(1/13) Muitas são as tentativas de apontar em que ponto estamos hoje no ciclo de longo prazo do Bitcoin. O bull market está na metade? Terminou? Vou compartilhar um pouco o que eu penso. Essa é a primeira thread, não exaustiva, sobre o assunto 👇
(2/13) Se vc pegar o gráfico de preços histórico do BTC, verá que um ciclo completo (intervalo entre dois bull runs) é de aproximadamente 4 anos. Então temos basicamente 2 hipóteses:
a) Foi pura coincidência
b) Alguns eventos foram responsáveis por causar esses intervalos
(3/13) No caso de b) estar correto, a pergunta é que eventos são esses. O evento mais associado popularmente aos ciclos é o halving, então nessa primeira thread vou falar sobre isso. Halving acontece a cada 4 anos 👇
(4/13) O pico dos ciclos ocorreu sempre no ano posterior ao halving. Porém correlação não implica causalidade. Da mesma forma, poderíamos dizer que picos ocorrem sempre no ano de mudança de presidente nos EUA. Correlações como essa existem mtas. Mas elas CAUSAM os ciclos? 👇
(5/13) A explicação dominante para o halving é: como a recompensa da mineração se reduz pela metade, a oferta é reduzida, logo há aumento nos preços. Mas essa frase já nasceu errada. Oferta só se reduz com BTCs perdidos. O halving reduz apenas a recompensa 👇
(6/13) A oferta continua aumentando após o halving, o que reduz é a taxa desse aumento (derivada). Se a demanda pelo ativo segue crescendo a uma taxa superior à da oferta, o preço sobe. Qual a influência do halving sobre isso? 👇
(7/13) O último halving reduziu 6.25 BTCs na recompensa. Como essa recomensa é dada a cada 10 min aproximadamente, são 900 BTCs por dia, o que representa 1/1000 (0.1%) do volume negociado diário. Em outras palavras, a oferta introduzida pelos mineradores hoje é irrelevante 👇
(8/13) Mas nem sempre foi assim. Em 2013, a oferta da mineração correspondia a 10% do volume negociado diário. Em 2011-2012, era ainda maior. Então é possível que, no passado, o halving tenha influenciado os preços. Mas usar esse argumento hoje não faz sentido. 👇
(9/13) Um gráfico de adoção costuma compreender um período de euforia, seguido de um período de decepção/pessimismo, antes de estabilizar. Isso pode estar ocorrendo com o Bitcoin várias vezes. Ou seja, os 4 anos podem ser nada mais do que um padrão natural 👇
(10/13) de maturação de nova tecnologia, sendo que o start inicial (no preço) pode ter sido causado pelo halving (lá em 2012). Depois o ciclo só seguiu o curso. Essa é a única hipótese na minha visão que envolve o halving. De qualquer forma, perceba que: 👇
(11/13) Comparar graficamente o que aconteceu após halving passados para estimar o ponto que estamos hoje é nada mais do que confiar que o ciclo de 4 anos (curva de adoção) vai se repetir na íntegra, por motivos desconhecidos. 👇
(12/13) Outra possibilidade é a narrativa, sendo muito repetida, gerar um movimento de alta por fatores psicológicos das massas. Mas se esse fosse o caso, pq já não estaria subindo agora? Acho pouco provável tal impacto, principalmente por se tratar de longo prazo 👇
(13/13) Resumo: se basear no halving para mensurar o tamanho do ciclo de alta hoje é um argumento tão bom quanto se basear apenas no preço dos ciclos anteriores. É o simples: "subiu antes, então subirá agora", nada além disso. <Continua>
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(1/15) Terceira thread sobre a pergunta "O bull market está na metade? Terminou?"
Hoje discutirei o movimento intrigante dos Hodlers nesse ciclo 👇
(2/15) O gráfico que publiquei na última thread mostrava o percentual de BTCs que não foram movimentados há mais de 1 ano. Quem segura BTC por mais de um ano, pode ser considerado Hodler. Mas tem um ponto importantíssimo q geralmente passa batido: moedas perdidas 👇
(3/15) Olhando o último gráfico, vc pode concluir precipitadamente que a quantidade de hodlers está aumentando com o tempo. Mas para inferir o comportamento dos investidores, é preciso descartar moedas perdidas. Para tanto, precisamos separar por períodos 👇
(1/10) Segunda thread sobre a pergunta "O bull market está na metade? Terminou?" 👇
(2/10) Descartando o halving como "causa" repetitiva para o ciclo de 4 anos vivenciado até aqui, o principal fator parece ser um padrão natural de maturação de uma disrupção. Nesse sentido, devemos perguntar:
a) O padrão irá mudar?
b) Irá se manter?
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(3/10) Para mim é óbvio que, em algum momento, irá mudar. A pergunta é quando. Pensando em tecnologia, acredito que em 5 anos a criptoeconomia estará madura o bastante para uma adoção mundial (semelhante à internet nos anos 2010), mas 👇
(1/9) África possui 1,2 bilhões de habitantes e é o continente mais promissor para criptomoedas. Cardano está criando uma base sólida na Etiópia (100 milhões de habitantes), que iniciará na área estudantil e rapidamente se estenderá para outros segmentos 👇
(2/9) Em um continente de moeda fraca, de poucos recursos tecnológicos, desbancarizado, Cardano irá oferecer tecnologia blockchain para registros confiáveis na educação e na indústria, operações financeiras, DeFi, iniciando em 5 países e chegando a 20 países em 2022 👇
(3/9) Enquanto o continente estiver crescendo com milhões de pessoas antes isoladas tendo acesso à internet, Cardano estará emergindo como protocolo. Não pense que essa adoção não servirá como estudo de caso para outros países e empresas 👇
(1/7) Reflexão: Bitcoin servir como reserva de valor virou uma narrativa popular. É bonito, inspirador. Mas eu pergunto: todos esqueceram de que o propósito original era ser um "p2p electronic cash system"?
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(2/7) Mineração ASIC centralizada, altas taxas, incapacidade de prover metadados para DeFi, resistência à inovação...tudo isso aos poucos foi distanciando o bitcoin do propósito de p2p cash system. Admitindo ou não, todos percebem e desviam o foco no discurso 👇
(3/7) Nem mesmo maximalistas BTC hoje advogam a usabilidade como dinheiro p2p. As frases lacradoras são sempre a respeito de inflação, escassez, reserva de valor. É o que restou para o projeto, que qndo comparado a outros, possui como única vantagem o efeito (provisório) de rede
(1/11) Bitcoin subindo como protagonista, como era de se esperar. Mas os gráficos das criptos no par BTC estão ficando bem interessantes, aparentando correção antes de uma nova alta. Quando o btc encontrar uma nova resistência, a altseason pode ser ainda mais feroz. Observe👇
(1/8) A alta do Bitcoin não está muito diferente do que ocorreu em 2017, indicando que talvez estejamos no início do movimento. Siga a thread: o rompimento da ATH em Abril/2017 resultou em 2x a ATH 28 dias depois
(2/8) No momento em que o preço estava cerca de 2.3x a ATH de 2013, o Google Trends estava rompendo sua ATH para o termo "Bitcoin"
(3/8) Repare que estamos falando de Abril-Maio/2017, não dezembro/2017! Nessa época, a referência de ATH era 2013 e ninguém sabia o que aconteceria depois. O cenário atual é idêntico, temos como referência a ATH de 2017 e ninguém sabe o que virá depois.