1/8 O Facebook deveria ser condenado por práticas monopolistas e abuso de poder de preços?
Ben Thompson, um dos principais analistas de mídia e tecnologia dos EUA, acredita que não.
O Facebook disputa a atenção das pessoas na internet, um mercado extremamente competitivo.
2/8 Inclusive considerando a população em geral (e não só adultos), o TikTok já é desde 2020 a rede social onde os americanos mais passam tempo (gráfico).
Então por que a Federal Trade Comission (FTC) abriu em agosto um novo processo em que acusa do Facebook de abuso de poder?
3/8 A FTC montou uma tese em que o Facebook é uma rede social pessoal, que só compete diretamente com Instagram e Snapchat nesse segmento.
Para a FTC, as redes sociais pessoais têm como objetivo primário conectar e dividir conteúdo com amigos, família e conexões mais próximas.
4/8 Para sustentar essa tese, a FTC diz que:
- Serviços de mensagens como o Whatsapp não são redes sociais;
- Redes de conteúdo como Twitter, Pinterest, Reddit e TikTok não são redes sociais;
- Plataformas como Youtube, Spotify e Netflix não concorrem com o Facebook.
5/8 Algumas inconsistências dessa tese apontadas pelo Ben Thompson:
- A FTC questiona a aquisição do WhatsApp pelo Facebook, mas admite que eles não concorrem;
- Tudo que você pode fazer no Facebook também pode fazer no LinkedIn;
- O Instagram se parece muito com o TikTok.
6/8 A competição pela atenção das pessoas na internet vai muito além de suas conexões pessoais.
O Facebook até tentou monopolizar a mídia social quando comprou o Instagram e o Whatsapp, mas claramente falhou.
A empresa tem rivais fortes e não parece imparável como 6 anos atrás.
7/8 O Facebook também não tem poder para aumentar preços de anúncios indiscriminadamente. Em primeiro lugar porque a companhia não fixa os preços dos anúncios. Os preços são fixados por leilão. Quem está disposto a pagar mais recebe mais espaços – mas isso parte do anunciante.
8/8 Também não há evidência de que os anúncios seriam mais baratos se o Facebook não tivesse comprado o Whatsapp e o Instagram.
Por todos esses motivos, o Ben Thompson (foto) acredita que essa nova ação da FTC vai acabar em nada.
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1/7 O que é melhor: comprar ações todos os meses ou esperar as grandes correções do mercado para investir?
Nick Maggiulli, do blog Of Dollars and Data, mostrou que, nos EUA, comprar ações todos os meses é historicamente melhor mesmo que você seja o “Deus do market timing”.
2/7 No estudo o investidor tem duas opções:
- sempre investir US$ 100 a cada mês;
- ou economizar US$ 100/mês e investir como o “Deus do marketing timing”: exatamente no ponto mais baixo entre 2 recordes históricos (os pontos vermelhos no gráfico são esses “buy the dip”).
3/7 A única regra é que o investidor só faz aportes e nunca resgata num período total de 40 anos.
O resultado está no gráfico.
De 1920 a 1978 (considerando períodos de 40 anos que terminam em 2018), em 70% das janelas as compras mensais (DCA) batem o “Deus do market timing”.
1/6 Qual percentual da minha carteira devo investir em ações ou em títulos de renda fixa?
Especialistas costumam dizer que depende da sua idade e da sua tolerância a risco (quanto mais novo e mais agressivo, mais ações)
Mas o Moshe Milevsky tem uma abordagem menos simplista.
2/6 Professor da York University em Toronto, Milevsky parte do princípio de que, se as ações rendem mais que a renda fixa – o que é verdade nos EUA (e você não precisa investir só em ações brasileiras) – não faz sentido abrir mão de rentabilidade só porque está envelhecendo.
3/6 O investidor deveria olhar para sua própria carreira, entender quão altos e previsíveis serão seus fluxos de caixa ao longo da vida e avaliar se esses fluxos se assemelham mais a uma ação ou a um título de renda fixa – para então concentrar o patrimônio no oposto.
1/5 Um equívoco bem comum no mercado brasileiro é confundir liquidez com volume de negócios.
Exemplo: os BDRs do Google negociam em média R$ 8 milhões por dia na B3. Mesmo assim um investidor consegue vender R$ 100 milhões em BDRs do Google rapidamente sem distorcer os preços.
2/5 Como isso é possível?
Ativos como BDRs, ETFs e algumas opções possuem formadores de mercado que fazem arbitragem de preço. Se o BDR do Google fica alguns centavos abaixo do valor da ação do Google negociada nos EUA, o formador de mercado compra o BDR aqui e vende a ação lá.
3/5 No caso dos ETFs, se o valor fica acima do justo, o formador de mercado vende BOVA11 e compra todas as ações do Ibovespa. Já com opções, o formador de mercado pode vender opções da Petrobras e comprar PETR4 de forma que o delta da carteira fique próximo a zero.
1/5 Um famoso estudo de 2 professores de Yale defende que os jovens americanos invistam, com alavancagem, 200% do patrimônio em ações para usar melhor o tempo a seu favor na construção de patrimônio.
Mas o exemplo abaixo mostra por que a ideia é bem pior do que parece.
2/5 Dias atrás o @lucianobfranca publicou o gráfico do BRZU, um ETF que até 03/2020 oferecia alavancagem de 3x ao MSCI Brazil.
Durante a crise do covid, o BRZU caiu mais de 96% e quase foi liquidado.
A gestora inclusive decidiu reduzir a alavancagem do ETF para 2x em 04/2020.
3/5 Já esse gráfico do BRZU desde 2013 mostra que o ETF já havia sofrido um drawdown explosivo em 2014 e 2015. A queda acumulada desde o início supera 99%. Esse ETF precisaria subir cerca de 12.800% apenas para recuperar seu valor inicial.
1/6 Você sabia que a Amazon, o Google e o Facebook nunca distribuíram dividendos?
A Berkshire Hathaway também nunca pagou dividendos em mais de 50 anos sob o comando de Buffett.
Acreditamos que os investidores deveriam ficar felizes em não receber dividendos dessas empresas.
2/6 Em primeiro lugar, porque as 4 companhias têm um histórico longo de conseguir reinvestir seus lucros a taxas de retorno bem superiores à média.
Mas Terry Smith, um dos mais bem-sucedidos gestores de fundos da Europa, traz uma explicação adicional interessante.
3/6 Smith lembra que as empresas do S&P negociam a um grande prêmio sobre o valor patrimonial – hoje o múltiplo P/VPA é de 4,73x. Na prática, a empresa que reinveste US$ 1 de seu lucro “cria” US$ 4,73 em valor de mercado – considerando ROE e cotação constantes.