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Em meio à pandemia de covid-19, o trabalho dos #professores ficou nos holofotes. Em meio a um processo de adaptação ao mundo digital, esses profissionais conviveram com um sentimento de desvalorização.
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É o que mostra uma pesquisa do Instituto Península que revelou que na percepção de 74% desses profissionais os professores não são respeitados no Brasil, enquanto que para 77% a profissão é desvalorizada.

A pesquisa, que falou com profissionais de #escolas públicas e particulares em setembro e outubro deste ano, revelou que mais da metade (52%) declara que é "um orgulho ser professor no Brasil". Dois em cada três deles optariam por dar aulas novamente, se pudessem voltar no tempo.

Hoje, o Brasil tem mais de 2 milhões de professores, em escolas públicas e particulares, cujo piso salarial determinado por lei é de R$ 3 mil. Sobre a remuneração, só 18% afirmaram receber um valor compatível com sua atuação, enquanto 90% declarou que não recebe bons salários.

Ainda assim, a maioria dos professores valorizam mais melhoras nas condições de trabalho, aprimoramento na carreira e reconhecimento da sociedade do que aumento de salário.

"Uma parte da falta de reconhecimento é o não entendimento de que sem a educação o resto das engrenagens do país vai rodar capenga", disse a diretora executiva do Instituto Península, Heloisa Morel. "O professor é a peça-chave para transformação, para o desenvolvimento do país".

A pesquisa, intitulada Valorização da carreira docente: um olhar dos professores, foi realizada com 1,1 mil professores de todo o país. A maioria tem entre 36 e 45 anos, dá aulas no ensino fundamental e é mulher.