HONDURAS: 12 ANOS DE INFÂMIA, 12 ANOS DE RESISTÊNCIA POPULAR
Hoje marca o 12º aniversário do golpe que reinstalou o regime oligárquico em Honduras após o breve período de governo popular (2006-2009) liderado por Manuel Zelaya.⤵️
Zelaya, líder de um dos dois partidos tradicionais (o Liberal) que se revezaram durante os últimos 100 anos de vida republicana, promoveu uma série de reformas, a principal das quais foi agrária, que reduziu o poder do latifúndio e facilitou o acesso à terra ao campesinato.⤵️
Além disso, consciente da necessidade de que a integração latino-americana tenha uma voz forte como continente, Honduras ingressou na ALBA.
A grande maioria dos estados e organizações internacionais não reconheceu inicialmente o governo golpista.⤵️
A manobra foi tão evidente que nem os tradicionais fiadores deste tipo de jogo puderam encobri-la ... até a realização em novembro do mesmo ano de eleições que, embora fraudulentas, com a principal força política banida e seu dirigente impedido de retornar para o país,⤵️
foram a desculpa perfeita para legitimar o regime de facto perante a "comunidade internacional", que aos poucos, e tendo os Estados Unidos como principal advogado, conseguiu regressar às instituições multilaterais como se nada tivesse acontecido.⤵️
No entanto, até o momento, nem o novo presidente Porfirio Lobo nem seu sucessor Juan Orlando Hernández (JOH) conseguiram se legitimar perante o povo hondurenho e, eleição após eleição, foram obrigados a recorrer à fraude para manter o regime de fato.⤵️
E é que o golpe a Zelaya ao invés disso, acentuou a polarização em Honduras. Zelaya convocou a formação de uma Frente Nacional de Resistência Popular que rapidamente se tornou a principal expressão política, atraindo boa parte da massa partidária do antigo Partido Liberal.⤵️
Para não esquecer, o imperialismo ainda está bem vivo!
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Quando eu penso na luta pela educação, lembro do sonho de Darcy Ribeiro com os CIEPS e a UnB, do legado pioneiro de Anísio Teixeira.
Quando defendo a luta agrária hoje capitaneada pelo MST, lembro das iniciativas do Brizola no RS e de Goulart no Comício da Central do Brasil.⤵️
Quando apóio a luta antirracista, lembro do legado de Abdias, Lélia, Caó e tantos outros que abriram caminhos para os quadros do movimento negro, que cada vez mais vêm ocupando o espaço que lhes é de direito.⤵️
Em 29/06/1935 foi fundada a Fuerza de Orientación Radical de la Joven Argentina (FORJA), formada por reconhecidos patriotas como Arturo Jauretche, Homero Manzi, Juan B. Fleitas, Luis Dellepiane, Gabriel de Mazo e Raúl Scalabrini Ortiz.⤵️
Esse movimento, pragmático e filosófico, tinha como objetivo reivindicar as idéias yrigoyenistas mal utilizadas pelo governo de Agustín P. Justo, e também se baseava na defesa da soberania popular, forjando a solidariedade latino-americana em nome do anti-imperialismo.⤵️
“Que a tarefa da nova emancipação possa ser realizada pela ação dos povos.
Que para isso é necessário no ordenamento interno do Partido, dotá-lo de um estatuto que, estabelecendo o voto direto do autêntico afiliado e contribuindo, assegure a soberania do povo radical,⤵️