Se você é a favor do Impeachment do Bolsonaro, deveria ser a favor da privatização dos Correios.
Enquanto existir cargo na mão de político, esse cargo será moeda para comprar apoio. É assim que Bolsonaro se manteve no poder.
Lá por março de 2020 foi tomada a decisão que era inevitável: Bolsonaro mandou lotear o governo.
Estatais, fundos, agências, ministérios, muita coisa foi colocada para venda, em troca de apoio político no legislativo.
E encontrou compradores, claro.
A eleição de Lira foi o repeteco disso. O governo negociou pesadamente, prometeu cargos pra todo lado, e conseguiu com larga margem os votos que precisava.
Enquanto essa relação comercial existir, Bolsonaro fica.
Sim, o governo pode ser desestabilizado.
E os elementos mais fecais do legislativo vão subir seu preço de apoio, ser pagos e garantir ainda mais sua reeleição e a de seus protegidos políticos.
Os Correios são uma dessas moedas possíveis. Mas todos os outros poderes na mão do estado também são moedas.
Toda vez que você defende mais poder pro estado, esse poder será vendido em troca de apoio.
E a tendência é que os piores serão aqueles que irão comprar. O que aumenta o poder desses piores, e aumenta o poder de quem está vendendo.
Tudo um arranjo que serve pra você trabalhar pra sustentar esses parasitas inúteis.
Você pode até querer argumentar que existe um benefício X ou Y em algo do estado, ou dos Correios.
Apenas entenda que esse benefício é uma migalha jogada pra você, e não o objetivo.
O objetivo é o poder, e te parasitar.
Larga de ser trouxa.
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Eu estou 10x mais preocupado em eleger o maior numero possível de liberais e libertários em 2022 e 2024 do que com a maluquice política de hoje ou amanhã.
Minha lógica nisso é que jogar de defesa o tempo todo é atrasar a derrota. Temos que virar o jogo.
Eu não gosto de entrar na maior pauta possível. Eu gosto de entrar na maior pauta onde a minha entrada faz a maior diferença possível numa direção muito boa.
Uma dessas causas é eleger gente
Se a gente se preocupar primariamente em tirar o X, vai entrar um Y e o problema meio que continua.
Bolsonaro é um problema enorme. O Centrão também, a esquerda também. Eu me preocupo em como a gente ganha de todos eles ao mesmo tempo.
Se o objetivo do Bolsonaró fosse realmente derrotar o PT em 2022, combater corrupção e o Centrão, e ter um presidente conservador/reformista, a jogada agora seria óbvia:
Anunciar que não concorre em 2022.
Ele não fazer isso confessa que o objetivo é poder.
Se ele não concorrer, Lula perde boa parte de sua força, e o movimento conservador teria tempo de encontrar outro nome.
Como os ideais são os mesmos, esse nome herdaria os votos de 2018.
Isso se chama pensar na sucessão.
Uma das coisas mais importantes que um comandante precisa saber é quando ele está numa batalha com baixíssima chance de vitória, e como jogar de acordo.
O vídeo de hoje é muito importante. É sobre o genocídio cultural que a China vem executando no Tibete a 70 anos.
Em 1950, a China invadiu e anexou o Tibete. Estima-se que até 17% da população morreu devido a fome, tortura, prisões e execuções.
Além disso, o governo chinês vem instalando um processo para controlar e eventualmente erradicar a língua, cultura e religião tibetanas.
Seis mil templos foram destruídos. Rituais e cerimônias cada vez mais controladas.
Um dos maiores absurdos modernos é que famílias são fortemente coagidas a entregar suas crianças para escolas chinesas, longe de suas casas. As crianças ficam em internato, não interagem com o mundo e só podem sair acompanhadas por professores.
E com essa eu oficialmente largo mão completamente do Guedes. Já esperava muito pouco mas tinha respeito pela força de vontade dele de lutar uma batalha inglória e com seus "aliados" te atrapalhando.
Agora eu honestamente não sei mais o que achar.
Essa proposta de reforma é um desastre, e depois vimos que era só pra bancar populismo.
Deu já Guedes. A biografia já era, não tem o que fazer, mas preserve a nossa sanidade mental.
Ainda vou trabalhar pra aprovar o pouco que tiver de bom, e barrar as merdas.
O triste é agora ter que trabalhar pra barrar essa merda de reforma, e saber que vai ter pouca coisa boa pra defender.
A queda de Dilma começou quando brigou com o Centrão, não soube negociar e traiu Cunha. Isso deixou o Centrão indeciso, procurando uma nova oferta.
A combinação de protestos, Temer e Cunha articulando e alguns outros fatores viabilizou politicamente o impeachment.
Motivos não faltavam, foi escolhido o relativamente mais simples de provar e depois ocorreu um debate técnico para mostrar que sim, o mundo entenderia o crime de Dilma e não seria o fim do Brasil.
E sim, esse era o principal argumento de resistência dos votos finais.