormenor: Ricardo Miranda já era conhecido dos Bolsonaro. Nomeadamente, Eduardo Bolsonaro.
Luis já tinha passado o contacto do seu irmão ao filho de Bolsonaro, por conta de denúncias que este fizera sobre factos que antes tinha detectado, no Ministério da Saúde, ...
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... sobre outras situações.
Em duas ocasiões, Luis Miranda passou dossiers do irmão a Onyx Lorenzoni - o mesmo que ameaçou Luis , há dias quando o escândalo estourou.
Nem Eduardo Bolsonaro alguma vez fez nada com o contacto, nem Onyx com os...
Note-se que o já referido Senador @IzalciLucas, na sua intervenção, detalhou dolorosamente como está a decorrer um paulatino desmonte no Ministério da Saúde: os editais, por exemplo, passaram a ser email.
É facto que o escalar da pandemia na Índia fez com que esta cancelasse todos os envios, o que daria uma boa razão para que a Covaxin - que está cheia de restrições (tal como no caso da Sputnik V, a vacina não pode ser dada a crianças, a grávidas, a idosos, pessoas com...
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... comorbidades, etc...) - nunca chegassem a ser entregues. Mas seria o dinheiro pago à cabeça - ao contrário do que diz o contrato - retido indefinidamente, numa offshore?
Ainda havia mais um erro: nesta invoice, já foi inserido o valor do frete e do seguro, mas...
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... como parcela adicional, o que aumentava ao valor final da factura, quando, segundo o estipulado, estes valores já deveriam estar previstos no valor unitário (o que faria o valor final, dividido por dose, ficasse mais caro que os 15 USD acordados).
Esse é também o dia em que Luis Miranda decide ir falar com @renancalheiros (Relator da CPI) e @OmarAzizSenador (Presidente da CPI), para se dar a ele e ao irmão como testemunhas no processo.
25 DE JULHO - o dia das declarações dos irmãos Miranda, que teve episódios caricatos como o Senador Bezerra Coelho, que teve as intervenções mais comprometedoras de todas, ao ponto de quase ficar apoplético, ...
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... a tentativa do Senador Marcos Rogério lançar insinuações sobre Luis Miranda, que ficaram sem concretização quando instigado a esclarecê-las...
Aproveitando a pausa da sessão da CPI da Pandemia, que hoje começa mais tarde, ontem foi dia de S. João e lembrei-me deste livro que estive a ler no outro dia, sobre Maçonaria que, não obstante ser meio confuso, vale por que conta, na edição Portuguesa, com um capítulo...
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... final extra, dedicado à Maçonaria Portuguesa. Nele, refere-se o papel de resistência ao Estado Novo da Maçonaria e, mais importante ainda, o papel de um dos Maçons mais célebres da época, Norton de Mattos.
Isso lembrou-me de revisitar um livro que há dias partilhei...
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... aqui, a ver se ele teria deixado alguma marca nesse documento que ele produziu para tentar dar a conhecer o seu programa e até, obter algum financiamento para a campanha, que lhe estava vedada pela censura.