Por trás do autoritarismo sanitário está um muito indigno, muito ubíquo medo irracional da morte. Daí recorrerem a todas as armas contra um vírus de baixa letalidade. Uma cultura de hiper-segurança e hipo-liberdade. Uma cultura de homogeneidade de pensamento e submissão.
Eu recomendo o canal da agente funerária Caitlin Doughty. Um canal que, não por acaso, eu assisti todo quando eu estava com covid. youtube.com/c/AskAMortician
Compreende-se ter medo, eu tive. Mas é incompreensível que, em vez de ajustar só suas escolhas aos seus riscos, se invoque o monopólio da força do Estado contra todos, independente de concordarem com a sua avaliação de risco pessoal. Aversão a risco também pode ser patológica.
Isso sem falar nas posições completamente contraditórias: "tomei vacina e estou protegido, você não tomou e não está, 'logo', vou te forçar a tomar". Sei que tem uma desculpa de "variantes e tal e coisa". Mas pressão seletiva sobre vírus sempre está presente, com ou sem vacina.
Não engulo que o autoritarismo sanitário é baseado em fatos e as outras posições são "negacionismo". Primeiro porque a ciência nada pode dizer sobre que quantidade de risco é aceitável em troca de ser livre. É uma reflexão filosófica que não consta em manual de epidemiologia.
Segundo porque o "autoritarismo necessário" muda de posição aos ventos de uma tribo política específica. Kamala e Biden disseram as mesmas coisas contra as vacinas que os "antivax" dizem agora ("foram desenvolvidas muito rápido", por exemplo — o que é falso).
Já o Átila, disse que não tomaria até que muitas pessoas tomassem. Para si, liberdade de escolher. Para os outros, autoritarismo necessário.
Lembrei que repostei uma Ted talk sobre o medo da morte no meu canal:
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