Bozo prometeu, “se Deus quiser”, que o preço do botijão vai cair pela metade. Culpou de novo o imposto dos estados. Mas o ICMS tem peso de uns 13% no preço final. A Petrobras fica com 50% do valor de venda (já ficou com bem menos) + no fio e na coluna www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/Para cortar o preço do botijão pela metade, seria preciso acabar com o ICMS e obrigar empresas distribuidoras e de revenda a trabalharem de graça. É impossível, fácil perceber +
2/Mas discutir com Bolsonaro é maluco, pois ele é um mentiroso dos mais perversos e ignorantes. Joga essa conversa para o rebanho. Mas como isso, depois de tanto sofrimento social e três anos de mentiras e inação destrutiva, ainda cola? +
3/Dados os preços altos pelo mundo, a carestia de combustíveis não tem solução a não ser subsídio dirigido a pobres, de modo direto ou indireto (via aumento de Bolsa Família etc.) +
4/Mesmo dirigido, é preciso arrumar dinheiro, uma dezena de bilhões de reais, por aí. Bolsonaro, laborfóbico e cruel, jamais se ocupou de pobre até perder popularidade. Sua turma de incapazes não conseguiu nem inventar um Bolsa Família novo, menos ainda arrumar $$ para tanto +
5/Em suma, essa conversa de Bolsonaro, de seu cúmplice Lira etc., é mais uma patranha imbecil, que ainda cola no eleitorado, em parte, mas cola. Não é debate, claro. De resto, imaginar soluções implica supor que existe um governo. Não existe, ao contrário, existe destruição +
6/Do que tratamos, então? Pelo menos por ora, o arranjo de elites variadas e mesmo de parte relevante do eleitorado é empurrar com a barriga até 2022, até a eleição. Obviamente, não presta também. Ficamos envolvidos então em uma conversa de loucos com psicopatas ignaros.
Hoje, China caiu matando sobre criptomoedas, mais uma, vez. Transações em cripto são "ilegais", disse o BC chinês. A grande reforma de Xi continua.
Mas não se sabe o que vão fazer da Evergrande. Nada. Mas mundo rico vive calmaria doida www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
2/A crise da "Sempre Grande" não tem conexão imediata com o centro da finança do mundo rico (um calote afetaria uma ninharia de dinheiro "Ocidental", diretamente) +
Xi Jinping quer limitar o poder financeiro e político das grandes empresas, o capitalismo de compadre, o superendividamento, dirigir investimentos, reduzir pobreza e desigualdade: é o xiismo. Essas intervenções foram a gota d'água no caso Evergrande
+ www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/O xiismo é um passo na direção do socialismo :-) .São coisas ditas explicitamente em documentos chineses (que não falam em "xiismo", claro, mas em "pensamento do presidente Xi"
2/Xi entrou chutando corruptos e compadres de grandes empresas na elite comunista. Neste ano em particular, está dobrando as Big Techs, que têm ramificações por finança, dados, AI, redes, mídia etc etc.
Lula quer voltar a ser aceito no clube, faz costuras para evitar coalizão pesada contra ele na eleição e vai tentar escamotear até quando puder o que pretende fazer na econonia, se é que sabe.
Mais no fio e na coluna + www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/"O caminho que vai até a eleição é comprido, mais cheio de entulho do que de costume e sujeito a terremoto. Lula come esse angu de caroço pela borda. Procura aliados por quase toda parte ou, pelo menos, tenta conter o risco de que se forme uma coalizão que venha a triturá-lo"+
2/Lula, enfim, quer ser outra vez normalizado, fazer parte do clube.
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Hoje, seu adversário é um Bolsonaro fraco. Amanhã, sabe-se lá. Até a transviada terceira via pode vir a ser viável.+
Voltei a escrever “despiora” da economia na Folha. Então, bolsonaristas me prestam as homenagens de costume. Uso #despiora desde 2009. Serve para chamar a atenção para um crescimento a partir de uma base baixa. Ainda que cresça uns 5% em 2021, a economia volta ao nível de 2019.
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1/O que é “crescimento a partir de uma base baixa” a #despiora? Por exemplo: alguém está a uma certa altura da escada, cai quatro degraus e, a seguir, sobe um. Não voltou ao nível anterior ao tombo. É um progresso relativo, mas recuperação de terreno perdido.
2/“Despiora” foi um recurso criado para falar da economia sob Bolsonaro? Não. Para repetir: vez e outra emprego o termo desde 2009 (pega também, pois, os governos Lula, Dilma, Temer e economias do mundo em geral), nas mesmas situações: recuperação insuficiente do terreno pertido.
País deve ter desemprego muito alto até 2025, maior do que no fim da recessão de 2014-2016. Não há lugar no orçamento para pagar um auxílio nos anos de crise social por vir. Não há plano de emprego ou renda mínima.
A gente também não liga. www1.folha.uol.com.br/colunas/vinici…
1/O dinheiro para o auxílio emergencial neste ano é, até agora, uns R$ 36 bilhões em quatro parcelas (descontada a transferência do Bolsa Família). O Bolsa Família orçado para este ano é de uns R$ 35 bilhões +
2/Mas o dinheiro do auxílio está fora do teto de gastos. Como engordar o BF (dobrar, com o $ do auxílio) ou criar uma renda mínima duradoura ou permanente? Com um gasto extra-teto permanente? Fora especialistas, quem está pensando nisso? +