O argumento da pessoa a favor da liberação da maconha é que "pinga faz tão mal quanto maconha e é legal, então maconha tem que ser legal também".
Bom: se isso é argumento, a lógica me diz que é um argumento a favor da proibição da pinga, não da liberação da maconha.
É como dizer:
"Você é a favor da prisão da Suzane Hithchoffen, mas a Anna Carolina Jatobá cometeu um crime mais monstruoso ainda e está solta. Então o certo é soltar as duas".
Mas o mais bizarro são esses dois argumentos:
O primeiro é o libertário que defende a "regulamentação" da maconha, com RECOLHIMENTO DE IMPOSTOS PARA O ESTADO.
Narcolibertarianismo: em nome da droga defende o crescimento da arrecadação do Estado.
Será que o Marcola topa?
O outro argumento sensacional é o que pede ISENÇÃO DE IMPOSTO para a maconha.
Ovo, leite, mensalidade escolar, passagem de trem e remédio vão pagar imposto, mas a maconha fica isenta.
Outro me diz que não é justo que umas drogas - maconha, cocaína, crack - sejam proibidas enquanto outras "drogas" - cachaça e vodka - sejam permitidas.
Não vou nem entrar no mérito da diferença dos efeitos químicos no cérebro (vejam meu thread abaixo).
Só vou dizer: nem a vida, nem a sociedade e nem o universo são justos e simétricos.
A realidade se apresenta a nós como ela é.
Cabe a cada um de nós usar bom senso para ser uma força do bem, ou atuar como instrumento de promoção do caos.
A escolha, ainda é, de cada um.
Esqueci dos que defendem a “legalização” para “tirar o dinheiro dos criminosos” e “reduzir a violência”.
Você explica que os criminosos vão continuar vendendo a droga, mais poderosa que a regulamentada e a preços menores, como fazem hoje com cigarro, combustível e medicamentos.
Resumindo: o playboy dos Jardins, livre de culpa, vai comprar maconha na boutique.
O pobre vai continuar comprando no morro.
Quando a grana apertar, o playboy volta pro morro também.
Com uma importante diferença: livre do estigma de “ilegal”, e promovida como droga “natural” e “orgânica”, o consumo da maconha entre adolescentes vai explodir.
Depois de Paulo Freire, era exatamente o que o Brasil precisava, né?
Mas olha: não replica essa thread aqui não, porque os defensores da maconha ficam com MUITA raiva.
Nem comunista ofende tanto.
Como disse, não sou dono da verdade. Apenas continuo à espera de um argumento decente que me convença que “liberar” uma substância entorpecente com efeitos no sistema nervoso central é melhor do que mante-la como está: proibida.
Mas o que recebo são argumentos infantis. E muito xingamento.
Não xingo ninguém de volta.
Respeito as pessoas. Mas não, necessariamente, suas escolhas.
E a escolha por uma droga - seja qual for - está sempre no caminho contrário da saúde, do equilíbrio e da prosperidade.
E NADA TEM A VER COM REDUÇÃO DE CRIME. As experiências nos EUA, Holanda e Uruguai mostram exatamente o contrário.
Quer fumar o seu “back”, vá ao morro e corra os riscos da sua decisão.
Não tente dividir esses riscos com a sociedade.
Estarei sempre por aqui, lembrando disso.
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O Desembargador Paulo Rangel, do TJRJ, concedeu liminar ontem, 29/9/21, cassando o Decretro 49.335, de 26/8/21, do Município do Rio de Janeiro, que proíbe a circulação de pessoas em alguns locais sem a carteira de vacinação
O Desembargador expediu salvo conduto para a impetrante Roselene Pinheiro e concedeu ex officio um habeas corpus coletivo.
Isso significa que, até o julgamento do mérito, é permitido a todo e qualquer cidadão transitar livremente pelos locais citados no decreto, independente de carteira de vacinação.
Marinheiros, motoristas de caminhão e funcionários de companhias aéreas enfrentaram quarentenas, restrições de viagem e regras complexas de vacinação e teste de Covid-19 para manter o abastecimento global funcionando durante a pandemia.
Mas muitos deles estão agora chegando a um ponto de ruptura, o que representa mais uma ameaça ao emaranhado de portos, navios de contêineres e empresas de transporte rodoviário que transportam mercadorias ao redor do mundo.
Em uma carta aberta aos chefes de estado da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Câmara Internacional de Navegação e outros grupos alertaram sobre um "colapso do sistema de transporte global" se os governos não restaurarem a liberdade de movimento dos trabalhadores do transporte
A questão da maconha, que muitos classificam de menor, é muito mais grave hoje do era antigamente.
Só entre 1995 e 2015 o conteúdo de THC - o componente psicoativo da maconha - aumentou 212%.
Isso é gravíssimo.
De acordo com o estudo Monitorando o Futuro de 2014 (*), a maconha é de longe a droga mais consumida por adolescentes.
Desde a legalização da maconha no Colorado, o uso de maconha em adolescentes e pessoas até 25 anos tem aumentado constantemente, ultrapassando a média nacional.
De acordo com o Departamento de Saúde Pública do Colorado, em 2015 o condado de Pueblo teve a maior prevalência de uso de maconha por alunos do ensino médio: 30% dos alunos usaram a erva.