🧶Entenda porque é tão inovadora a nova proposta de gestão dos ônibus da prefeitura do Rio de Janeiro, que divide as contratações da operação e da frota.
E porque é tão importante que mais cidades copiem, para combatermos as máfias de transporte locais.👇 #TransportePublico
No modelo padrão no Brasil, os empresários de ônibus dominam todo o serviço: frotas, garagens, trabalhadores, etc.
Com isso, eles controlam tudo, tendo um enorme poder de coersão, por ameaça de locaute, caso seus interesses sejam contrariados, além de dificultar a concorrência.
Por décadas isso gerou os carteis encastelados nas cidades brasileiras, com predomínio sobre as câmaras, prefeituras, orgãos de transporte.
Romper isso é muito difícil, nem os processos formais de licitação tradicionais conseguiram melhorar esse cenário de décadas.
Ao dividir o contrato, se rompe essa lógica.
Uma empresa é dona da frota e outra opera os veículos, sem as garagens. Dois contatos menores, específicos, simples e menos poder na mão de empresários.
Se um parar, a prefeitura tem o outro ativo para achar soluções emergenciais.
Rompe-se a lógica e tem mais poder de controle da prefeitura, além de transparência nas contas.
Modelo foi adotado na Ásia e Oceania, e mais agora em Bogotá e Santiago do Chile, o Rio vai ser a primeira cidade do Brasil.
Retirar a bilhetagem da mãos dos empresários também é essencial e estratégico!
É um absurdo monumental a prefeitura sequer saber quanto dinheiro entra no sistema. Aqui a questão é tão absurda que já se trata da correção de um erro, urgente, e não de uma nova proposta.
O contrato específico de frota também permite avançar na eletrificação dos ônibus e redução de emissão de poluentes.
Santiago foi até mais ambicioso, planejando 400 veículos, conta os 62 anunciados pelo Rio de Janeiro.
No @idec acompanhamos essa metodologia há alguns anos e propomos a sua adoção, entre outras propostas, no nosso Guia de Gestão de Ônibus na visão do Usuario.
É uma mudança grande, até no cenário empresarial do setor, pode haver boicotes, e é preciso estar atentos aos termos do contrato e à participação social, mas a ideia é muito promissora.
Ainda mais no RJ que sempre foi um exemplo ruim de gestão do transporte público no Brasil.
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Para quem não entende como o Bolsonaro mantem parte de seu apoio, veja um exemplo se formando:
Ignorando 350 mil mortes e o combate à pandemia, @jairbolsonaro cria pautas para seu publico branco, conservador, negacionista e carrocrata
Pauta da vez: pedágio por km!
Segue o fio:
O Senado não apenas aprovou, ele acelerou pautou o projeto (que foi recriado em 2019, pouco antes da pandemia) porque o Bolsonaro pediu como pauta prioritária aos novos presidentes do Congresso no começo de fevereiro.
O @BrunoCarazza do Valor mostrou isso.
Em um mês o Senado aprovou e em 15 dias a Câmara colocou como Urgência um projeto que não tem relação nenhuma com a pandemia e é impossível de ser implantado agora, pois exige mudar toda a infraestrutura de cobrança rodoviária no país.
Goiânia quer acabar com a rede de transporte metropolitano mais integrada do país, com desculpas erradas
Sistema ficará caro, e dificultará a vida dos moradores!
Na matéria a @prefeituradegyn lamenta os custos, que como em todo lugar do mundo, precisam ser subsidiados, fato agravado pela pandemia, e fala que um sistema único na capital ficaria mais barato.
Se piorar o serviço ficaria mais barato para ela, mas na verdade nem para ela (2/5)
A prefeitura alega que os sistemas não são integrados em todas as outras cidades do Brasil. Mas, estes outros sistemas são profundamente criticados por isso, além de ineficientes, mal integrados e péssimos para os usuários. Um exemplo (tímido) abaixo (3/5) diariodotransporte.com.br/2020/11/19/aud…
🚌 Auxílio Emergencial de R$ 4 Bilhões para o transporte na pauta da Câmara amanhã
Projeto complexo, tem medidas boas de transparência, mas há erros...
Obrigar TODAS as cidades a ampliarem seus contratos abre brecha para as empresas imporem suas vontades sobre as prefeituras! +
O texto também não define nenhuma diretriz mínima para uma oferta de ônibus e trens adequada para evitar lotações e reduzir o risco de transmissão do vírus.
Também não há diretriz de quem será beneficiado com as gratuidades a serem criadas pelo auxílio. +
Ainda, colocaram um jabuti que ataca as gratuidades existentes, sem relação nenhuma com o resto do texto.
Este ponto e a obrigação de ampliar os contratos talvez sejam as mais graves. Estas correções são essenciais! +
🚨Deputados vão votar pauta bomba depois do Fundeb!
Querem votar HOJE um auxílio ao setor de transportes de R$ 4Bi sem regras para reduzir as lotações e OBRIGANDO cidades a ampliarem o contrato com empresas as pressas!
Como o @idec vem apontando, o projeto que tramita no Senado garante regras para melhorar garantir a frota que reduza a lotação. Além de ter contrapartidas para os usuários e para as cidades.
O projeto que a Câmara vota agora não tem NENHUMA regra.
O projeto tenta colocar contrapontos como auditorias que virão "depois", ou criação de taxas que precisarão ser feitas às pressas. Regras de transparência genéricas, e ainda:
- A cidade que NÃO aumentar o contrato de ônibus perde o auxílio! É um projeto Horroroso, e prejudicial!
A @folha já se incomodou com a proposta de Tarifa Zero progressiva do pré-candidato @jilmartatto, e acabou falando o que não sabe. Chamar de "irrealismo político" o que já é fato em cidades como Kansas, Cascais e Maricá, e vem ganhando força no mundo é falta de pesquisa. 1/4
A Folha escolhe dados para falar de falta de recursos para afirmar que a ideia não seria possível, o que ignora que outras cidades menores já o fazem, e que a Lei Federal (12.587, Art. 9º e 10º) já aponta desde 2012 de onde podem vir esses recursos. 2/4
Também não há vício. Única vez que o PT falou disso estava no governo, não em campanha. Secretário Lúcio Gregori (em 91, gestão @luizaerundina) publicou um projeto para executá-la em SP. Desde então a timidez venceu e não se propôs mais. Propor isso em SP ainda é inovador! 3/4