Agora vamos apresentar nossa equipe da Conjuntura!
A equipe de Conjuntura tem o objetivo de investigar, analisar e interpretar os contextos social, econômico, ambiental e cultural relacionados à pandemia de Covid-19, a fim de produzir estudos interdisciplinares focando em populações vulneráveis.
Além do mais, desenvolve e aprimora o Índice de Proteção a Covid-19 (IPC), ferramenta que auxilia no acompanhamento dos impactos da pandemia. Também foca na transferência do conhecimento científico através de redes sociais e eventos.
Você, jacaré, já pensou que você pode nos ajudar a acabar com a pandemia? Não?
Segue o fio que a gente te conta 🧶
Atualmente, observamos o seguinte cenário:
- Apenas 25% da população mundial está vacinada;
- As vacinas disponíveis não tem eficácia de 100%;
- A variante Delta é mais infecciosa que a cepa original, está em grande circulação no mundo e as vacinas são menos eficazes contra ela.
Essa combinação de fatores aumenta a probabilidade de pessoas vacinadas se infectarem e, consequentemente, de o vírus continuar se reproduzindo, mutando e evoluindo.
No momento, muitos estudos sobre a eficácia das vacinas contra a variante Delta estão sendo feitos, porém poucos já foram publicados, pois são muito recentes.
Segue nosso fio que te contamos tudo 🧶
Há pouco, Israel apresentou grandes surtos impulsionados pela variante e a análise inicial dos dados mostrou que a eficácia da vacina BNT-162b (Pfizer/BioNTech) contra hospitalizações diminuiu de 98% para 93%, quando comparados com os novos casos da Delta.
Além disso, a eficácia da vacina AstraZeneca contra qualquer tipo de sintoma passou de 85-90% para 60%. Já a da Janssen se mostrou eficaz, porém novos estudos ainda não revisados por pares indicam que todas as vacinas se mostraram menos eficazes contra esta linhagem.
A variante Delta é uma das quatro variantes de preocupação listadas pela OMS. Ela foi identificada pela primeira vez em março de 2021 na Índia e atualmente se encontra em 142 países, causando surtos significativos em pelo menos 65 deles.
Em primeiro lugar, é importante saber que essa variante é 2x mais infecciosa que o vírus original, causando sintomas mais graves em pessoas não vacinadas e até em uma parcela dos vacinados, além de estar relacionada com o dobro do número de hospitalizações que as outras variantes
Isso provavelmente se deve ao fato de que esta mutação do vírus se reproduz mais rápido e, assim, pessoas infectadas apresentam 10x mais carga viral em seus narizes, independente da vacinação.
Sim, as evidencias apontam que é bem possível que tomaremos uma terceira dose da vacina contra Covid-10 (apesar de que irá depender da disponibilidade das vacinas).
Segue o nosso fio para mais informações! 🧶
Estudos mostram que uma 3ª dose da vacina Oxford/AstraZeneca gera um forte reforço imunológico. Publicado no The Lancet, demonstrou que uma nova dose após meio ano, aumentaria 6x os anticorpos contra a Covid, além de se mostrar mais eficaz contra as variantes Alfa, Beta e Delta.
7 países já aprovaram a terceira dose (Uruguai, Rússia, Israel, França, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, República Dominicana), portanto em breve poderemos avaliar o resultado nesses locais.
O grande número de mortes provocadas pela Covid-19 impacta a vida social em diversas formas. Inicialmente, a perda de pessoas que ainda tinham sonhos, projetos e a certeza de uma vida mais longa. Porém, o problema é ainda mais amplo.
Segue o fio 🧶
Esse é o caso do grande aumento dos números de órfãos nos últimos anos marcados pela pandemia. No mundo, a cada 12 segundos, uma criança perde seus cuidadores que podem ser pais, avós ou outros familiares próximos. No Brasil, esse número é de um órfão a cada cinco minutos.
As consequências do aumento do número de órfãos são muitas.
Em níveis individuais, a convivência com o luto e os traumas psicológicos e emocionais derivados da perda dos cuidadores, como também a perda e a criação de novos referenciais, são alguns dos impactos.
Muitos estudos já demonstraram que a pandemia de Covid-19 afeta as pessoas de baixa renda de modo desigual.
Segue o fio 🧶
Os motivos principais, de acordo com grupos de pesquisa da França, Itália, Estados Unidos, Colômbia, México, Cingapura, Reino Unido e Indonésia, são: as comorbidades, a falta de acesso à saúde e a impossibilidade de manter o distanciamento social.
Os últimos estudos publicados sobre o tema estudaram Santiago no Chile, uma cidade muito segregada, com zonas geográficas distintas que concentram pessoas de alta ou de baixa renda.