O Huracán fez ontem ato simbólico de restituir o título de sócio do clube a oito presos e desaparecidos na última ditadura militar argentina.
O gesto, feito na intenção de restituir a memória, a verdade e a justiça, é uma tendência recente do futebol argentino.
Começou com o Banfield, e já o fizeram desde então San Lorenzo, Estudiantes, Ferro Carril, Argentinos Jrs. e Defensores de Belgrano.
Boca Juniors, River Plate e Racing estão em contato com familiares de sócios que foram vítimas do terrorismo de Estado e devem ser os próximos.
O evento foi realizado no estádio Tomás Alfonso Ducó, El Palacio, campo do Huracán, onde também foi instalado um mosaico em homenagem às Mães da Praça de Maio. Uma das mães, Taty Almeida, estava lá para representar a organização.
Estava lá também o secretário de Direitos Humanos da Argentina, Horacio Pietragalla, filho de um dos sócios que tiveram seus títulos restituídos no San Lorenzo.
“O reconhecimento daqueles que teriam continuado na arquibancada se não fosse pela ditadura é muito importante”, diz.
Dá pra ler um pouquinho da história dos homenageados nesse texto em espanhol do jornal Página 12.
Destaque para “el Negro” Sarabia, que precisou vender sorvetes pra ter dinheiro e poder ver o Huracán campeão argentino de 73 jogar com o Santos de Pelé: pagina12.com.ar/372570-un-hura…
E o @fut_albiceleste falou aqui de Norberto Morresi, outro dos sócios restituídos:
Ao que tudo indica, o Newcastle United passará a ser controlado pela Arábia Saudita, via um fundo de investimentos.
Um dos obstáculos que impedia a concretização do negócio era o Catar.
Os donos do PSG também têm voz na Premier League por causa dos direitos de transmissão.
A BeIN Sports é uma TV por assinatura cujo presidente é o mesmo do PSG: Nasser Al-Khelaifi.
Ela tem os direitos de transmitir a Premier League no Oriente Médio.
Mas Catar e Arábia Saudita, como já dissemos aqui, estavam em crise diplomática até pouco tempo atrás.
Por isso, a BeIN Sports não entrava na Arábia Saudita.
E não só isso, o Estado saudita pirateava as transmissões para exibir o campeonato inglês em seu território, o que obviamente acarretava num prejuízo bilionário para os cataris.
Até então um desconhecido na Itália e nos grandes centros do futebol europeu, o defensor Kakha Kaladze se tornou o jogador georgiano mais caro da história ao ser contratado pelo Milan por 16 milhões de euros em 2001.
Mas aquela história feliz logo se tornaria um pesadelo.
Em maio daquele ano, seu irmão mais novo, Levan, um estudante de medicina, foi sequestrado por criminosos, atraídos pelo dinheiro da transferência.
Exigiam resgate de 650 mil euros. O governo da Geórgia, que não negociava com criminosos, dizia fazer o possível para encontrá-lo.
Nesse meio tempo, o pai dos irmãos Kaladze ameaçava atear fogo no próprio corpo em frente a um prédio do governo em protesto, e o próprio jogador considerava outra saída radical:
Ameaçou abrir mão da seleção da Geórgia e jogar pela Ucrânia, caso seu irmão não fosse devolvido.
A National Women's Soccer League, principal liga de futebol feminino dos Estados Unidos, anunciou o adiamento de toda a sua rodada desse fim de semana.
A notícia vem um dia após o The Athletic publicar várias acusações contra Paul Riley, um dos técnicos mais famosos da liga.
De acordo com mais de uma dezena de atletas, Paul Riley praticava abuso verbal, assédio e coação sexual com frequência.
O North Carolina Courage, onde ele trabalhava, anunciou a sua demissão ainda ontem.
Paul Riley venceu duas vezes o prêmio de técnico do ano da NWSL, em 2017 e 2018.
Ele tinha o costume de prometer vagas no time titular e na seleção nacional em troca de sexo, ofender atletas homossexuais e praticar muitas outras atitudes escabrosas.
Crise diplomática entre Reino Unido e República Tcheca depois do jogo entre Sparta Praga e Rangers pela Liga Europa:
Um público de 10 mil crianças que viu o jogo ao vivo no estádio vaiou Glen Kamara, jogador vítima de racismo num jogo contra o Slavia Praga, rival do Sparta.
O Estádio Letná, casa do Sparta Praga, estava fechado ao público por um caso de racismo da torcida local contra Aurélien Tchouaméni, jogador do Monaco, na temporada passada.
Para ontem, contra o Rangers, a UEFA concedeu permissão ao Sparta que abrisse as portas para crianças.
Porém, o jogo era justamente contra o Rangers.
Na temporada passada, outro time de Praga, o Slavia, enfrentou os escoceses e o zagueiro Ondrej Kudela foi racista contra Kamara.
Foi punido e ficou fora da Euro, já que joga também na seleção tcheca.
O Maccabi Haifa está em Berlim para o jogo contra o Union pela Conference League.
Jogadores e dirigentes da equipe israelense visitaram o Memorial do Holocausto para prestar homenagem às vítimas do regime nazista.
O jogo acontecerá no Estádio Olímpico, construído por Hitler.
É a 1ª vez que um time de Israel disputará uma partida no estádio, feito para as Olimpíadas de Berlim em 36, um dos eventos esportivos mais controversos da história.
“Não é um jogo qualquer para nós. Atrocidades aconteceram aqui”, afirmou Barak Bakhar, técnico do Maccabi Haifa.
“O fato de estarmos jogando como iguais aos nossos anfitriões diz tudo. Significa que vencemos”, completou o presidente do clube, Ya’akov Shahar.
“Queremos recebê-los também no Yad Vashem [memorial do Holocausto em Jerusalém] para que eles vejam e aprendam sobre seu passado.”