O problema é muito maior do que apenas o maior índice da inflação desde a criação do plano real: temos um quadro de inflação alinhado com desemprego, precarização sistemática do trabalho e falta de investimentos públicos (bloqueados pelo teto de gastos).
Por isso não estamos falando apenas da diminuição do poder de consumo do brasileiro, estamos falando de renúncia involuntária do consumo. Não é que está sobrando menos dinheiro na carteira do brasileiro, está faltando comida na dispensa.
Para melhorar a situação, temos um ministro da economia que não faz a menor ideia de como lidar com o tema. Afinal, macroeconomia é muito diferente dessa abordagem financeira que ele tem da questão. E um presidente que é incapaz de assumir qualquer responsabilidade sobre isso.
Um eventual reajuste do Bolsa Família ou a manutenção do Auxílio Emergencial já não são mais capazes nem de repor as perdas no poder aquisitivo. No máximo as coisas vão ficar "menos piores".
E isso é algo que venho apontando tem tempo: não existe solução mágica para o problema, os tais índices positivos da economia brasileira no começo do ano - como a explosão das commodities - nunca foram capazes de puxar o crescimento do país.
Para melhorar, o país conseguiu se afundar numa desvalorização cambial; mesmo nesse cenário de explosão de commodities. Bizarro!
Quanto tempo até os analistas de plantão começarem a puxar o coro das "reformas" como solução?
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O depoimento da Frances Haugen, ex-funcionária da divisão de integridade cívica do Facebook, confirma o que todo mundo que estuda redes sociais sabe: que as empresas promovem conteúdo "divisivo" para inflar os números de acessos diários.
Basicamente, a empresa mudou a forma como a timeline é constituída, priorizando conteúdos que geram maior "engajamento" (comentários, curtidas, etc...) em detrimento de outros conteúdos. Basicamente, priorizando a promoção de conteúdos virais do que, por exemplo, a segurança.
E isso acabou sendo destacado por relatórios da própria empresa que deixaram claro que a “desinformação e conteúdo tóxico e violento estão extraordinariamente se destacando entre os compartilhamentos”.
Mais uma vez estão comparando a escalada dos preços com a ocorrida em 2016. Contudo, fundamental lembrar que tais índices jamais devem ser tomados isoladamente. Em 2016 a média salaria era consideravelmente maior - assim como o número de assalariados.
O reajuste dos preços no Brasil atual não corresponde a uma mera perda de poder aquisitivo por parte da população, mas leva a um cenário de renúncia (involuntária) do consumo. As pessoas já não tem mais como adquirir os itens mais básicos.
Hoje, 09:45, começamos a nossa cobertura da #CPIdaCovid, hoje com a advogada Bruna Mendes Morato, que produziu um dossiê com denúncias sobre a Prevent Senior.
#CPIdaCovid impressionante, Fernando Bezerra já começou no modo de desqualificar juridicamente o relatório da CPI (que ainda nem saiu), até o Ives Granda apareceu na história como fiador dessa palhaçada.
O mais interessante dessa novela envolvendo a possível filiação de Bolsonaro ao PTB não é nem o tensionamento das relações intrapartidárias. Mas que ele está ressuscitando a treta de Bob Jeff com a própria filha.
Graciela Nienov, atual presidenta em exercício do PTB, é indicação direta de Jefferson, contudo, a filiação dos bolsonaros é negociada diretamente com Otávio Fakhoury, presidente do diretório do partido em SP, mais próximo de Cristiane Brasil.
Boatos dão conta que o setor do PTB tem visto na filiação de Bolsonaro uma chance única, não apenas de dar ao partido alguma relevância nacional, como de se livrar definitivamente do fantasma de Bob Jeff. Sonho antigo de muitos, dizem.
Desde o final de 2019, quando o país observou uma fuga histórica de dólares (e isso antes do cenário pandêmico), já estava claro que a situação do Brasil era muito mais complexa do que pintavam alguns analistas de economia.
E o pessoal insistiu no erro: sempre bom lembrar que o mesmo Itau, no começo do ano, demonstrava um claro otimismo com a recuperação econômica do país.
Agora estão aí, como o Maílson Nobrega dizendo que o "mercado" não tinha como prever as atitudes beligerantes do Presidente e a crise hídrica. Amizade, não força, vai.
Na live de hoje eu falei sobre como o "mercado" (e seus representantes na grande mídia) não é dotado de uma superioridade analítica, que suas análises são tão falhas quanto as de qualquer um, por vezes até piores, muito piores, vejamos essa entrevista
“Até o primeiro trimestre de 2021, o mercado sancionava a política monetária do BC sem nenhum questionamento (...) não se imaginava que o Bolsonaro iniciaria um ciclo de ataque às instituições no final do primeiro semestre..."
"o que gerou a percepção de maior instabilidade política e se associou à percepção de uma piora do quadro fiscal.”
OI? Meu anjo, a única constância do Governo Bolsonaro foram os ataques às instituições.