“Sou trans e sou contra trans no esporte porque... (inclua aqui argumentos falaciosos do senso comum)”
1. Ser trans não te habilita a nada.
Se você não tem experiência ou proximidade com o assunto, não é da área do esporte e/ou nunca pesquisou considerando os critérios do COI +
sua opinião é como um peixe sem uma bicicleta.
2. O fato de você ser trans não te habilita para falar por toda comunidade.
Inclusive gente que não se organiza coletivamente deveria ter responsabilidade ao emitir parecer sobre assuntos tendo como base suas experiências pessoais
3. Lugar de fala todo mundo tem. Mas de onde você fala, você compreende o impacto do que é dito e o que isso representa em uma sociedade que enaltece a individualização de pautas coletivas?
4. Não importa o que você pensa, importa o que você sabe sobre o assunto.
5. Leia, se informe e entenda a complexidade que envolve emitir qualquer parecer e do quanto é importante saber a diferença entre opinião e argumento.
6. Uma posição como essa ajuda em que? Quem se favorece de gente trans contra direitos trans ?
Você até pode ser contra. Mas saiba que uma opinião vazia pode interferir negativamente no direito daquelas que querem atuar no esporte e sonham em poder chegar lá sem enfrentar transfobia.
Uma posição irresponsável pode contribuir para o acirramento da transfobia e violência.
Incisive podem continuar falando sobre amenidades!!!
Vamos fortalecer defender os atuais parâmetros dos órgãos reguladores, as pesquisas e a disseminação de informações relevantes, assim como as respostas de comitês e especialistas para atestar supostas vantagens ou não.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
“Amaral” é uma travesti negra que está em alta vulnerabilidade social. E o que aconteceu hoje com ela em Teresina é a realidade de muitas travestis por esse país.
Ela amanhã estará novamente esquecida e invisibilizada até o dia em que não estiver mais entre nós.
Mesmo depois do que passou, está viva, foi solta e sendo acolhida pelos movimentos locais e pela rede de proteção à violência LGBTIfóbica de Teresina.
E amanhã, o que será dela ?
O racismo e a transfobia a colocaram nesse lugar de desespero a ponto de ter que negociar sua vida
Em troca de comida, de sua sobrevivência e quem sabe de ter que cometer atos condenáveis sob a ótica de quem tem acessos por pura urgência e necessidade de sobrevivência.
“Crimes por sobrevivência” são comuns em países onde há desigualdade social e pobreza.
Recebemos informações e um vídeo de UMA TRAVESTI MANTIDA PRESA DENTRO DO PORTA MALAS DE UM CARRO E SUBMETIDA A ESPANCAMENTO E TORTURA POR UM GRUPO DE HOMENS EM TERESINA/PI
Já enviamos informações para órgãos responsáveis e estamos acompanhando o caso.
TW Tortura, violência e transfobia
À vítima foi amarrada e espancada. Jogada no chão e a guarda municipal não tomou nenhuma atitude para impedir a tortura.
Exigimos uma resposta imediata para identificar e responsabilizar os responsáveis por essa barbárie.
É inadmissível a espetacularização da violência contra pessoas trans de forma pública e aceita de forma naturalizada por quem assiste passivamente esse horror!
Parem de tratar exceção como regra! Observem os detalhes e o contexto!
Patrícia Lélis novamente sendo transfóbica com a intenção de manipular a opinião pública de forma altamente tendenciosa sobre um caso onde uma mulher trans supostamente mostrou o pênis em um spa feminino
Vejam bem: um SPA, onde há áreas comuns em que as pessoas trocam de roupa e ficam peladas.
Vale ressaltar que sendo mulher trans ela estava no lugar certo, destinado ao gênero que se identifica. E tendo penis, havia a possibilidade de alguém ver.
Evidente que nesse caso o problema é o fato de ela ser uma mulher trans.
Até porque, se ela estava arrumando a roupa ou se trocando e por acaso ficou a mostra seu pênis, sem qualquer intenção sexual, que mal há nisso?
De forma recorrente e altamente tendenciosa a petista Patríci4 Lelis tem se colocado do lado oposto das pessoas trans. Utilizando de narrativas abertamente transfóbicas, disseminadas na rede social por grupos de ódio antitrans e que +
vem sendo repetidas pela petista em diversos episódios públicos.
Existe uma intensa movimentação de grupos de feministas cissexistas que tem financiado campanhas antitrans, com alinhamento a grupos como a "alt right" e outros que históricamente tem se posicionado contra +
os direitos da população LGBTI+. Mas que ganha força a partir de uma plataforma política pautada no ódio às pessoas trans.
Entendemos que esse tipo de posicionamento é altamente nocivo a luta das pessoas trans, trazendo impactos reais na vida, na saúde mental e na violência +
Pautas exclusivas de mulheres cis excluem mulheres trans ?
Acreditar que mulheres cis tem pautas políticas completamente diferentes ou antagônicas das de mulheres trans para concluir que o feminismo só deve representar mulheres cis é a defesa de uma posição trans-excludente.
Acreditar que as pautas de mulheres trans são inconciliáveis, contrárias ou atrapalhariam as pautas de mulheres cis é uma posição cissexista.
Ou seja, você só pode acreditar que não está sendo trans-excludente ao excluir mulheres trans do feminismo se você acredita que:
“A luta de mulheres trans atrapalha a luta de mulheres cis.”
E nós transfeministas vamos estar aqui para apontar: isso não é verdade.
Não há qualquer malabarismo que tente afirmar que não seria excludente defender ideias que desarticulam as pautas de mulheres trans e cis.
Uma pessoa trans vai no nosso privado “cobrar” porque não fizemos campanha ou qualquer post sobre não ter pessoas trans no reality
1. Não somos obrigadas 2. Aquilo não é militância ou representatividade que, aliás, está sendo usada de forma com totalmente irresponsável
3. Não iremos demandar tempo para o que nos distrai e afasta de nossos ideais 4. Programa coloca pessoas em uma hipervisibilidade irresponsável e violenta 5. As edições manipulam a opinião pública e constrói arquétipos das pessoas que quer favorecer ou destruir
6. Em nosso entendimento não existe a mínima possibilidade de ser visto como entretenimento saudável 7. Não há nada que contribua para o histórico de transformação social a ser produzido naquele espaço 8. Contribui no processo de banalização de ativistas e seus posicionamentos