Ewa Nusenowicz nasceu em 1926, na cidade polonesa de Piotrków Trybunalski. Seu pai, Aryeh, importava frutas e sua mãe, Pessia, era lojista. Sua irmã, Renia, nasceu três anos depois.
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A família foi forçada a deixar sua casa em 1.º de novembro de 1939, após a ocupação nazista na Polônia. Foram enviados para o gueto criado na cidade, onde ficaram durante um ano.
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Quando o gueto em que estavam foi liquidado, seu pai foi enviado para trabalhar em Czestochowa e depois para Buchenwald. Em outubro de 1944, Ewa, Renia e sua mãe foram enviadas para o campo de concentração feminino de Ravensbruck, na Alemanha.
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Foram dias cheios de horrores e de árduo trabalho físico. “Quando vi como minha mãe e irmã estavam desvanecendo e murchando, eu só queria me deitar e nunca mais levantar”, descreveu Ewa.
Os prisioneiros foram transportados para o complexo de Bergen-Belsen, em janeiro de 1945.
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Poucos meses depois, começou a escrever um diário, onde detalhou toda a crueldade até ali: “As pessoas se sentem e morrem como moscas”. Logo em seguida, sua mãe e irmã morreram.
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Após a liberação do campo pelos britânicos, em abril de 1945, Ewa ficou em um campo para deslocados de guerra (DP). Em 1947, ela fez Aliyah, a imigração judaica para a Terra de Israel. Yona Livne, seu futuro marido, estava entre as pessoas que a acompanharam.
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Na primeira manhã em sua nova terra, escreveu: “senti uma estranha conexão com este solo [...] E eu estava feliz.”
Ewa, que mudou seu nome para Eva Livne, e Yona mudaram-se para Tel Aviv.
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Mais tarde, ela o acompanhou em missões diplomáticas e trabalhou como secretária no Gabinete do Primeiro Ministro. Eles tiveram dois filhos, Ahuva e Motti, netos e bisnetos.
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Há pouco tempo, Eva contou à sua nora e sua neta, Hana Livne e Lilach Pnina Livne, sobre a existência de seu diário, finalizado em 1947. Por 73 anos, não mostrou a ninguém e, em 2020, sua família o leu pela primeira vez.
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Eva concordou em divulgar seus escritos antes de falecer, em novembro de 2020, aos 94 anos.
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Sabendo do potencial crítico, os nazistas proibiram manifestações artísticas contrárias ao regime. A arte, na ótica nazista, teria como função não abrir-se ao livre-pensamento e a críticas sociais,mas exaltar a pátria, a superioridade da raça ariana e o protagonismo do partido.
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Como dizia o ministro nazista da propaganda Joseph Goebbels e, mais recentemente, o então secretário especial da cultura Roberto Alvim, a arte deveria ser "heroica", "nacional" e "imperativa", "ou não será nada".
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Atentas ao contexto mundial de ascensão de regimes extremistas, à intensidade dos atuais discursos de ódio, número crescente da violência contra a mulher e proliferação internacional de grupos neonazistas, inclusive no Brasil, +
as roteiristas e diretoras Regina Miranda e Patrícia Niedermeier buscaram na história recente a possibilidade de identificar elos e conexões entre o que se passou e o que vivenciamos na atualidade para entender e atuar incisivamente no presente.
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As autoras se concentraram no estudo das estruturas de poder durante a época do nazismo. Foi uma surpresa saber que Auschwitz havia sido instituído como campo de concentração a partir da chegada de um comboio de mulheres, logo seguido de outros, que somariam cerca de cinco mil +
O Museu do Holocausto de Curitiba, em parceria com a Universidade Federal do Paraná e a Universidade de Pernambuco, lança uma iniciativa pioneira no Brasil.
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O 1º Congresso Internacional sobre Ensino do Holocausto e Educação em Direitos Humanos busca promover um momento de reflexão e debates acerca de diferentes e relevantes trabalhos a respeito destas temáticas.
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A proposta desse evento acadêmico é conhecer e divulgar pesquisas que vêm sendo realizadas no Brasil e em outras partes do mundo.
O encontro ocorrerá de forma online, por meio do canal do YouTube do Museu e do Zoom, no período entre os dias 21 e 23 de novembro de 2021.
Primeira publicação em português sobre o tema, o livro “Arte em Tempos de Intolerância: Theresienstadt” (Editora Rio Books), da historiadora Silvia Rosa Nossek Lerner, faz uma análise do campo de concentração da cidade de Terezin.
Chamado “Theresienstadt” após a ocupação dos nazistas, na antiga Tchecolosváquia, o estudo se dá por meio da obra cultural produzida pelos judeus levados ao local.
Todas as manifestações culturais têm espaço na obra: música, teatro, poesias, jornais, revistas e publicações, +
mas os desenhos, feitos tanto pelos adultos quanto pelas crianças, ganham um destaque especial.
Criado como um campo modelo e cultural para receber a visita do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e persuadir o mundo de que os judeus sob domínio nazista não eram maltratados, +
O ciclo "América Latina e o Holocausto: o destino dos cidadãos brasileiros, peruanos e argentinos em perspectiva comparativa" é uma proposta que busca analisar o Holocausto a partir de um olhar latino-americano, tendo como eixo os casos da Argentina, Peru e Brasil
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➡ 5 de agosto: o caso do Peru. A conferência será realizada por por Hugo Coya, escritor, jornalista e professor universitário formado em Ciências da Comunicação pela Universidade de Lima, com mestrado em Jornalismo pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais de São Paulo +
e longa carreira em diversos meios gráficos e audiovisuais . É autor de vários livros, entre eles Final Station (2010), que reúne os resultados de uma investigação de cinco anos sobre o destino dos peruanos durante o Holocausto.
Uma pequena cerimônia realizada no Museu Paranaense marcou, nesta segunda-feira (02), em Curitiba, o Dia Internacional em Memória do Holocausto Cigano/Porrajmos.
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A bandeira, utilizada em acampamentos e em reuniões, foi instituída durante o Primeiro Congresso Mundial Cigano, em 1971, no Reino Unido.
As lideranças falaram sobre a história dos ciganos e sua situação atual no mundo e no Brasil.