ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DA PANDEMIA NO BRASIL - parte 1 #CPIdaCovid
Gastos para enfrentamento à covid-19 autorizados por meio de medidas provisórias não precisam observar os limites do Teto de Gastos.
Mesmo com as flexibilizações, boa parte das ações implementadas foram frutos de deliberações do Congresso Nacional, uma vez que o Presidente defende a manutenção das atividades econômicas em detrimento das medidas sanitárias.
Segundo Relatório de Avaliação do Cumprimento de Metas Fiscais, do 3º Quadrimestre de 2020, houve aumento da dívida pública.
Para 2021, a LDO 2021 estabeleceu meta de déficit primário para orçamentos fiscais e de seguridade social da União, não havendo assim um “cheque em branco” para realização das despesas, como no exercício anterior, devendo o governo federal cuidar de indicadores fiscais.
Essa mudança reflete na capacidade do governo federal de atuar na mitigação dos efeitos sociais e econômicos provenientes da pandemia ainda em curso. Na verdade, no Brasil, alcançamos o mais alto patamar da pandemia, liderando em número absoluto de mortos.
A LDO 2021 exclui despesas direcionadas ao enfrentamento da pandemia. Embora as despesas com auxílio emergencial não estejam nessa relação, foram excluídas da EC nº 109/2021 tanto a meta de resultado primário quanto do Teto de Gastos e da Regra de Ouro
Nos termos do Decreto nº 10.360, de 21 de maio de 2020, autorização de despesas constantes na LOA devem ter marcadores específicos para identificar despesas relacionadas ao combate aos efeitos da pandemia.
É possível, na Tabela 1, observar o montante de créditos extraordinários abertos por medida provisória entre 2020 e 2021.
Dos R$ 759,7 bilhões destinados para combate aos efeitos sociais e econômicos da pandemia, R$ 385,0 bilhões foram destinados ao pagamento do auxílio emergencial. A expressiva quantia foi resultado de ação do Congresso Nacional, sobre urgência de prover renda para aqueles que +
perderam a capacidade de gerar sustento próprio.
O Ministro da Economia, em março de 2020, anunciou a primeira proposta com benefício financeiro de 200 reais por três meses. Esse auxílio recebeu o nome, por parte do governo federal, de “Coronavoucher”.
No entanto, a proposta que prosperou no Congresso Nacional foi a do Projeto de Lei nº 9.236. e 2017, de autoria do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG). Em 25/03/20, foi aprovado um requerimento de urgência.
No dia seguinte, foi apresentado Substitutivo com projeto dispondo de parâmetros adicionais para caracterização de situação de vulnerabilidade social. Nessa proposta poderia ser concedido auxílio emergencial no valor de 500 reais mensais.
O primeiro Auxílio Emergencial foi instituído pela Lei 13.982, de 2020, que previu repasse de 600 reais. Foi definido para vigorar por três meses, tendo sido prorrogado pelo Decreto
⚠️ O médico Ricardo Queiroz Gurgel, nomeado para ser o novo coordenador do Plano Nacional de Imunizações (PNI), foi ao Ministério da Saúde na manhã desta quinta-feira (28) para tomar posse no cargo. Gurgel, no entanto, disse à CNN que ele foi informado que não tomaria mais posse.
“Eu fiquei surpreso porque eu vim para assumir. Foi o Gerson (Pereira), que tá como secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, que me informou que eu não ia assumir. Volto para Aracaju amanhã”.
Segundo o médico, não foram dadas explicações. A nomeação de Ricardo Gurgel foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 6. Ele assumiria a vaga deixada por Francieli Fantinato, que pediu para deixar o governo no dia 7 de julho, um dia antes de depor à CPI da Pandemia.
ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA DA PANDEMIA NO BRASIL - parte 4
- Despesas sob Responsabilidade do Ministério da Saúde no Enfrentamento da Pandemia (ação 21C0 e outras)
Com intuito de prover o MS foram abertos créditos extraordinários da ordem de R$ 64,2 bilhões em favor da Pasta.
Desses valores, R$ 47,2 bilhões foram executados no exercício de 2020 e os créditos não utilizados - R$ 21,6 bilhões - foram reabertos em 2021. Adicionalmente foram abertos novos créditos no montante de R$ 25,5 bilhões, totalizando R$ 47,1 bilhões para 2021.
Até agosto de 2021, foram utilizados R$ 23,4 bilhões, restando ainda saldo de R$ 23,7 bilhões para serem executados. Esses recursos poderiam custear uma ampla gama de despesas:
🚨 OBSERVATÓRIO DA PANDEMIA:
O grupo tem o objetivo de receber novas informações e denúncias de irregularidades cometidas no combate à pandemia, além de fiscalizar os desdobramentos das investigações e a responsabilização
dos indiciados pela CPI da COVID.
O observatório é fruto do relatório final da CPI da Covid, encerrada na última terça-feira (26), com aprovação do parecer que pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas. Também foram apresentados 17 projetos de lei, que também passam a tramitar no Senado.
Inicialmente, vão compor a Frente os senadores do G7, grupo majoritário da CPI que garantiu a maioria pró-relatório, e mais oito senadores. Entre eles parlamentares que tiveram participação ativa nos trabalhos da comissão, como Simone Tebet (MDB-MS) e Fabiano Contarato (Rede-ES).
🚨 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou mandato do deputado estadual do paraná Fernando Francischini (PSL) por disseminar notícias falsas sobre fraudes em urnas eletrônicas.
Os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Mauro Campbell e Sérgio Banhos acompanharam o entendimento do relator, ministro Luis Felipe Salomão. Carlos Horbach votou divergente.
🎓Estudantes universitários de todo país protestam contra o atraso no pagamento das bolsas, e denunciam a situação de vulnerabilidade socioeconômica. A liberação do pagamento das bolsas está condicionada à aprovação do Projeto de Lei do Congresso Nacional 17/2021.
Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), “Os recursos necessários já foram disponibilizados pelo governo federal, mas o crédito precisou ser encaminhado via projeto de lei".
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) enviou ofício ao Ministro da Educação, Milton Ribeiro, na última terça-feira, 27, solicitando a intensificação dos esforços para a regularização do pagamento das bolsas concedidas pela Capes.
⚠️ Senadores da CPI da Covid entregam no fim da tarde desta quarta-feira (27) o relatório final da comissão ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O documento traz propostas que alteram a legislação brasileira e que devem tramitar no Congresso Nacional.
Além disso, os senadores da CPI querem colocar em votação no plenário do Senado o projeto que cria a Frente Parlamentar Observatório da Pandemia. A ideia é acompanhar as providências judiciais que estão sendo encaminhadas pelo relatório.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também recebeu uma cópia do documento pela ala majoritária da CPI da Covid. Moraes é responsável pela investigação do inquérito das fake news no Supremo, outra frente abordada durante os trabalhos na CPI da Covid.