A queda na movimentação nas grandes cidades, provocada pela necessidade do isolamento social, teve reflexos diretos na diminuição da emissão de poluentes para a atmosfera.
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No entanto, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) estima que houve um aumento de 15% a 25% na quantidade de resíduos residenciais. Já para os hospitalares, o cálculo é de 10 a 20 vezes.
Com a pandemia de Covid-19, houve um aumento expressivo no número de resíduos descartados, muito por conta do aumento de compras pela internet, que geram mais embalagens.
Com os protocolos de segurança e higienização, também houve um salto na utilização de plásticos descartáveis em estabelecimentos e nos lares, devido ao avanço da entrega de alimentos e produtos.
Segundo dados do Atlas do Plástico 2020, o aumento na coleta dos materiais recicláveis foi de 25 a 30%, mas grande parte desse volume vai diretamente para os aterros sanitários já que muitas cooperativas de reciclagem fecharam ou diminuíram suas atividades na pandemia.
No Brasil, só 3% dos materiais recicláveis são, de fato, reciclados (Fonte: Onara Lima). E isso é só a ponta do iceberg.
A educação ambiental, a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente começam dentro de casa e a participação da população é fundamental para que as cooperativas de reciclagem tenham maior êxito.
Dicas de reciclagem:
- Separar CORRETAMENTE o lixo dentro de casa. É importante lembrar de lavar as embalagens de plástico, a fim de não sujar outros materiais e inviabilizar a reciclagem.
Separar lixeiras apenas para plástico, outras para papéis e papelão; outras para alumínio e o vidro também, que tem risco de quebrar e ferir os coletores.
- Procurar cooperativas de reciclagem próximas a sua casa. Muitos municípios não têm coleta seletiva. Os caminhões de lixo regulares são compactadores, ou seja, compactam todos os materiais juntos
- Jamais jogue o lixo em terreno baldio, nos cantos das ruas ou na beira dos rios.
Isso é uma ação ambiental e, ao mesmo tempo, uma ação social, já que contribui para a subsistência de quem vive desses resíduos.
O grande número de mortes provocadas pela Covid-19 impacta a vida social em diversas formas. Inicialmente, a perda de pessoas que ainda tinham sonhos, projetos e a certeza de uma vida mais longa. Porém, o problema é ainda mais amplo.
Segue o fio 🧶
Esse é o caso do grande aumento dos números de órfãos nos últimos anos marcados pela pandemia. No mundo, a cada 12 segundos, uma criança perde seus cuidadores que podem ser pais, avós ou outros familiares próximos. No Brasil, esse número é de um órfão a cada cinco minutos.
As consequências do aumento do número de órfãos são muitas.
Em níveis individuais, a convivência com o luto e os traumas psicológicos e emocionais derivados da perda dos cuidadores, como também a perda e a criação de novos referenciais, são alguns dos impactos.
Muitos estudos já demonstraram que a pandemia de Covid-19 afeta as pessoas de baixa renda de modo desigual.
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Os motivos principais, de acordo com grupos de pesquisa da França, Itália, Estados Unidos, Colômbia, México, Cingapura, Reino Unido e Indonésia, são: as comorbidades, a falta de acesso à saúde e a impossibilidade de manter o distanciamento social.
Os últimos estudos publicados sobre o tema estudaram Santiago no Chile, uma cidade muito segregada, com zonas geográficas distintas que concentram pessoas de alta ou de baixa renda.