Hoje é celebrado o Dia da Democracia no Brasil. Você conhece a ligação entre o #25deOutubro e o #VladimirHerzog?
Em vida, Vlado defendia a democracia em seus trabalhos como professor, cineasta e jornalista. Sua atuação, porém, foi interrompida no dia 25 de outubro de 1975, após comparecer à sede do DOI-CODI, em São Paulo, para depor.
Alvo de uma campanha contra sua gestão no jornalismo da TV Cultura, Vlado havia sido convocado no dia anterior a prestar depoimento sobre supostas ligações com o Partido Comunista Brasileiro. Ele não voltou do DOI-CODI com vida.
Apesar dos esforços dos agentes da ditadura para encobrir seu assassinato, a farsa não se manteve. A morte de Vlado gerou manifestações populares, como o culto ecumênico com mais de 8 mil pessoas e que hoje é tido como marco da luta pela democracia.
A escolha do dia 25 como Dia da Democracia, portanto, é simbólica e nos lembra da importância da defesa e da manutenção das instituições democráticas. Estes, aliás, são pilares do Instituto Vladimir Herzog.
Há 46 anos, Vlado entrou para a história dos Direitos Humanos. Mas sua luta e legado vão muito além dessa data e é nossa missão celebrá-los e mantê-los vivos.
O Instituto Vladimir Herzog vem a público prestar solidariedade a Juca Kfouri por conta dos ataques feitos após a publicação de um artigo na Folha de S. Paulo, em 24 de julho.
📸 Alice Vergueiro
No texto, o jornalista questiona de forma legítima a postura do Comitê Olímpico Internacional (COI), que parece ignorar a postura bélica e intervencionista de governos de Israel e dos EUA, enquanto impede Rússia e Bielorrússia de participarem desta edição dos Jogos Olímpicos.
Segundo o próprio COI, é uma forma de sanção pelo envolvimento desses países na guerra contra a Ucrânia.
Após a publicação do artigo no jornal, Juca passou a ser ofendido em redes sociais e chegou a ser acusado de antissemitismo pela Federação Israelita do Estado de São Paulo.
Repudiamos a declaração do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em entrevista à Bandnews ontem (31). Na ocasião, o Ministro manifestou intenção de buscar “consonância” com os militares em relação ao 31 de março – data do do golpe de 1964.
📸 Valter Campanato/Agência Brasil
Diante dos acontecimentos, é importante reafirmar que:
1. As Forças Armadas não constituem um poder. Não compete à instituição emitir opinião sobre rumos políticos do país. +
2. As Forças Armadas são uma instituição de Estado, formada por homens e mulheres a serviço da cidadania, cujo principal objetivo é a defesa nacional. São mantidas pelo contribuinte e compete à elas defender o povo brasileiro – e não aterroriza-lo. +
Desde fevereiro de 2022, o jornalista @SolonNeto é vítima de uma restrição do alcance de suas publicações no Twitter. A medida foi tomada pela própria plataforma ao taguear o perfil de Solon como “mídia afiliada ao Estado russo”.
O jornalista, que é um dos fundadores do Alma Preta, escreve para diversos veículos de imprensa, entre eles a Sputnik Brasil.
No entendimento do IVH, a medida sugere que Solon Neto tem algum vínculo oficial ou mesmo informal com o governo russo – o que não é verdade.
Ao associar a configuração administrativa da Sputnik a uma possível falta credibilidade ou de independência editorial, o Twitter atenta contra os princípios da comunicação pública, indispensável instrumento de interesse coletivo, que permite o fortalecimento da cidadania.
Acontece agora a cerimônia de premiação da 43ª edição do Prêmio Vladimir Herzog! Acompanhe a solenidade pelo YouTube: #43PVH#VladimirHerzog
“Neste cenário que temos vivido de uma pandemia de saúde, de desgoverno nada melhor que esse prêmio, pois as pessoas se voltaram para imprensa para se informar. Esse prêmio reforça a importância do jornalismo independente, crítico e plural”, declara Cristina Zahar, da @abraji
“Cada ano é um número maior de inscritos, matérias surpreendentes, coisas assustadoras… A necessidade desse prêmio ainda existe, é maior do que nunca. É um trabalho heroico dos jornalistas, que tem sua liberdade de expressão violada”, diz @Ivo_Herzog