Um governo que deixa de investir em ciência condena seu povo ao atraso e à dependência em relação ao conhecimento gerado por outros povos. A pandemia de COVID-19 representa um exemplo prático dessa constatação

noomis.febraban.org.br/noomisblog/bra…
Investimentos em ciência e sua posterior aplicação em tecnologia, realizados ao longo de décadas, possibilitaram acumular conhecimentos que permitiram tratar pacientes, reduzir o número de mortes e controlar a pandemia por meio de vacinas
bbc.com/portuguese/int…
Sem esses investimentos, a elevada quantidade de mortes teria sido ainda mais catastrófica
Países que investem em ciência exibem maior desenvolvimento tecnológico, de inovação e humano. Países que investem acima de 3% do Produto Interno Bruto em Ciência e Tecnologia são os mais desenvolvidos, incluindo Coréia do Sul, Suécia, Japão e Israel

businesskorea.co.kr/news/articleVi…
No Brasil, o já reduzido orçamento das principais agências federais de fomento à pesquisa caiu à metade apenas entre 2016 e 2020
A absurda redução dos já escassos investimentos brasileiros, promovida pelos governos federais desde 2015, representa um golpe fatal na ciência brasileira e condenará as futuras gerações a depender de outros povos, a preços extorsivos, para a solução dos nossos problemas
Alega-se que a presente redução dos investimentos em ciência e tecnologia decorre da crise financeira no Brasil. Porém, a redução do percentual de investimentos em ciência e tecnologia foi muito maior do que a própria redução do PIB
Ou seja, a crise atual está sendo utilizada como desculpa (esfarrapada) para cortar o orçamento destinado à ciência. A decisão de retirar recursos da ciência é política, não econômica.
Essa política nefasta aumentará a dependência do Brasil em relação ao conhecimento científico gerado por outros povos. Consequentemente, aumentará também nossa dependência financeira, levando a uma pilhagem das nossas riquezas e a maior exploração do trabalho do nosso povo.
Em nosso rumo iminente ao desastre, o governo federal acaba de cortar mais R$ 600 milhões do orçamento do @CNPq_Oficial , recursos que seriam utilizados para Ciência e Tecnologia.
Como prejuízo imediato, ocorre uma “fuga de cérebros”: cientistas competentes buscam trabalho no exterior. A redução do fomento à ciência compromete a capacidade instalada, sucateando os laboratórios a médio e longo prazos
piaui.folha.uol.com.br/materia/a-dias…
Esse tipo de sabotagem destrói nosso futuro como nação e como país. Por isso precisamos defender #SOSCIENCIA

Artigo completo em revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2021/10…

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More from @iqciencia

23 Dec 20
Como sabemos que as vacinas para COVID-19 são seguras? Parte III

Como diria o outro:
"Se fosse bom, não seria obrigatório!"

Spoiler: Todas as vacinas no calendário vacinal brasileiro já são obrigatórias.
Esta discussão é irrelevante e fútil, e induz as pessoas a pensarem em situações impossíveis, onde um agente de saúde invade sua casa com uma seringa na mão, amarra o cidadão em uma cadeira, e aplica a vacina à força, como se fosse soro da verdade em filme de espionagem.
Isso é absurdo.

Tornar uma vacina obrigatória significa condicionar certos aspectos da vida civil, como o recebimento de benefícios ou o acesso a alguns serviços públicos, à sua aplicação. Isso já é feito.
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22 Dec 20
Como sabemos que as vacinas para COVID-19 são seguras? Parte II

O fio que fizemos ontem geraram mais dúvidas legítimas sobre as seguranças das vacinas para Covid-19

Uma dúvida recorrente foi a respeito dos laboratórios não se responsabilizarem sobre eventuais efeitos adversos🧵
Os fabricantes trabalharam no risco, produzindo vacinas antes mesmo de saber se teriam eficácia e segurança, e com isso correndo o risco de perder todo o investimento, como aconteceu com a vacina australiana em parceria com a empresa CSL

endpts.com/university-of-…
A precaução de não sofrer processo judicial por efeitos adversos não quer dizer que estes efeitos não serão investigados pela vigilância sanitária, apenas tenta impedir mais uma judicialização da ciência.
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21 Dec 20
Dúvidas legítimas sobre as seguranças das vacinas para COVID-19

Muitas pessoas perguntam sobre a rapidez dos testes clínicos. É verdade que, antes da COVID-19, a vacina desenvolvida mais rapidamente tinha sido a da caxumba, que demorou quatro anos.
É natural, portanto, que a população fique desconfiada de uma vacina que aparentemente foi feita tão rápido. Levanta suspeitas sobre a idoneidade do processo e sobre interesses políticos.
No entanto, a rapidez deve-se a uma soma de fatores: colaboração, investimento e a disponibilidade dos resultados de pesquisas anteriores.

Nenhuma vacina de COVID-19 realmente saiu do zero.
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