Na sociedade maniqueísta/binária, a TV assumiu a estética do game para segurar pessoas. O Big Brother, o The Masked Singer... Tudo rola na lógica da gamificação. Atuo tb com comunicação interna e divulgar por jogos engaja. Ora, ESCOLA DE SAMBA é um "game" secular de "aldeias".
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Pela quantidade de amigos jornalistas esportivos que amam carnaval - @aydanoandre, @anathaismatos, @fred_sabino, @pedroivoalmeida, @Ale_Lozetti, @fredaosoares - noto o quanto o formato de game da folia é mal explorado. Ou seja, há como falar com os meios sem arruinar o rito.
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Ocorre que quem vende o carnaval já parte da premissa de que seu produto é uma merda. O racismo estrutural brasileiro mata a autopercepção do quanto o desfile de saberes pretos engajaria - se bem trabalhado. E insisto: com a manutenção de todos os seus rituais fundamentais.
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Sim, são "aldeias" de uma grande cidade famosa disputando um prêmio a partir de quesitos - para os quais 40, 50 cidadãos atribuem graus. Alguém ganha. Alguém vai se foder e, quiçá, mudar de grupo. Isto, meus bons, é sociedade do espetáculo e pós-moderno já no berço esplêndido.
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Há como trabalhar torcida, momentos de "ligar" audiência durante o espetáculo (sempre achei que deveria haver o calar do cantor por um minutinho e isto ser cronometrado em telão e alertado por narrador como "momento especial), há como fazer a cidade querer se envolver de novo.
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É fácil? Não, sobretudo, quando os donos da festa não creem em nada disso e se vendem por qualquer trocado. Mas está tudo posto.
REPITO: GAME DE ALDEIAS!
Desde 1932!
Com muito mais chance de ser sexy para qualquer público do que cantor fantasiado de brigadeiro em reality.
REPITO: GAME DE ALDEIAS!
Desde 1932!
Com muito mais chance de ser sexy para qualquer público do que cantor fantasiado de brigadeiro em reality.
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