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Preso nesta sexta-feira pelos frequentes ataques às instituições brasileiras, Roberto Jefferson, hoje aliado do presidente Jair Bolsonaro, nem sempre teve uma postura alinhada à extrema direita. Veja, nesse fio, as muitas faces de Roberto Jefferson: glo.bo/2UelOhu

Jefferson iniciou sua carreira na vida pública como advogado do extinto programa ‘O povo na TV”, no início da década de 1980. Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1983 pelo PTB, partido da qual sua família já fazia parte antes da Ditadura. glo.bo/2UelOhu

Durante o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, Jefferson foi um dos líderes da chamada tropa de choque do mandatário. O grupo tentou abafar as denúncias de corrupção contra Collor, que acabou renunciando ao cargo. glo.bo/2UelOhu

No ano seguinte ao impeachment de Collor, Jefferson foi citado na CPI do Orçamento como envolvido no esquema de propina que ficou conhecido como “Anões do Orçamento”. Em seu depoimento, o então deputado chorou duas vezes e lamentou a exposição da família. glo.bo/2UelOhu

Jefferson chegou a ser incluído dos que necessitavam de mais investigações. Porém, ele foi excluído do relatório final por concluírem que, com crédito de US$ 470 mil em cinco anos, seu patrimônio e movimentação bancária seriam compatíveis. glo.bo/2UelOhu

A aproximação com o PT começou no segundo turno da eleição de 2002. Até então, o deputado e líder do PTB na Câmara fazia críticas ao partido. Porém, sem avanços de Ciro Gomes no pleito, o partido de Jefferson, antes ao lado do pedetista, apoiou Lula. glo.bo/2UelOhu

Na presidência nacional do PTB, Jefferson formou alianças com o petismo nas capitais do país visando 2004. Em troca do alinhamento pela atuação parlamentar no Congresso, o político e os correligionários receberam ajuda financeira do partido aliado. glo.bo/2UelOhu

O escândalo, delatado pelo próprio Jefferson, acabou batizado de "Mensalão" e se tornou um obstáculo para ele, que teve seu mandato cassado e foi preso. glo.bo/2UelOhu

Em 2016, de volta à presidência do PTB, Jefferson defendeu o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Dois anos depois, tentou emplacar a filha, a deputada Cristiane Brasil, como ministra do governo Temer — sua posse foi suspensa pelo STF. glo.bo/2UelOhu

Com Jair Bolsonaro eleito, Jefferson se aproximou do capitão da reserva e defendeu o porte de armas e o fechamento do Supremo. Hoje, o PTB é apontado como uma das siglas que deve acolher bolsonaristas saídos do PSL, partido que Bolsonaro rompeu em 2019. glo.bo/2UelOhu