1. Há uma série na Netflix que ajudaria muito a abolir o reconhecimento de "criminosos" por fotografia no Brasil: "The Innocence Files". Um método tão suspeito quanto foi usado nos Estados Unidos: reconhecimento pela arcada dentária. Siga o fio.
canalcienciascriminais.com.br/the-innocence-…
2. Acompanhamos a saga de Levon Brooks e Kennedy Brewer, condenados por crimes que não cometeram com base no "reconhecimento" da arcada dentária a partir de mordidas nos corpos das vítimas. Os episódios são chocantes: a condenação seguiu o padrão que se repete no Brasil de hoje.
3. Praticamente todos os casos que foram "resolvidos" com o reconhecimento pela comparação da arcada dentária envolveram homens negros e pobres. No caso de Levon Brooks e Kennedy Brewer, felizmente, depois de muitos anos na cadeia, foram inocentados pela coleta de DNA.
4. No Brasil, o padrão é idêntico e injustiças absurdas têm sido cometidas. Já passou da hora de abolir o reconhecimento sumário por meio de fotografias, muitas vezes obtidas em redes sociais e com péssima resolução.
buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia….

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25 Sep
1. A dissonância cognitiva Brasil: a realidade paralela bolosnarista é o resultado de uma midiosfera própria, que produz sem parar narrativas polarizadoras com base em notícias falsas e teorias conspiratórias. A teoria de Leon Festinger é valiosa para decifrar o fenômeno. Image
2. Tudo começou um em 1954 numa pesquisa sobre uma seita, quando Festinger se infiltrou no culto “The Brotherhood of the Seven Rays”, que combinava crença em vida extraterrestre, discos voadores e apocalipse, e cujo pendor milenarista era preciso como um relógio suíço: Image
no dia 21 de dezembro de 1954, um dilúvio levaria ao fim do mundo. Contudo, os membros da “Brotherhood” não tinham com o que se preocupar, pois um disco voador viria salvá-los. Ocorreu então uma decepção dupla: o disco voador nunca chegou, mas, o mundo também não acabou!
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20 Sep
1. Hipótese nova (digam o que acham): precisamos diferenciar "bolsonarismo bolsonarista" de "bolsonarismo brasileiro". O primeiro chegou ao poder em 2018; o segundo, sempre lá esteve. O primeiro tende à autodestruição; o segundo, mostra grande capacidade de preservação. Há mais.
2. O "bolsonarismo bolsonarista" depende obviamente da figura de bolsonaro e sua mentalidade bélica implica a invenção de inimigos em série, numa tensão política permanente, que, no limite, inviabiliza a possibilidade de um governo bolsonaro. Logo, seu caráter autodestrutivo.
3. Daí, a base do "bolsonarismo bolsonarista" se reduzir a olhos vistos: um governo golpista de si mesmo, motor de instabilidade em todos os níveis, tende a esgotar-se e, ao mesmo tempo, a exaurir a sociedade. Em breve, a figura de bolsonaro provavelmente provocará asco. Exagero?
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19 Sep
1. Vamos homenagear a obra de Paulo Freire neste domingo? A melhor forma de celebrar um autor é ler o que escreveu. Que tal começar por um artigo de umas 20 páginas, no qual Freire sintetizou sua visão do mundo e apresentou com clareza cristalina seu método de alfabetização?
2. “Alfabetização de adultos e conscientização”: texto ideal para quem ainda não leu nada de Paulo Freire. Repare na singeleza do título: Freire desenvolveu um método para alfabetizar adultos. “Culpar” sua obra pelos pela crise da educação básica é pura desonestidade intelectual.
3. Na visão do mundo freiriana, a vocação do ser humano é ser sujeito de sua própria vida e também da história; afinal, “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”. Mais: nunca estamos completos; somos, pois, seres-estudantes por definição. E o mundo também sempre muda. Visão
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15 Sep
1. Será mesmo? Em primeiro lugar, felicitemos Miguel Matos por ter feito um notável trabalho, reunindo as citações jurídicas no conjunto da obra machadiana. Porém, a "prova" que imagina ter encontrado é antes sinal da astúcia machadiana. Siga o fio.
oglobo.globo.com/cultura/livros…
2. O capítulo que seria a "prova", "Embargo de terceiros" tem um título significativo, sugerindo maliciosamente um trio amoroso: é verdade, Miguel Matos tem razão! Mas, vamos ler o capítulo? E sem esquecer que vale a pena desconfiar do narrador, pois é só ele tem voz na trama.
3. Ora, em nota, o editor já destaca a questão do "embargo de terceiros". Não é nada novo na crítica machadiana. O mais importante: eis como o narrador casmurro, Bento Santiago, fala de si mesmo (me diga se essa pessoa é confiável!):

"Cheguei a ter ciúme de tudo e de todos. Um
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11 Sep
1. O plágio óbvio da música tornada célebre na voz de Martinho da Vila (a obra é de Toninho Geraes) é mais um capítulo de uma longa história, revelando as hierarquias do mundo cultural: como se criações de países “não centrais” não tivessem assinatura!
odia.ig.com.br/diversao/2021/…
2. Recordemos o caso do plágio que Yann Martel fez do romance de Moacyr Scliar, “Max e os felinos”. Martel chamou seu romance “As aventuras de Pi”, levado ao cinema com grande êxito. Scliar desistiu do processo porque Martel reconheceu a “influência”.

g1.globo.com/jornal-naciona…
3. Mas deveria ter processado: o problema é antigo! Veja o caso do romance de Carolina Nabuco, “A sucessora”(1934) cuja trama reaparece quase toda em “Rebecca” (1938), da escritora britânica Daphne du Maurier. Em 1940, o escândalo tornou-se internacional.
mobile.publishnews.com.br/materias/2019/…
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7 Sep
1. Notas (objetivas) de Copacabana: a manifestação foi bem maior do que as anteriores, mas… Em grupo de WhatsApp bolsonarista que monitoro, é pura vertigem a rapidez das postagens; imagens de multidões. Quer saber como foi em Copacabana? Siga o fio. (Não reproduzirei imagens.)
2. Massa compacta não ultrapassou uns 3 quarteirões: entre as ruas Sousa Lima e Xavier da Silveira (esquiva do Hotel Othon). Na rua Bolivar, ainda cheia, havia espaço livre para se caminhar com facilidade. Depois, grupos menores: concentração mesmo só nos postos 4 e 5. E daí?
3. Pensemos juntos: bolsonaro ainda possui poder de mobilização de uma massa nada desprezível, PORÉM, A REDUÇÃO DA BASE BOLSONARISTA A PARTIR DE HOJE É UM FATO VISÍVEL NAS RUAS. Photoshop e ângulo de câmera não viram votos na urna! E agora? Ninguém possui a resposta, mas…
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