1/Faltando pouco mais de um ano para as eleições, as pesquisas mostram que Lula lidera todos os cenários (podendo vencer no 1.o) e que a presença de Bolsonaro no 2.o turno não é tão certa assim+
2/Olhe esses 4 gráficos do Datafolha:
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7/Bolsonaro é considerado o responsável pelo aumento do desempre e da inflação. E para a maioria, os dois indicadores ainda podem piorar. Se não virar essa onda de pessimismo, não tem como Bolsonaro vencer. Não importa o adversário.
1/Quem quer que assuma em 2023 _Bolsonaro, Lula, Ciro, Doria, quem for_ vai herdar um "tamos lascados", na honesta definição do Gil do Vigor. O País vai estar ainda mais dividido, economia em frangalhos, sociedade convalescente no pós-pandemia, militares fora dos quartéis...+
2/Goste ou não, o presidente pós-2023 vai precisar de uma coalizão política sólida, que permita sair do lamaçal que o Brasil chafurda desde a campanha presidencial de 2014+
3/Para cada demanda há sempre uma oferta, e presidente pós-23 tem 3 opções de "fiadores da governabilidade". Essa disputa vai ser tão sangrenta quanto a presidencial+
sabe aqueles filmes do Tarantino com impasse mexicano, onde mais de duas pessoas estão apontando as armas uma para as outras? É mais ou menos isso que estamos passado. Bolsonaro mira em Alexandre de Moraes e Rodrigo Pacheco, mas não pode confiar totalmente em Arthur Lira+
2/Moraes mira em Bolsonaro, mas também em Lira, cujos processos no STF pode ressuscitar em breve. Lira, por sua vez, só ganha se Bolsonaro sair ferido do tiroteio e precisar da sua ajuda. Rodrigo Pacheco só viabilizaa candidatura se Bolsonaro estiver morto+
3/A única certeza é que, como nos filmes de Tarantino, haverá sangue.
1/Se tudo correr dentro do script, milhões de brasileiros irão às ruas no Sete de Setembro para demonstrar seu apoio ao ensaio do autogolpe de Bolsonaro. Em Brasília, pode haver confronto com os indígenas. Em São Paulo, Bolsonaro falará para centenas de milhares na Paulista
2/Que Bolsonaro faça da 3.a apenas um festival de ameaças é o cenário otimista, no qual o ímpeto golpista será resguardado para 2022. O ultimato de Bolsonaro é a cassação dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Roberto Barroso para não dar um golpe +
3/Se existe um roteiro para as ações de Bolsonaro para o dia 7, a pergunta natural é “o que acontece no dia 8?”. A resposta depende de como as oposições reagirem+
1/Brigar com os donos do dinheiro é coisa que os candidatos dizem nos palanques e desdizem nos gabinetes. Collor dizia o que seu plano havia igualado banqueiros e bancários. Dilma foi à TV pressionar os bancos a reduzirem juros. Nos dois casos, os banqueiros riram por último+
2/Nessa semana, os presidentes da CEF e do BB ameaçaram retaliar a Febraban caso a entidade subscrevesse um insosso documento a favor da pacificação entre os Poderes+
3/Como o único poder que investe no confronto é o chefe deles, os dois dirigentes acharam o texto ofensivo. Até aí, direito deles. Ao usarem as companhias que presidem como ponta de lança do bolsonarismo, no entanto, os executivos cruzaram a linha entre militância e gestão+
1/Pesquisa Quaest mostra que 7% dos eleitores pretendem ir às ruas no 7 de Setembro para mostrar apoio incondicional ao presidente. Em termos quantitativos é um mundaréu de 10 milhões de pessoas, mais do que as maiores manifestações pelo impeachment. Mas o quadro é mais complexo+
2/Apesar do intenso trabalho de Bolsonaro, apenas 44% dos entrevistados disseram saber das manifestações da próxima semana. Perguntados pela Quaest se pretendiam ir aos atos, 87% responderam "não". Dos 11% que disseram sim, parte prometeu ir, mas para protestar contra Bolsonaro+
3/Sobram os 7% radicais, mas num cenário onde para o resto dos brasileiros a paciência com Bolsonaro acabou:
* 48% reprovam Bolsonaro. Até mesmo eleitores que votaram nele em 2018 estão desapontados: 19% deles hoje acham o governo ruim e menos da metade tem avaliação positiva; +