80% dos alunos que estavam nas duas primeiras fileiras e 21% dos que estavam nas 3 últimas fileiras se infectaram, reforçando a importância do distanciamento físico (quanto mais pertos, maior a concentração de partículas)
mas mostrando que transmissão a maiores distâncias pode acontecer, especialmente em espaços fechados e mal ventilados. No caso dessa sala, as janelas estavam abertas e tinham purificadores de ar com filtro HEPA
Vale lembrar que, quanto mais e mais alto falamos, mais partículas emitimos e maior o risco de transmissão. Jamais retire a máscara para falar. Diferentemente do que se acreditava, aerossóis são emitidos em atividades cotidianas, não só em alguns procedimentos médicos
Não existe medida que garanta risco zero. Mesmo imperfeitas, a medida que vamos sobreponde as diversas camadas de prevenção vamos consistentemente reduzindo o risco de transmissão. Mas temos focar naquelas que são mais importantes
Vacinação, ventilação de ambientes fechados, preferência por ambientes abertos, boas máscaras bem ajustadas, distanciamento físico, testagem, isolamento de sintomáticos, rastreamento de contatos. Quanto mais camadas, mais seguro o retorno as aulas
Um ponto específico que me causa muita preocupação é o momento do lanche dos estudantes. Em muitos locais o protocolo é que a refeição seja feita dentro da sala de aula. Não acho que essa seja a melhor medida.
Uma vez que todos retiram a máscara nesse momento, seria muito importante que isso seja feito em um espaço aberto e bem ventilado.
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1/ Apesar da pauta de 7 de setembro ser basicamente as manifestações, também teremos um feriado prolongado e muitas pessoas vão viajar ou procurar opções de lazer. Então é importante discutir como fazer isso da forma mais segura possível
2/ Um dos grandes desafios desses feriados prolongados é o deslocamento de muita gente para outras cidades ou estados e a interação com uma enorme quantidade de pessoas fora das nossas bolhas, podendo levar a eventos super espalhadores
3/ evitar essas viagens e procurar opções de lazer na sua cidade seria o melhor cenário. Mas sabemos que há um enorme cansaço por parte da população e com as reaberturas das últimas semanas muitas pessoas decidiram viajar
Minha trajetória na academia ainda é bem curta mas eu super endosso isso aqui. Talvez seja o principal conselho para quem está pensando em entrar na academia.
Quando a gente entra na faculdade a gente se deslumbra muito com o pesquisador de nome, famosão ou com o tema da moda
Mas mais importante do que tudo é trabalhar em um ambiente acolhedor, onde as pessoas estão dispostas a ensinar e colaborar. Quando a gente está no começo isso é muito muito muito importante. Claro que muitos pesquisadores de nome são excelentes orientadores e mentores
Mas não necessariamente uma coisa está ligada a outra. As vezes em um laboratório muito grande a competição é intensa e quem está começando não tem espaço para se desenvolver nem pessoas dispostas a estenderem a mão. É um enorme desafio
Em termos de incentivos, distribuição ampla e gratuita de máscaras e boas informações sobre a importância do uso e como usar corretamente parecem ser as coisas mais importantes
Que descoberta interessante. Abrir a janela por 10 segundos pode reduzir em até 97% a quantidade de arrossois em um carro. Esse número alto acontece quando o carro está em velocidade alta (>50km/h) e com janelas diagonais abertas, criando um fluxo de ar pela diferença de pressão
Claro que em outras condições a redução pode ser menor. Importante sempre ventilar o carro mas olhar outros possíveis problemas (poluição do ar, locais com risco de assalto, temperatura). Mas mostra que só de abrir a janela quando o carro está em movimento já temos benefícios
E, claro. Se for andar de carro com mais pessoas que não moram junto com você, máscara de boa qualidade, bem ajustada ao rosto sempre. PFF2 de preferência.
Especialmente pra quem trabalha como Uber (grupo que acabou crescendo muito junto com o desemprego durante a pandemia)
Uma das coisas mais complicadas que aconteceu no curso da pandemia foi apontar o dedo e julgar quem se infectava quase que como uma punição divina pelo comportamento moralmente errado. Isso é algo que a gente já viu bem parecido em outras epidemias.
O primeiro ponto negativo é que nosso julgamento moral enviesa nossa percepção de risco. Atividades virtuosas, como trabalhar são vistas como mais seguras, mesmo envolvendo ambientes fechados mal ventilados e com muita gente
Locais razoavelmente seguros como praias ao ar livre são vistas como vilões.
Um segundo problema é que isso faz com que a gente sinta a obrigação de se justificar quando se infecta. Quase que pedindo desculpas, como se a gente não estivesse no meio de uma pandemia.
Sobre a variante delta e transmissão ao ar livre, a forma como ela se tansmite não mudou e as medidas de prevenção seguem as mesmas.
Ficar ao ar livre reduz brutalmente mas não garante risco zero, tanto pra delta como pra qualquer outra variante
Se a variante é mais transmissível o risco de transmissão aumenta, em local aberto ou local fechado. Não é que agora tudo está diferente e não sabemos mais nada sobre o assunto ou que ficar ao ar livre tem risco parecido com ambiente fechado, nada disso
"Ah, mas na Austrália teve um caso de infecção por uma interação de pouquíssimos segundos".
O tempo de exposição é só uma das muitas variáveis que definem o risco. Mais importante é a quantidade de partículas inaladas. Se a concentração é muito alta, mesmo em interações curtas