O raciocínio é muito inteligente e depende de uma constatação teórica: a expansão da oferta de mercadorias depende da taxa de acumulação que, por sua vez, tem como limite superior a taxa de lucro.
Como a taxa de lucro encontra-se numa longa depressão (aqui é o argumento empírico do Michael Roberts), as políticas de estímulo à demanda agregada vão alimentar a espiral de preços, que nos países imperialistas deve aparecer como espiral de preços-salários.
Única saída seria uma crise muito profunda que destruísse boa parte do capital sobreacumulado: "seria devastadora não apenas para os sistemas econômicos nacionais, mas repercutiria de um modo igualmente intenso na ordem imperialista que vigora no mundo atual".
Nota mental: como é bom (e raro!) ler um texto que explique como as coisas funcionam. A gente acaba de ler e se sente até mais inteligente 😂
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CURSO SOBRE A DIALÉTICA DA DEPENDÊNCIA DE RUY MAURO MARINI
Coloquei na rede os vídeos que gravei sobre o texto Dialética da Dependência do Marini para uma disciplina de graduação. São aproximadamente 55 min de exposição divididos em 5 vídeos. youtube.com/channel/UC_-Ml…
A produção dos vídeos foi a 4 mãos. Fiz os roteiros e a gravação e o inestimável @doistss fez umas magias bacanas na edição. Por exemplo, as pequenas passagens do texto que eu leio aparecem transcritas na tela graças a ele. Valeu, @doistss !
Me preocupei em percorrer a linha de raciocínio do texto, destacando os argumentos centrais e aqueles que entendo serem os mais difíceis. Fiz essa seleção do que é "mais difícil" a partir da minha experiência em sala de aula com esse texto.
O neoliberalismo morreu. Como aquela planta que está com as raízes podres: continua de pé, mas já morreu. Morte matada pelo capital, o que significa que não temos nada a comemorar. Vou compartilhar nessa MEGA thread hipóteses abertas que demandam investigação mais cautelosa. 👇
1. O neoliberalismo, como uma fase do capitalismo, nascido dos escombros da crise dos anos 1960/70, se consolidou COMBINADO com outros dois processos: revolução tecnológica e globalização.
2. Por um lado, a revolução tecnológica (microeletrônica, informática, WWW) eliminou barreiras técnicas que impediam o espalhamento mundial dos processos de produção, operando como força centrífuga nas cadeias produtivas.