1/@quaestpesquisa divulgada hoje mostra que a candidatura Moro arrasa com as chances do PSDB e de outros pré-candidatos da chamada terceira via, tira votos do presidente Bolsonaro e, indiretamente, amplia o favoritismo do ex-presidente Lula+
2/Com Moro, Doria marca 2% e Leite apenas 1%. Rodrigo Pacheco tem 1% e o D'Ávila zero. As simulações mostram Lula entre 47% e 48% dos votos votais (o que daria 54% dos votos válidos), Bolsonaro 21%, Moro 8% e Ciro Gomes com 6% ou 7% dependendo do cenário+
3/Todas as pesquisas presidenciais até agora mostram que existe espaço para três ou, no máximo, quatro candidatos viáveis: Lula e Bolsonaro já asseguraram seu lugar e Ciro Gomes tem um público fiel. O último candidato deve vir da centro-direita e Moro largou na frente+
4/Ironicamente, a chegada de Moro amplia a vantagem de Lula no porque ele tira votos de Bolsonaro e asfixia os tucanos. Moro toma votos do presidente entre os mais ricos (+ de 5 SM: Moro 11%; Bolsonaro 32% e Lula 34%) e na região Sul (Moro 12%, Bolsonaro 22% e Lula 45%)+
5/Em compensação, Moro é mais fraco onde Lula é mais forte, o Nordeste (ele cai a 4% ante 60% do ex-presidente) e os que ganham menos de 2 salários mínimos (Moro tem 5% e Lula 61%)+
6/Depois de Bolsonaro, Moro é o candidato mais rejeitado: 61% dos eleitores dizem que o conhecem e não votariam nele+
7/Além disso, Moro é um candidato de uma nota só, o combate à corrupção, tema que deixou o topo das preocupações dos brasileiros. 48% dos brasileiros dizem que a economia é o maior problema do país Enquanto não tiver o que dizer a esses eleitores, Moro seguirá um tendo um teto.
1/O anúncio da filiação do presidente Bolsonaro ao Partido Liberal do líder do Centrão Valdemar da Costa Neto muda a configuração da campanha da reeleição. O vice-presidente Hamilton Mourão está descartado na sucessão e terá dificuldades para se candidatar até ao Senado+
2/O companheiro de chapa do presidente pode ser os ministros das Comunicações, Fábio Faria, ou da Casa Civil, Ciro Nogueira. Principal voz do bolsonarismo entre as denominações pentecostais, o pastor da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia corre por fora+
3/Pelo acordo de Bolsonaro com Valdemar, o candidato a vice será indicado pelo PP. Se quiser, Ciro Nogueira será o candidato a vice, mas não está animado. Fabio Faria surge como opção mais forte hoje+
1/Não perca as contas. Já são dez os candidatos da turma nem Bolsonaro, nem Lula: João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio, pelo PSDB; Sergio Moro, Rodrigo Pacheco, Mandetta e Datena (União Brasil);Luiz Felipe D’Ávila (Novo); Alessandro Vieira (Cidadania); e Simone Tebet (MDB)
2/A maioria desses pré-candidatos pontua entre 1% e 3% nas pesquisas e se lançou apenas por vaidade, mas o fato é que quem tem dez, não tem nada. A candidatura de centro direita hoje é uma ficção.+
3/Embora seja inútil estimar os resultados das previas do PSDB, a cúpula do partido trabalha p/ Eduardo Leite. A rejeição a Doria fora do PSDB paulista é tão intensa que se ele vencer, fará campanha sozinho. Se for o escolhido, Leite sofrerá pressão para ser vice+
1/Pesquisa da @quaestpesquisa mostra que o episódio Maurício Souza rendeu 15 milhões de posts no Instagram, Twitter, Facebook em uma semana. 70% condenavam as declarações homofóbicas do jogador e defendiam sua punição.
2/O episódio envolvendo Maurício Souza é significativo porque as opiniões do jogador sobre um personagem bissexual fictício não têm a menor importância, mas este foi o caso mais comentado na semana que o que o presidente da República afirmou que vacinas contra Covid causam Aids.
3/ O 70% a 30% foi a maior derrota do bolsonarismo ns redes desde 2018. Um dos efeitos do surgimento de Bolsonaro foi tirar do armário e naturalizar uma série de opiniões misóginas, homofóbicas, racistas e xenófobas.
1/A última pesquisa @poderdata_ indica duas tendências e uma terceira possibilidade. Por partes: Bolsonaro parece ter saído do poço. Desde o fracasso do ensaio foi golpe de Sete de Setembro e a trégua de Temer, o presidente vem recuperando terreno+
2/A diferença da derrota de Bolsonaro para Lula num 2.o turno era de 55%X30% e agora está em 52% a 37%, o que ainda é uma diferença brutal pró-PT de 15 milhões de votos. Desde setembro, a desaprovação do governo também ficou um pouco menor ruim.
3/A candidatura Sergio Moro embaralha as opções da turma do nem-Bolsonaro-nem-Lula, mas não altera a tendência da polarização. Moro pontua entre 7% e 8%, empatado com Ciro. Neste momento, a busca de um candidato viável para a direita liberal é um exercício de canibalismo+
1/Quando está sob pressão, o que tem sido comum ultimamente, Paulo Guedes telefona para alguns jornalistas para reclamar. São ligações de 40 minutos, uma hora, uma hora e meia, nas quais o ministro fala sem parar, chama seus colegas de incompetentes e os políticos de gângsters+
3/Com menos verve, Guedes lembra seu ídolo Mario Henrique Simonsen, que vivia às turras com os colegas do gov Figueiredo. Quando Cesar Cals falou da possibilidade de gerar energia a partir do gás metano retirado do estrume, MHS retrucou: "ah, então você quer criar a Bostabrás?!"
1/Ao contrário das famílias de Tolstoi, ministros da Fazenda/Economia do Brasil são felizes cada um a seu jeito, mas muito parecidos na infelicidade. Todo comandante da economia assume tomando como seu um poder que apenas está sendo delegado a ele pelo chefe do Executivo +
2/Os ministros que entendem esse limite e se adaptam aos desígnios do presidente, como Delfim e Malan, tem sua lealdade paga em mais poder. Os que acham que são mais importantes que o chefe _ de Funaro a Guedes _ são invariavelmente fritados até a humilhação+
3/O presidencialismo brasileiro tem uma dinâmica própria de fritar ministros. A sua autoridade é dada pelo presidente, mas o poder é despedaçado pelo Congresso. Em 1979, Mário Henrique Simonsen caiu quando ninguém o defendeu das diabretes de um deputado do baixo clero da ARENA+