Novembro de 2021 e estamos vendo novamente um aumento de casos de covid-19. Desta vez, na Europa.
Vamos entender a situação?
Sigam o fio: 🧶 //1
A primeira coisa que vamos fazer é olhar o continente europeu como um todo, como fazemos aqui com o Brasil.
O que notamos, logo de cara?
Que após a vacinação e as flexibilizações, a onda de óbitos é bem menor em proporção! //2
Conseguimos ver, em um mesmo gráfico, que:
- As vacinas funcionam muito bem (sem as vacinas teríamos muito mais óbitos com essa quantidade de casos);
- As flexibilizações acabam ajudando o vírus no cabo de guerra que ele disputa com as vacinas, dando a ele mais chances. //3
Mas isso é apenas uma observação inicial, pois olhamos o continente inteiro, e sabemos que cada país tem uma realidade de flexibilizações, cobertura vacinal e até mesmo de cultura.
Inclusive esse é um ponto importante nas comparações com o Brasil! Somos *muito* diferentes! //4
Vamos olhar para alguns indicadores de uma lista de países europeus aqui para entendermos um pouco mais a fundo.
Vemos que temos países com coberturas vacinais bem mais avançadas (Portugal e Espanha) e outros mais atrasados (Polônia e Eslovênia).
Como isso se traduz? //5
Quando olhamos para Portugal e Espanha, vemos um aumento nos casos (basta olhar a linha de tendência dos últimos 20 dias) e ate nos óbitos em Portugal, mas reparem na proporção!
Comparem a onda de agora na onda pré vacinação nesses países! É muito, muito, muito menor agora: //6
E quando olhamos para Polônia e Eslovênia, os dois países mais do fim da lista? Percebemos que, sim, as vacinas funcionam (afinal, aproximadamente 55% da população está totalmente vacinada) MAS a proporção de óbitos é maior do que os países mais bem vacinados. //7
Lembro que isso são apenas correlações, ok? Não é uma relação de causa e efeito, pois também temos muitos, mas muitos fatores em cada um desses países.
Marquei aqui no gráfico como estava a situação de casos naquele momento. Super boa, né?
E aí com as flexibilizações, o vírus foi tendo a famosa OPORTUNIDADE. E como a vacina não segurou? Pois a cobertura vacinal acabou estagnando, vamos ver no próximo tweet? //9
No primeiro gráfico temos os mesmos países, mas com a linha mostrando a quantidade de doses administradas a cada 100 pessoas. É uma forma interessante de ver que a velocidade de vacinação reduziu bastante a partir de julho/2021: //10
Aqui temos outra forma de ver os mesmos países. Conseguimos ver que alguns estagnaram mais lá em cima e outros mais lá embaixo, mas o que temos em comum?
Estagnação na velocidade de vacinação. //11
O que pode acontecer quando estagnamos aquilo que dá proteção coletiva e ao mesmo tempo flexibilizamos as regras, reduzindo outras medidas que dão a mesma proteção coletiva?
Damos vantagem ao vírus...de novo!
Lembro que a variante em vigor nesses países é a Delta, vejam: //12
Sabemos da alta transmissibilidade da Delta, e de como uma estagnação da vacinação pode causar um ressurgimento, como está acontecendo nesses países! Vamos ver o resto dos países da lista?
Vejam a mesma característica em Dinamarca, Itália, Noruega e Irlanda: //13
De novo, a mesma característica de termos uma proporção menor de óbitos e hospitalizações, mas ao mesmo tempo um aumento nos indicadores pós estagnação da vacinação, agora em Holanda, Alemanha, Lituânia e Áustria: //14
E, por último, Suíça, Grécia e República Tcheca / Tchéquia. //15
Quais correlações conseguimos ver:
- Há um aumento quando há uma estagnação na vacinação, principalmente se acompanhada de flexibilizações em medidas de proteção;
- Esse aumento acaba sendo maior em países que flexibilizaram mais e/ou estagnaram com uma cobertura mais baixa. //16
Também não podemos esquecer do inverno europeu, que é bastante rigoroso, e pode ajudar a mudar o comportamento das pessoas em relação a aglomerações e ambientes fechados. //17
E a estagnação da vacinação? Esse é um ponto importante pois nos mostra que temos MUITAS realidades diferentes e vários fatores.
A vacinação pode estagnar por uma cultura de hesitação vacinal mais forte, como vimos na Áustria, por exemplo
Também pode estagnar por ter uma população muito jovem e a não vacinação das crianças (está começando a ser aprovada agora) acaba deixando um bolsão de não vacinados. Vimos uma onda na Inglaterra iniciar pelos adolescentes:
Como podemos melhorar nossa tomada de decisão com essas informações?
a) vacinando-se assim que liberar a vacinação para si e/ou para seus filhos;
b) não se afobando em remover as máscaras (elas te ajudam pra caramba!);
c) Pensando bem nas aglomerações que irá frequentar; //19
Neste fio, o @vitormori mostra bem como todos esses fatores entram na tomada de decisão, principalmente agora para o fim do ano:
Nosso painel que trata das variantes do SARS-CoV-2 acaba de ser atualizado, agora com dados até a semana de 16/01/2023 a 22/01/2023:
Mesmo com dados bem atualizados, é importante lembrar que a quantidade de amostras sequenciadas nos últimos dias é bastante pequena.
Vejam aqui o gráfico do Brasil, onde fica fácil de perceber que a quantidade das amostras referentes a janeiro de 2023 é muito baixa:
Também temos uma página específica para acompanhamento da XBB.1.5 (nesta imagem, filtrado novamente para o Brasil).
Nesta mesma página do painel podemos acompanhar todos os sequenciamentos cujo resultado foi a Omicron (qualquer sub variante), para ver como temos várias:
Esperamos que este ano seja mais tranquilo para todos nós!
Vamos iniciar com um fio rápido para vermos a situação da #mpox no Brasil? 🧵 //1
Até o dia 03/01/2023 temos 10.544 casos totais notificados, lembrando sempre que a primeira notificação se deu em 27/06/2022, onde 20 casos foram inseridos no boletim nacional. //2
Conseguimos ver algumas coisas ao olhar o gráfico do país todo:
- Vemos uma queda bem lenta na notificação dos casos, é praticamente uma estabilidade, mas com tendência de queda;
- Tivemos uma redução estranha de casos totais no final de 2022, (provável erro de notificação); //3
Com os dados de mpox atualizados até 28/11/2022, vemos que os casos continuam surgindo em uma quantidade considerável na região Nordeste do país, sendo 42% dos casos do Nordeste no estado do CE: +
Além disso, a região Norte também teve um aumento recente, no começo de novembro/2022.
68% dos casos estão no AM: +
Quando olhamos o Brasil como um todo, vemos que a região Sudeste é a região com mais casos(41% de todos os casos do país foram notificados no estado de SP).
Percebemos também que há uma tendência de estabilidade, muito provavelmente trazida por esse espalhamento em mais regiões.+
Olá, pessoal! Aqui é o @schrarstzhaupt, trazendo pra vocês mais uma atualização dos dados de #Monkeypox, agora com os números atualizados até o dia 07/11/2022.
Sigam o fio para vermos juntos: 🧵 //1
O Brasil tem 9.475 casos notificados até o momento (07/11/2022), e a gente consegue ver um aumento meio brusco nos últimos dias quando olhamos os dados do país como um todo (marquei no gráfico): //2
Ao analisar estado por estado, vemos que alguns locais se destacam, com um lançamento de casos abrupto. Vejam o DF, que lançou 18 casos no dia 07/11/2022, mas vinha lançando 3 a 5 casos por dia.
Lembrando: isso é por data de notificação, então pode muito bem ser represamento!//3
Chegamos a 9.026 casos confirmados de Monkeypox no Brasil até 24/10/2022.
Hoje (25/10/2022) tivemos mais um óbito, nos fazendo chegar a oito óbitos e ao posto de país com mais óbitos no mundo (nesta epidemia de 2022).
Sigam o fio: 🧶 //1
Quando olhamos a média móvel da taxa de crescimento de casos acumulados, notamos uma estabilidade na última quinzena de outubro, o que mostra que as notificações de casos vem entrando em uma certa consistência.
Como essa doença não é endêmica aqui, isso não é um bom sinal. //2
A maior concentração de casos continua sendo na região Sudeste, principalmente no estado de SP (44,47%), seguido pelo Centro-Oeste (GO e DF): //3