1. Espaços compartilhados: Nas ruas internas de Tóquio, calçadas e faixas de rolamento estão no mesmo nível e têm o mesmo calçamento.
2. Viadutos úteis: A parte inferior dos viadutos é quase sempre ocupada com atividades comerciais.
3. Terrenos pequenos: O tamanho médio dos terrenos em Tóquio é de 112 m². No exemplo, edifício do Toriba Coffee em Ginza possui 12 andares, não tem recuos e seu terreno tem um pouco mais de 50 m².
4. Zoneamento por "classe de incomodidade": Tóquio nunca possuiu um zoneamento que dividisse explicitamente áreas comerciais de residenciais, gerando uma grande diversidade de atividades por toda a cidade.
5. Recuos focados no espaço público: Os limites de altura e de recuos são exigidos traçando uma linha diagonal do eixo das vias, de forma a preservar a incidência de luz solar nos espaços públicos.
6. Investimento em infraestrutura: Alta quantidade e qualidade de infraestrutura é o que caracteriza Tóquio. Ela é exemplo em redes de metrô, nos projetos de Land Readjustment e de drenagem urbana.
7. Atendimento à demanda por moradia: Tóquio permite que o mercado habitacional atenda quantitativa e qualitativamente a demanda por unidades de todos os tipos, seja por aluguel ou venda, cômodos ou casas inteiras.
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Qual o "caráter original" de um bairro? Ao analisar o desenvolvimento de uma quadra na Greene St. em Nova York ao longo de quatro séculos, a cidade se mostra um processo constante de desenvolvimento, e a resposta para a pergunta se mostra mais difícil do que parece. Segue o🧶:
A Manhattan de arranha-céus que conhecemos é relativamente recente na sua história. Antes dos holandeses chegarem no que chamaram de "Nova Amsterdã" em 1625, Manhattan tinha florestas e pantanais, um ecossistema rico que tinha até ursos e lobos.
No início século 18 a área da Greene St. foi comprada para instalar uma grande fazenda, que não conflitou com o desenvolvimento urbano de Nova York, que até então ia apenas até Wall St., hoje considerado extremo sul da ilha de Manhattan.
Um fio pra te convencer que Tóquio🗼🇯🇵 tem o melhor urbanismo do mundo, com inúmeras práticas para inspirar grandes cidades brasileiras. Vem comigo:
No séc. 18, Tóquio já tinha mais de 1 milhão de habitantes. Ao longo da sua história, a cidade sofreu com terremotos e bombardeios, possuindo hoje uma estrutura urbana complexa e diversa, com diferentes camadas históricas, usos mistos e diferentes tipologias arquitetônicas.
Os episódios destrutivos foram utilizados como oportunidade para abertura de vias largas e espaços públicos via Land Readjustment, transformando a antiga e estreita estrutura viária que, caso fosse mantida, poderia ter sido um gargalo ao seu crescimento urbano.
No dia 22/set é celebrado o Dia Mundial sem Carro, Para alertar e conscientizar as pessoas sobre o uso do carro — responsável pela maioria das mortes no trânsito, poluição urbana e uso inadequado do espaço público — motoristas são incentivados a deixarem seus carros em casa. 👉🧵
A data é usada como oportunidade por diversas entidades e prefeituras para conscientização da população. No entanto, medidas tomadas por prefeituras nessa data devem ter baixo impacto e, muitas vezes, servem como propaganda enganosa.
A opção pelo uso do carro normalmente é por oferecer um modo mais rápido, seguro ou cômodo de deslocamento, causado pela falta de condições urbanas mínimas de infraestrutura, segurança ou densidade populacional, e não, como defendido por muitos, por mero "status".
A pandemia atingiu em cheio nosso já fragilizado sistema de transporte coletivo e ameaça a mobilidade da população das grandes cidades brasileiras.
Neste plano inédito, trazemos alternativas para a reestruturação e sustentabilidade do sistema: caosplanejado.com/como-evitar-o-… Segue o 🧵:
Antes da pandemia, o 🚌 já apresentava operações insustentáveis e tarifas crescentes. Na pandemia, a queda no número de passageiros foi na ordem de 80%. As soluções hoje propostas focam no salvamento financeiro com subsídios, sem tratar da otimização do sistema. RECOMENDAMOS:
1.⏱️OTIMIZAR O USO DAS VIAS através de taxa de congestionamento e eliminação de vagas públicas de estacionamento para reduzir tempos de viagem e melhorar a pontualidade do sistema;
O apoio das autoridades às favelas brasileiras, áreas de maior risco à pandemia, foi praticamente nula. A Bloomberg reporta a reação do governo indiano para suportar Dharavi, uma das maiores favelas do mundo, que possui cerca de 1 milhão de habitantes: 🧵👇bloomberg.com/news/articles/…
Desde abril, apenas em Dharavi, autoridades já bateram nas portas de 47,500 casas, examinaram mais de 700 mil pessoas e estabeleceram clínicas para medição de temperatura. Pessoas com sintomas foram transferidas para centros temporários de quarentena com supervisão médica grátis.
Um lockdown rígido foi implementado, alinhado com a forte mensagem de isolamento social proclamada nacionalmente, e testes eram relativamente acessíveis à população. Durante o Ramadã, autoridades distribuíram comida para aqueles que praticavam quarentena.
O geógrafo Hugo Nicolau Barbosa de Gusmão, do blog Desigualdades Espaciais (desigualdadesespaciais.wordpress.com), faz uma série de postagens mostrando como a desigualdade racial se comporta espacialmente nas cidades brasileiras. Segue o 🧵
Em São Paulo, "as pessoas brancas ocupam o território de forma uniforme", mas existe um vazio de pardos e negros na região central/sudoeste (mais valorizada) da cidade: desigualdadesespaciais.wordpress.com/2016/06/29/map…