1/Quem quer que assuma em 2023 _Bolsonaro, Lula, Ciro, Doria, quem for_ vai herdar um "tamos lascados", na honesta definição do Gil do Vigor. O País vai estar ainda mais dividido, economia em frangalhos, sociedade convalescente no pós-pandemia, militares fora dos quartéis...+
2/Goste ou não, o presidente pós-2023 vai precisar de uma coalizão política sólida, que permita sair do lamaçal que o Brasil chafurda desde a campanha presidencial de 2014+
3/Para cada demanda há sempre uma oferta, e presidente pós-23 tem 3 opções de "fiadores da governabilidade". Essa disputa vai ser tão sangrenta quanto a presidencial+
4/Quem hoje dá aval para o gov Bolsonaro é Arthur Lira, que transformou a presidência da Câmara em um cofre de R$ 30 bi para distribuir como quiser em emendas parlamentares. Com esse dinheiro, o presidente da Câmara decide a vida e morte do próximo governo+
5/Mas Lira colocou suas fichas em Bolsonaro. Se o presidente perder, ele também se enfraquece. O segundo candidato a fiador do próximo governo é Gilberto Kassab, que espera eleger + de 60 deputados e governadores em SP, MG, PR e MT+
6/A novidade é o 3.o candidato, o resultado da possível fusão DEM-PSL. Se mantiverem uma bancada grande na próxima legislatura, eles podem ser o núcleo de um novo Centrão, sem Arthur Lira e Ciro Nogueira+
7/Ao contrário do que pode parecer inicialmente, o fiador da governabilidade será uma salvação para o próximo presidente. O pior que pode ocorrer a quem assumir o Planalto em 2023 é ter uma base congressual instável. Na tempestade, é preciso ter uma âncora confiável+
8/FIM Presidência da República é para os holofotes, Os profissionais querem mesmo mandar dos bastidores. Meu artigo para o @Poder360poder360.com.br/opiniao/govern…
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1/Nunca desde o retorno da democracia, um presidente precisou afirmar com todas as letras que não pretende dar um golpe de Estado. "Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero”, disse Bolsonaro à @VEJA. Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição”+
2/Ameaças anteriores e o hábito compulsivo de mentir do presidente permitem colocar em dúvidas as declarações na entrevista, mas não alteram o seu efeito simbólico. Um presidente que precisa vir a público afirmar que não vai dar golpe é um presidente acuado+
3/Questionado sobre os motivos da carta pós-7 de Setembro, que decretou trégua com o STF, Bolsonaro revelou que pessoas do seu entorno que defendiam um golpe. Não disse quais e nem detalhou as circunstâncias. Disse Bolsonaro:
1/Faltando pouco mais de um ano para as eleições, as pesquisas mostram que Lula lidera todos os cenários (podendo vencer no 1.o) e que a presença de Bolsonaro no 2.o turno não é tão certa assim+
sabe aqueles filmes do Tarantino com impasse mexicano, onde mais de duas pessoas estão apontando as armas uma para as outras? É mais ou menos isso que estamos passado. Bolsonaro mira em Alexandre de Moraes e Rodrigo Pacheco, mas não pode confiar totalmente em Arthur Lira+
2/Moraes mira em Bolsonaro, mas também em Lira, cujos processos no STF pode ressuscitar em breve. Lira, por sua vez, só ganha se Bolsonaro sair ferido do tiroteio e precisar da sua ajuda. Rodrigo Pacheco só viabilizaa candidatura se Bolsonaro estiver morto+
3/A única certeza é que, como nos filmes de Tarantino, haverá sangue.
1/Se tudo correr dentro do script, milhões de brasileiros irão às ruas no Sete de Setembro para demonstrar seu apoio ao ensaio do autogolpe de Bolsonaro. Em Brasília, pode haver confronto com os indígenas. Em São Paulo, Bolsonaro falará para centenas de milhares na Paulista
2/Que Bolsonaro faça da 3.a apenas um festival de ameaças é o cenário otimista, no qual o ímpeto golpista será resguardado para 2022. O ultimato de Bolsonaro é a cassação dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Roberto Barroso para não dar um golpe +
3/Se existe um roteiro para as ações de Bolsonaro para o dia 7, a pergunta natural é “o que acontece no dia 8?”. A resposta depende de como as oposições reagirem+
1/Brigar com os donos do dinheiro é coisa que os candidatos dizem nos palanques e desdizem nos gabinetes. Collor dizia o que seu plano havia igualado banqueiros e bancários. Dilma foi à TV pressionar os bancos a reduzirem juros. Nos dois casos, os banqueiros riram por último+
2/Nessa semana, os presidentes da CEF e do BB ameaçaram retaliar a Febraban caso a entidade subscrevesse um insosso documento a favor da pacificação entre os Poderes+
3/Como o único poder que investe no confronto é o chefe deles, os dois dirigentes acharam o texto ofensivo. Até aí, direito deles. Ao usarem as companhias que presidem como ponta de lança do bolsonarismo, no entanto, os executivos cruzaram a linha entre militância e gestão+