Fio sobre a nova variante encontrada por pesquisadores na África do Sul. Parece ser bastante transmissível, mas ainda é cedo pra confirmar. Ela pode ter dado a “sorte” de embarcar em um momento de maior transmissão. Já estão testando se ela tem ou não escape de imunidade.
Conforme saírem testes e mais info, compartilho. Mas ainda acho bem cedo para ficar preocupado. Precisaríamos ver essa transmissão maior dela sobre a delta por mais tempo ou em mais locais para realmente ficar em alerta.
De qualquer forma, o fato de ser encontrada na África do Sul pode mostrar algo mais. O vírus não né necessariamente surgiu lá, ele foi detectado lá primeiro. Mas ele circula no continente que tem a menor vacinação. Ou seja, onde ainda tem muita gente vulnerável.
Quanto mais gente vulnerável, mais infecções, mais mutações e mais potencial de variantes. O mesmo vale inclusive para o Brasil. Nós temos regiões como estados da Região Norte com índices muito baixos de vacinação, que ainda têm potencial de circulação de COVID bem alto.
Sobre a variante do coronavírus recombinante, um pequeno fio
Ela é uma mistura de duas linhagens que circularam entre EUA e México. Se dois coronavírus diferentes infectam uma mesma pedia, ele é capaz de fazer isso e combinar o que os dois vírus têm melhor.
Neste caso, foi um pedacinho de um vírus com grande parte de outro. E não parece ter resultado em uma variante mais transmissível do que a Delta. Mas é importante acompanhar esse tipo de evento, pq isso poderia combinar um vírus mais transmissível com outro que escape de vacinas.
Só não entendo pq comentam que o SARS-CoV-2 (da COVID) vai se recombinar com o vírus da MERS. Até são próximos, mas precisam se encontrar em um mesmo hospedeiro. São pouquíssimos casos de MERS por ano. Sem falar que o vírus resultante precisaria ser “melhor” que os originais.
Mais sobre o Didier Raoult, dessa vez com denúncias de fraude no estudo da hidroxicloroquina, vindas da equipe dele. Entre outras coisas, ele reduziu em mais de 30x a sensibilidade do teste de vírus de quem tomou cloroquina, pra parecer que não tinham mais vírus.
Em outro estudo, de tratamento de tuberculose, já havia uma série de denúncias de irregularidades do tratamento tóxico adotado ao recrutamento de pessoas em situação de rua ou imigrantes não documentados que não poderiam consentir plenamente em participar ledauphine.com/sante/2021/10/…
Sobre a recomendação do @minsaude:
Pro Brasil não passar em 2022 pelo que a Europa passa agora, precisamos da 1a e 2a doses. Cada novo vacinado faz muito mais diferença do que dose de reforço. Mas se já se vacinou, a 3a dose vai te proteger mais.
No Reino Unido, deram 3a dose em quem tem 50 anos ou mais e grupos de risco, pq efetividade de 2 doses da AstraZeneca caiu entre eles pra ~45% depois de 5 meses ou mais; 2 de Pfizer caiu pra 63%.
Em Israel, a 3a dose de reforço reduziu em 10x a infecção, em mais de 15x os casos de COVID grave entre idosos e em quase 15x as mortes por COVID entre vacinados (que já sofrem menos do que não vacinados).
Descobri que também invadiram meus dados no ConecteSUS. Alteraram meu nome, o nome da minha mãe e minha nacionalidade no certificado de vacinação, em documento oficial...
@minsaude como me sentir com meus dados na mão de quem faz isso? Com os dados do meu filho lá?
Busquei orientação do Marcel Leonardi (leonardi.adv.br), já requisitamos ao @minsaude correção, esclarecimento de quem teve acesso aos dados e que medidas estão tomando a respeito (Arts. 17 e 18, da LGPD). Se mais alguém teve seus dados violados assim, recomendo o Marcel.
Não preciso do certificado agora e já pedi a correção. Mas a sensação de ter dados sensíveis alterados assim não passa com o reparo. É inadmissível ter os dados alterados dentro do órgão oficial que deveria prezar pela nossa informação.