Sendo mais claro sobre variante C.12, mu e afins: não é o número de mutações que determina o quão preocupante o vírus é. É sua transmissão. E até aqui, quem parece superar todos em transmissão é a delta, que podemos segurar com vacinas. Ela é o foco.
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Essa taxa de transmissão é o que dita quem predomina e a delta é a pior até aqui. Mas isso pode mudar de acordo com o ambiente. Quanto mais vacinamos, mais complicamos a vida dela. Podemos chegar em um ponto com tantos imunizados que a delta não consiga se espalhar tanto.
Nessa condição, pode haver outro vírus com muitas mutações que agora se transmite menos do que a delta, mas escapa mais de vacinas, que continuaria sendo transmitido. Ele seria como o mosquito resistente a veneno, que só predomina depois que o vulnerável é eliminado.
Então tem outra coisa para se manter em mente. Quais são as variantes mais transmitidas em países que tem muita cobertura vacinal. Não chegamos lá ainda, não temos um país onde a vacinação sozinha parou o vírus. E mesmo onde tem muita vacinação, a delta predomina.
Pelos dois critérios, maior transmissão com e sem tanta vacinação, a delta segue predominando. Ela merece ser o foco da atenção. E a rede mundial de vigilância de vírus que detecta novas variantes pode dar o alerta para outras linhagens. Esse alerta ainda não se justifica.
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