No âmbito do processo Cashball, as autoridades fizeram buscas a André Geraldes, apreenderam dispositivos eletrónicos, mas alguma coisa falhou. Não detetaram que é o beneficiário efectivo da Market Pool, uma sociedade nas Seychelles, onde terá recebido verbas de Constantin Teodoro
Estão em causa 250 mil euros que, de acordo com vários documentos, terão sido transferidos para a esfera de André Geraldes, semanas depois da contratação de Lumor pelo Sporting. Uma operação usualmente apelidada de kickback, e que terá sido minuciosamente preparada por ambos.
A sociedade utilizada por Constantin Teodoro é a Forgold Marketing Limited, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. A existência dessa sociedade já foi aflorada neste artigo de @mpradoexpresso, no âmbito do projecto #FootballLeaks
O cruzamento de dados entre os projetos #FootballLeaks e #PandoraPapers permitiu identificar de forma clara e inequívoca, situações que escaparam às autoridades. Algo terá de mudar na investigação criminal e que proporcione, por exemplo, o aumento dos métodos de obtenção de prova
Estas revelações são mais um exemplo da enorme valia do verdadeiro jornalismo de investigação e da meritória acção de whistleblowers na detecção de alegados esquemas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Caberá agora à justiça colher esses frutos.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Urgel Martins foi, entre 2011 e 2021, o Diretor Executivo para o Futebol no FC Porto. Uma figura muito pouco conhecida do público em geral, mas importantíssima na estrutura Portista. Desde contratações de jogadores, a finanças, tudo passava por ele.
Um ano depois dessa ascensão de Urgel Martins, o FC Porto e a sociedade RAMP - Management Group International, de Hong Kong, assinaram um contrato que tinha como missão indicar jogadores ao FC Porto de países como o Gana, Congo, África do Sul, Zâmbia e Nigéria.
A RAMP (com fortes ligações à SECA), cujos representantes são Graham Heydorn e Edmund Chu, foi a responsável, nos anos seguintes, pela vinda dos vários jogadores Africanos que povoaram a equipa B e os sub-19 do FC Porto, como Mikel Agu, Chidera, Chidozie, entre outros.
Luciano Gonçalves que afirmava pretender uma "maior credibilização e transparência do sector da arbitragem", conseguiu a proeza de ter a APAF a ser financiada pelo dono de um clube de futebol, através de um patrocínio que visa "ajudar jovens árbitros ao nível social e formativo".
Esse patrocínio celebrado com a Agriloja, permitiu também à APAF, violar os regulamentos da FIFA sobre a Organização da Arbitragem, de forma flagrante, como aconteceu, por exemplo, no último Maritimo-Gil Vicente.
O Grupo Agris e empresas relacionadas, detêm o Torreense e a Torresfute (empresa de agenciamento que representa vários jogadores do próprio Torreense). Patrocina 4 clubes da Liga, e aparece envolvido num conjunto de situações irregulares.
Em 28 de Novembro de 2012 foi criada em São Tomé e Príncipe uma sociedade anónima offshore denominada GIC Corporation SA.
Este tipo de sociedades rege-se pelas normas do Decreto-Lei nº 70/95, de 31 de Dezembro, conhecido como Regime das Sociedades Anónimas Offshore.
2/8
Essa sociedade teria forçosamente um capital mínimo exigido de 5000 USD, e um mínimo de 2 sócios, e foi utilizada por César Boaventura, na elaboração de um conjunto de contratos que envolveu as SAD do Benfica e do Atlético CP.
3/8
A SAD do Atlético CP foi detida a partir de 2013 pela Anping Sports Agency, de Eric Mao, cidadão Chinês fortemente associado a esquemas transnacionais de match-fixing, como se pode ler neste artigo publicado em 2018 no âmbito do #FootballLeaks
Em 47 anos de Democracia, serei porventura o primeiro cidadão a ser vetado de uma CPI, já durante o desenrolar avançado dos trabalhos.
Mais do que o mero veto, deve-se enaltecer o simbolismo da decisão e o seu significado político.
A simbiose entre política e os principais escritórios de advogados é uma das marcas deste regime socialista.
O sentido de voto dos deputados do PS, e as suas justificações eram mais do que expectáveis, para alguém como eu, que está convicto de que não será o PS a encetar reais...
...esforços no sentido de travar a corrupção sistémica existente em Portugal.
Uma menção também à deputada do CDS, C. Meireles, e ao seu pré-juízo, substituindo-se aos tribunais, e violando a minha presunção de inocência. Isso sim, é atentatório do Estado de Direito democrático.