1. Há uma série na Netflix que ajudaria muito a abolir o reconhecimento de "criminosos" por fotografia no Brasil: "The Innocence Files". Um método tão suspeito quanto foi usado nos Estados Unidos: reconhecimento pela arcada dentária. Siga o fio. canalcienciascriminais.com.br/the-innocence-…
2. Acompanhamos a saga de Levon Brooks e Kennedy Brewer, condenados por crimes que não cometeram com base no "reconhecimento" da arcada dentária a partir de mordidas nos corpos das vítimas. Os episódios são chocantes: a condenação seguiu o padrão que se repete no Brasil de hoje.
3. Praticamente todos os casos que foram "resolvidos" com o reconhecimento pela comparação da arcada dentária envolveram homens negros e pobres. No caso de Levon Brooks e Kennedy Brewer, felizmente, depois de muitos anos na cadeia, foram inocentados pela coleta de DNA.
4. No Brasil, o padrão é idêntico e injustiças absurdas têm sido cometidas. Já passou da hora de abolir o reconhecimento sumário por meio de fotografias, muitas vezes obtidas em redes sociais e com péssima resolução. buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia….
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1. A dissonância cognitiva Brasil: a realidade paralela bolosnarista é o resultado de uma midiosfera própria, que produz sem parar narrativas polarizadoras com base em notícias falsas e teorias conspiratórias. A teoria de Leon Festinger é valiosa para decifrar o fenômeno.
2. Tudo começou um em 1954 numa pesquisa sobre uma seita, quando Festinger se infiltrou no culto “The Brotherhood of the Seven Rays”, que combinava crença em vida extraterrestre, discos voadores e apocalipse, e cujo pendor milenarista era preciso como um relógio suíço:
no dia 21 de dezembro de 1954, um dilúvio levaria ao fim do mundo. Contudo, os membros da “Brotherhood” não tinham com o que se preocupar, pois um disco voador viria salvá-los. Ocorreu então uma decepção dupla: o disco voador nunca chegou, mas, o mundo também não acabou!
1. Hipótese nova (digam o que acham): precisamos diferenciar "bolsonarismo bolsonarista" de "bolsonarismo brasileiro". O primeiro chegou ao poder em 2018; o segundo, sempre lá esteve. O primeiro tende à autodestruição; o segundo, mostra grande capacidade de preservação. Há mais.
2. O "bolsonarismo bolsonarista" depende obviamente da figura de bolsonaro e sua mentalidade bélica implica a invenção de inimigos em série, numa tensão política permanente, que, no limite, inviabiliza a possibilidade de um governo bolsonaro. Logo, seu caráter autodestrutivo.
3. Daí, a base do "bolsonarismo bolsonarista" se reduzir a olhos vistos: um governo golpista de si mesmo, motor de instabilidade em todos os níveis, tende a esgotar-se e, ao mesmo tempo, a exaurir a sociedade. Em breve, a figura de bolsonaro provavelmente provocará asco. Exagero?
1. Vamos homenagear a obra de Paulo Freire neste domingo? A melhor forma de celebrar um autor é ler o que escreveu. Que tal começar por um artigo de umas 20 páginas, no qual Freire sintetizou sua visão do mundo e apresentou com clareza cristalina seu método de alfabetização?
2. “Alfabetização de adultos e conscientização”: texto ideal para quem ainda não leu nada de Paulo Freire. Repare na singeleza do título: Freire desenvolveu um método para alfabetizar adultos. “Culpar” sua obra pelos pela crise da educação básica é pura desonestidade intelectual.
3. Na visão do mundo freiriana, a vocação do ser humano é ser sujeito de sua própria vida e também da história; afinal, “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”. Mais: nunca estamos completos; somos, pois, seres-estudantes por definição. E o mundo também sempre muda. Visão
1. Será mesmo? Em primeiro lugar, felicitemos Miguel Matos por ter feito um notável trabalho, reunindo as citações jurídicas no conjunto da obra machadiana. Porém, a "prova" que imagina ter encontrado é antes sinal da astúcia machadiana. Siga o fio. oglobo.globo.com/cultura/livros…
2. O capítulo que seria a "prova", "Embargo de terceiros" tem um título significativo, sugerindo maliciosamente um trio amoroso: é verdade, Miguel Matos tem razão! Mas, vamos ler o capítulo? E sem esquecer que vale a pena desconfiar do narrador, pois é só ele tem voz na trama.
3. Ora, em nota, o editor já destaca a questão do "embargo de terceiros". Não é nada novo na crítica machadiana. O mais importante: eis como o narrador casmurro, Bento Santiago, fala de si mesmo (me diga se essa pessoa é confiável!):
1. O plágio óbvio da música tornada célebre na voz de Martinho da Vila (a obra é de Toninho Geraes) é mais um capítulo de uma longa história, revelando as hierarquias do mundo cultural: como se criações de países “não centrais” não tivessem assinatura! odia.ig.com.br/diversao/2021/…
2. Recordemos o caso do plágio que Yann Martel fez do romance de Moacyr Scliar, “Max e os felinos”. Martel chamou seu romance “As aventuras de Pi”, levado ao cinema com grande êxito. Scliar desistiu do processo porque Martel reconheceu a “influência”.
3. Mas deveria ter processado: o problema é antigo! Veja o caso do romance de Carolina Nabuco, “A sucessora”(1934) cuja trama reaparece quase toda em “Rebecca” (1938), da escritora britânica Daphne du Maurier. Em 1940, o escândalo tornou-se internacional. mobile.publishnews.com.br/materias/2019/…
1. Notas (objetivas) de Copacabana: a manifestação foi bem maior do que as anteriores, mas… Em grupo de WhatsApp bolsonarista que monitoro, é pura vertigem a rapidez das postagens; imagens de multidões. Quer saber como foi em Copacabana? Siga o fio. (Não reproduzirei imagens.)
2. Massa compacta não ultrapassou uns 3 quarteirões: entre as ruas Sousa Lima e Xavier da Silveira (esquiva do Hotel Othon). Na rua Bolivar, ainda cheia, havia espaço livre para se caminhar com facilidade. Depois, grupos menores: concentração mesmo só nos postos 4 e 5. E daí?
3. Pensemos juntos: bolsonaro ainda possui poder de mobilização de uma massa nada desprezível, PORÉM, A REDUÇÃO DA BASE BOLSONARISTA A PARTIR DE HOJE É UM FATO VISÍVEL NAS RUAS. Photoshop e ângulo de câmera não viram votos na urna! E agora? Ninguém possui a resposta, mas…