1) O texto da PEC é muito genérico, apenas diz que "§12. (...), é obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria."
2) O vídeo, muito bem feito e didático, faz uma simulação de como a coisa vai acontecer se tudo ocorrer sem intercorrências. No entanto, se houver problemas, ainda não estão apontadas soluções para afastar a desconfiança do voto impresso.
3) Se, ao votar, o comprovante impresso do voto foi diferente do voto registrado na urna eletrônica... O eleitor estará falando a verdade? O voto eletrônico, de fato, não correponde ao impresso? Os fiscais terão acesso a ambos para conferência?
4) Isso não poderia ser utilizado como uma forma de controlar votos? A senha para deixar claro o voto seria um pedido de confirmação falso e, diante de todos, seria confirmado o voto no político, quebrando, assim, o sigilo do voto?
5) Supondo que tenha mesmo havido um erro, em que circunstâncias uma urna eletrônica cometeria um erro no qual o voto eletrônico registrado na urna e o impresso em papel seriam em dois candidatos diferentes? Isso, simplesmente, não deve acontecer.
6) Então, se o voto na urna e o voto em papel registram a mesma coisa, como é que o eleitor pode aletar que houve erro? Que erro? Só se for o de que ele digitou errado o número na urna... Fazer o que? Pedir ajuda ao mesário para "votar certo"?
7) Se todos os votos puderem ser contados sempre, não haverá mais sentido no voto eletrônico. A conferência em papel tem que ser exceçao. Para tanto, tem que caber ao candidato ou partido pagar pela recontagem. Isso nunca foi discutido...
8) Pelo exposto, o voto impresso, muito longe de ser apenas uma formalidade, ou uma segurança, mostra-se um problema de dificílima solução. Se mal implementado, pode ser, sim, usado como instrumento de quebra do sigilo do voto e manipulação de resultados.
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1) Se a pandemia crescer livremente, ela avança numa velocidade de 34% a.d. Foi assim em diversos países, inclusive Brasil, nos primeiros dias de contágio antes de haver medidas como uso de máscaras, álcool gel, evitar aglomeração etc.
2) Com essa velocidade de transmissão, é impossível que haja sistema de Saúde com capacidade para dar assistência aos doentes. Ademais, o número de doentes e mortos seria grande demais.
3) Só se está dando conta (mesmo assim com dificuldades) do número de doentes porque há isolamento, uso de máscaras, álcool gel etc. O afastamento dessas medidas jogaria o sistema de Saúde para o colapso.