Na tradição Yoruba/Nagô, o Igbá é um assentamento de Orixá no plano físico terreno, podendo ser materializado em uma cabaça. Pode também representar, dividido em duas partes, o sagrado feminino (Odudua) e o sagrado masculino (Obatalá).
Durante o processo de criação do mundo, Exu teve papel primordial pois, ao receber suas oferendas, tratou de que o trabalho de criação do mundo fosse concluído com êxito e é neste recipiente que ficam guardados os segredos da existência.
Exu é quem comanda o movimento e aponta os caminhos – a centelha, a faísca inicial das criações. Além disso, segundo @simas_luiz, Igbá Ketá é um título que expressa um dos dezesseis grandes atributos de Exu: o Senhor da Terceira Cabaça.
Já "Bombogira" e "Aluvaiá" são dois Nkisis da cosmogonia bantu/angolana (similares aos Orixás na cultura Yorubá/Nagô).
Bombogira representa a derivação de Mpambu Njila, a divindade responsável pelos caminhos. Aluvaiá evoca a comunicação e a proteção das comunidades. Os dois se associam, portanto, à energia de Exu.
A união desses dois versos, trazendo diferentes cosmogonias de povos africanos, nos remete à abertura de nosso desfile, quando serão apresentadas representações que não se prendem a apenas uma interpretação de Exu, mas misturam ideias sobre essa potente energia. #GrandeRio2022
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Que tal destrinchar nosso samba-enredo para o Carnaval 2022? A partir de hoje, iremos, a cada postagem, comentaremos brevemente cada trecho dessa grande obra que cantaremos na Avenida. Vamos começar? ❤💚 #GrandeRio2022
Boa noite! É assim que as entidades conhecidas como Exus catiços costumam saudar quando, por meio de incorporação, chegam à Terra, seu templo de fé, para onde vêm trabalhar na caridade, abrindo os caminhos e ajudando na evolução de quem os procura.
Se diz que são os seres que atuam na comunicação entre os dois mundos – o terreno e o espiritual – e os que mais entendem nossas lutas e dores.
Laroiê! Pedindo licença, na entrada do dia 13 de junho, a Grande Rio anuncia o seu enredo para o próximo carnaval: “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”, que será desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora.
Autoral, o enredo é um visão poética sobre diferentes faces, histórias, linhas e lugares que nos conectam a Exu, propondo sete caminhos a serem percorridos.
Dos fundamentos africanos às múltiplas brasilidades, será contada e cantada a força de Zumbi, a energia q circula por feiras e mercados, a alegria das noites, nos bares e cabarés, as folias e os festejos carnavalescos, a arte q tanto dialoga com Exu, reinventando o espaço urbano