Acabei de assistir à grotesca coletiva de imprensa do Vasco – e às reações do @Casimiro. Ele disse tudo na transmissão. Seria fácil só endossar na íntegra, inclusive os palavrões, mas quero enumerar algumas coisas que me espantaram. A começar pela postura do Alexandre Pássaro. 👇🏻
1º. O Pássaro enumerar rebaixamentos do Vasco pra se defender foi muito baixo. "Tanto faz" quem derrubou o clube no passado; fato é que ele não o reergueu. 2º. Menções do Pássaro ao São Paulo – como se não soubéssemos da tragédia administrativa e financeira lá – são irrelevantes.
3º. A incapacidade de fazer uma autocrítica e apontar erros na gestão do futebol é enlouquecedora. Essas frases que o Pássaro aprendeu com algum coach – "acertamos e erramos" – são vazias. 4º. Ainda sobre o discurso dele, é incrível a quantidade de autorreferências. "Eu, eu, eu".
5º. A ausência do Jorge Salgado é injustificável. 6º. Fernando Diniz tem pouco a responder pelo fracasso desta turma. Até pela quantidade de trocas de técnicos na temporada, o problema do Vasco está na gestão do departamento de futebol. Os piores erros estão do Pássaro pra cima.
7º. Tô vendo a galera fazer confusão desgraçada com a falácia do "futebol ou finanças". Sim, a crise financeira do Vasco é perversa. E, sim, há folha salarial e grana suficientes para vencer a Série B. Um não anula o outro. A diretoria falhou porque foi incompetente no futebol.
Aliás, @Casimiro me cita quando fala em frieza. Como se eu pudesse dar razão à direção sob justificativa de reestruturação. Eu, não. Finanças é um departamento; futebol é outro. Se fosse eu o gestor do Vasco, por erros e pela arrogância do Pássaro, mudaria já. A começar por ele.
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Mudar-se pra Barcelona tem suas belezas, principalmente em relação à vida que eu levava na periferia de SP: segurança, facilidade em circular a pé, cidade em si. Mas como isto aqui não é Instagram pra ficar falando coisa boa, vou abrir o jogo. Não imaginava que seria tão difícil.
Minha mulher tem cidadania alemã, então o consulado espanhol, em vez de dar visto pra morar na Espanha, apesar de termos gastado uma grana considerável em cartório e documento, nos disse assim: é só chegar no país e ir à polícia para fazer um procedimento básico. Beleza, tá bom.
Chegamos aqui com uma casa provisória alugada por cinco dias, achando que alugar um lugar definitivo seria tranquilo. Também nos disseram que era melhor fazer assim, do que tentar um aluguel definitivo já no Brasil, pra visitar o local, conhecer o bairro, blá, blá, blá. Certo!
Giuliano, Renato Augusto e Roger Guedes anunciados. Willian chegando agora, com tuíte do Arsenal desejando sorte. O Corinthians se reforça e gera uma onda de otimismo. Tá tudo certo? Vamos dar uma olhada em números recentes, de 2021, pra entender o estado financeiro do clube. 👇🏻
Vamos começar pela última linha do balanço mais recente, publicado pelo clube, porque vejo muita confusão a respeito dela. O Corinthians fechou junho/2021 com superavit de R$ 324 mil. Ainda mais se comparado ao deficit de R$ 123 milhões em dezembro/2020, parece que tá tudo bem.
Nem tanto! Precisamos lembrar que receitas de TV de 2020 foram adiadas pra 2021, porque competições foram postergadas. Há dezenas de milhões que entram no balanço deste ano, mas "pertencem" ao exercício anterior. Isso alivia números dos clubes agora, mas tem pouco efeito prático.
Saiu o balancete do Flamengo sobre o 2º trimestre, com números até 30 de junho, então façamos um 🧶 rápido. Antes, só preciso anotar: a qualidade do detalhamento, a transparência nos dados e a agilidade na publicação são incríveis. Dito isto, vamos tentar entender a situação. 👇🏻
Na parte operacional, não tem muita surpresa. O resultado líquido está praticamente no "zero a zero" entre janeiro e junho, com receitas e custos um pouco maiores do que no mesmo período do ano anterior. Essa comparação trata de 1º semestre de 2021 e 1º semestre de 2020, beleza?
Quando a gente coloca uma lupa sobre as receitas, precisa ter cuidado com as entradas de transmissão. O Campeonato Brasileiro de 2020 só terminou em 2021 e empurrou valores relevantes para o primeiro trimestre. Minha sugestão é que vocês deem pouca importância para este paralelo.
É comum ouvir que jogadores de futebol são desunidos, que a classe não defende seus interesses, mas tem uma história aqui que merece a sua atenção. Na noite de ontem, 263 atletas que jogam em São Paulo apresentaram uma ação coletiva contra o sindicato paulista. Se liga no 🧶. 👇🏻
Os jogadores declararam guerra contra Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato de Atletas de São Paulo, o @sapesp, há quase 30 anos. Ele foi um goleiro mediano nos anos 1980 e 1990, que só ganhou alguma notoriedade no futebol por causa de sua atuação à frente da entidade.
Martorelli hoje tem um salário acima dos R$ 50 mil por mês – incompatível com o que ganha um jogador de futebol, a maioria próxima ao salário mínimo. O sindicalista ainda recebe verbas de representação, tem um carro de luxo bancado pelo sindicato, e as regalias não param por aí.
A liga francesa publicou seu relatório financeiro, com dados de todos os clubes de primeira e segunda divisões, e o Mbappé tá decidindo se fica ou sai do Paris Saint-Germain. Juntamos os dois assuntos numa entrada só no @SporTV. Se você perdeu, vou resumir a história num 🧶 aqui.
Mbappé quer deixar o PSG, segundo reportagem do jornal francês @lequipe, porque está desanimado com as perspectivas em relação à Liga dos Campeões. Mesmo com os reforços anunciados – Donnarumma no gol, Sérgio Ramos na zaga e por aí vai –, o atacante talvez não renove contrato.
Nossa primeira tarefa, então, é entender a posição financeira do PSG. Que o clube está cheio da grana porque tem por trás dele o Qatar, um país rico, todo mundo sabe. Mas o que diz o relatório publicado pela liga? Começamos com a comparação entre receitas e resultados dos clubes.
Hoje o jornalismo de notinhas – que não apura, só reproduz o que alguém publicou noutro lugar – fez outro estrago. 😫 Cristiano Ronaldo quis tomar água na entrevista coletiva, ações da Coca-Cola caíram na Bolsa, pronto! Foi ele quem derrubou o valor da empresa em R$ 20 bilhões!
A máquina da desinformação no jornalismo profissional tem funcionamento cansativo, de tão repetido. Começa com uma nota em algum lugar dizendo alguma bobagem – desta vez, na história do Cristiano Ronaldo, começou no jornal espanhol Marca. Os fazedores de notinhas saem replicando.
E o pior é que a nota original não tem nada. Não ouviu nenhum especialista em mercado financeiro, não trouxe um artigo acadêmico, absolutamente nada. O jornal só fez a relação esdrúxula entre o episódio do Cristiano Ronaldo na entrevista coletiva e a queda das ações da Coca-Cola.