Eu estou 10x mais preocupado em eleger o maior numero possível de liberais e libertários em 2022 e 2024 do que com a maluquice política de hoje ou amanhã.
Minha lógica nisso é que jogar de defesa o tempo todo é atrasar a derrota. Temos que virar o jogo.
Eu não gosto de entrar na maior pauta possível. Eu gosto de entrar na maior pauta onde a minha entrada faz a maior diferença possível numa direção muito boa.
Uma dessas causas é eleger gente
Se a gente se preocupar primariamente em tirar o X, vai entrar um Y e o problema meio que continua.
Bolsonaro é um problema enorme. O Centrão também, a esquerda também. Eu me preocupo em como a gente ganha de todos eles ao mesmo tempo.
E a única forma de fazer isso é criando o nosso bloco, o nosso movimento.
Enquanto caímos no desespero e emprestamos força para outro movimento, ele ganha força e nós deixamos de construir o nosso.
No longo prazo isso não funciona.
Outra forma de explicar isso é atacar espaço vs atacar um ponto.
Atacar um ponto é muitas vezes necessário, mas tem seus limites, e outro ponto surge no lugar. Atacar um espaço leva a controle dele.
Meu objetivo não é derrotar esse ou aquele. É que os legislativos e executivos estejam com cada vez mais dos nossos.
E com isso barramos e revogamos cada vez mais coisas.
É um caminho mais longo, chato e cansativo, mas é a única rota de vitória, e de estabilização no longo prazo.
É aquilo que eu falei várias vezes no canal: ser contra não te leva a lugar nenhum. Te afasta de lugares, e eventualmente isso te bota num certo lugar X
Mas esse lugar X é o resultado de recuos e acordos, não o seu real objetivo.
É sendo a favor de algo que você de fato vai pra onde quer, e constrói algo.
Infelizmente uma das assimetrias na vida é que é 50x mais fácil destruir que construir.
Isso tudo não significa negligenciar completamente o hoje. Alguma atenção deve ser dada, e alguma defesa é necessária.
Mas o foco é a ofensiva. Imponha seu jogo.
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Se você é a favor do Impeachment do Bolsonaro, deveria ser a favor da privatização dos Correios.
Enquanto existir cargo na mão de político, esse cargo será moeda para comprar apoio. É assim que Bolsonaro se manteve no poder.
Lá por março de 2020 foi tomada a decisão que era inevitável: Bolsonaro mandou lotear o governo.
Estatais, fundos, agências, ministérios, muita coisa foi colocada para venda, em troca de apoio político no legislativo.
E encontrou compradores, claro.
A eleição de Lira foi o repeteco disso. O governo negociou pesadamente, prometeu cargos pra todo lado, e conseguiu com larga margem os votos que precisava.
Enquanto essa relação comercial existir, Bolsonaro fica.
Se o objetivo do Bolsonaró fosse realmente derrotar o PT em 2022, combater corrupção e o Centrão, e ter um presidente conservador/reformista, a jogada agora seria óbvia:
Anunciar que não concorre em 2022.
Ele não fazer isso confessa que o objetivo é poder.
Se ele não concorrer, Lula perde boa parte de sua força, e o movimento conservador teria tempo de encontrar outro nome.
Como os ideais são os mesmos, esse nome herdaria os votos de 2018.
Isso se chama pensar na sucessão.
Uma das coisas mais importantes que um comandante precisa saber é quando ele está numa batalha com baixíssima chance de vitória, e como jogar de acordo.
O vídeo de hoje é muito importante. É sobre o genocídio cultural que a China vem executando no Tibete a 70 anos.
Em 1950, a China invadiu e anexou o Tibete. Estima-se que até 17% da população morreu devido a fome, tortura, prisões e execuções.
Além disso, o governo chinês vem instalando um processo para controlar e eventualmente erradicar a língua, cultura e religião tibetanas.
Seis mil templos foram destruídos. Rituais e cerimônias cada vez mais controladas.
Um dos maiores absurdos modernos é que famílias são fortemente coagidas a entregar suas crianças para escolas chinesas, longe de suas casas. As crianças ficam em internato, não interagem com o mundo e só podem sair acompanhadas por professores.
E com essa eu oficialmente largo mão completamente do Guedes. Já esperava muito pouco mas tinha respeito pela força de vontade dele de lutar uma batalha inglória e com seus "aliados" te atrapalhando.
Agora eu honestamente não sei mais o que achar.
Essa proposta de reforma é um desastre, e depois vimos que era só pra bancar populismo.
Deu já Guedes. A biografia já era, não tem o que fazer, mas preserve a nossa sanidade mental.
Ainda vou trabalhar pra aprovar o pouco que tiver de bom, e barrar as merdas.
O triste é agora ter que trabalhar pra barrar essa merda de reforma, e saber que vai ter pouca coisa boa pra defender.