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EDUCAÇÃO

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O governo brasileiro é um dos maiores compradores de livros didáticos do mundo; em 2007 foram cerca de 120 milhões de exemplares.

O governo precisa arcar com mais gastos para atualização de livros com a nova ortografia?
Ainda tem todo esse gasto. É melhor pegar esse dinheiro e investir em escola, em merenda. Deixa os livros didáticos como estão. E não é só livro didático, isso vai mexer em toda a literatura. Tudo fica desatualizado e isso tem um custo caríssimo para o país.
O acordo ortográfico não tem qualquer vantagem para os brasileiros, os angolanos, os moçambicanos, os cabo-verdianos, os guineenses ou os portugueses. E tem desvantagens óbvias.

Quem ganha com o acordo e o que se ganha com ele?
Ganham os intelectuais que fizeram o acordo, que ficam assim na história. Triste maneira de ficar na história, diga-se de passagem: como autores de listas de palavras.
Qualquer neófito em linguística sabe que sempre haverá desacordos entre a fala e a escrita, que são duas realidades distintas da língua. Assim, soluções mágicas como essa trazem muito mais prejuízos do que benefícios.
Enfim, convivemos com duas ortografias no país.
Melhorar a educação brasileira, de um modo geral, pode ser uma utopia? Depende, naturalmente, da existência de uma política séria, no setor, conduzida por pessoas competentes e desinteressadas de proveito pessoal ou político.
Livros didáticos articulados – Além de considerar precipitada a unificação das disciplinas do ensino médio, considero também prematuras as metas do PNLD – as quais preveem a distribuição de livros e material didáticos articulados com outras áreas do conhecimento.
É impossível atingir a meta. O Brasil não tem escritores para escrever esses livros e não estão explícitos os possíveis escritores e atores que poderão contemplar a interdisciplinaridade de textos para o ensino básico.
A proposta do MEC de integração das disciplinas do ensino médio sinaliza uma manobra em uma tentativa de “resolver a falta de profissionais” no País.
No ensino público: faltam 400 mil professores no ensino básico (fundamental e médio) no País. A maior carência é para as disciplinas de matemática, química, física e biologia. Há escolas que nem as têm na grade.
A reforma do ensino médio: É “temerário” mudar primeiro o currículo para ajustá-lo depois.
É necessária cautela na unificação das 13 disciplinas do ensino médio público nacional em quatro grandes áreas do conhecimento – anunciada recentemente pelo Ministério da Educação (MEC).
Os países desenvolvidos, como a Inglaterra, experimentaram unificar as disciplinas do ensino médio sem sucesso. A sorte é que eles têm mecanismos rápidos para reverter uma decisão dessa magnitude.
O curioso é que pouco se fala na formação e no aperfeiçoamento dos professores, em todo esse processo. Temos quase 3 milhões deles, no Brasil inteiro, mas é sabido que a qualidade do que se ministra nos cursos de magistério deixa muita a desejar.
Uma pergunta se impõe: alguém do governo terá coragem, diante desse quadro, de falar nas perspectivas do Ensino Médio? O que funciona há mais de 60 anos está sendo destruído. Com professores desmotivados, na verdade, a perspectiva é rala.
Mais uma esperança que se esvai, no esgotado espírito do sofrido magistério brasileiro.
O CNE é mais, em verdade, um CME, Conselho Ministerial de Educação, do que efetivamente nacional.
Qual é o milagre que se espera? É nesse panorama que, hoje, se abre uma larga discussão em torno do futuro da educação brasileira.
É preciso ensinar o professor a caminhar sozinho. Se não tiver uma atualização permanente (e haja tempo para isso), o professor perderá a batalha da eficiência.
O que parece estar evidente, na sociedade brasileira, é o cansaço do atual modelo de educação e na formação de professores. Em quantidade e qualidade não responde aos nossos anseios.

Até quando?
Toda vez que se aborda um plano de governo, em que nível, surge a expressão qualidade do ensino. Uma tristeza! Verifica-se que tudo é de uma lentidão irritante.
O que deve ser considerado prioridade no ensino médio, são investimentos pesados na qualificação de professores que possam preparar os alunos antes do ingresso nas universidades.
Hoje o indivíduo que conclui o ensino médio não está habilitado a nada. É apenas um generalista não preparado para o mercado de trabalho.
Enquanto se discute o sexo dos anjos, os resultados concretos estão aí, diante de todos, mostrando que há um longo caminho a ser percorrido.
A educação básica cresceu em números, é certo, mas não corresponde às expectativas no que tange qualidade.
Os componentes curriculares devem ser organizados em quatro blocos, garantindo a permanência das 13 disciplinas.
Isto é, Linguagens, reunindo as disciplinas de línguas portuguesa, materna para populações indígenas e estrangeira moderna; arte – em suas diferentes linguagens (ciências, plásticas e musical) e educação física.
Outro bloco é matemática, sozinha. Há também o bloco ciências da natureza que reúne biologia, física e química. Outro é ciências humanas que abrange as disciplinas de história, geografia, filosofia e sociologia.
A educação brasileira é um dos tristes marcos do período republicano e nos três últimos governos. E talvez venha a repetir o mesmo ciclo de frustrações no atual governo. O Brasil dá mais ênfase ao topo, o ensino superior, do que à base, o ensino fundamental.
O resultado é outra manifestação de instabilidade: a qualidade do ensino superior vem sendo puxada para baixo por causa da má qualidade do ensino médio; e este também vem perdendo qualidade por causa da piora no ensino fundamental.
Os debates se sucedem e nem sempre as teses são renovadas. Repetem-se conceitos e reclamações, como se a educação brasileira fosse mesmo um imenso e monótono realejo.
Estamos vivendo tempos sombrios em matéria de qualidade do ensino, em nosso país, especialmente se considerarmos a educação pública. Leitura, Cálculo e Escrita.
Os resultados são catastróficos. Houve queda no desempenho em matemática. Na redação foi pior ainda. Vamos caminhando para o fundo do poço.
Ou seja, são estudantes que concluíram o ensino médio, sabe-se lá Deus como, mas padecem dos males do analfabetismo funcional. São incapazes de raciocínios elementares. O que se pode esperar dessa geração?
Véspera de eleição, promessas em profusão !
No mundo midiático, digital, instantâneo, a educação é cada vez mais estilizada, pasteurizada, e os fatos recortados da realidade sem nexo, sem contexto, sem passado, sem história, sem memória, numa destruição clara da temporalidade, como se o mundo fosse um eterno videoclipe.
Com o uso da internet, o volume de informação dificulta a compreensão num mundo caleidoscópico, que se apresenta em forma de mosaico sem nexo, que vive transfigurando e refigurando o espetáculo da vida como se o confundisse com um reality show.
Por que o governo brasileiro não briga pela educação como faz pela Copa do Mundo de Futebol?
Por que futebol e educação sempre jogaram em campos opostos?
O governo brasileiro e seu projeto na área educacional, estão presos a ásperas condições sociais e seus sonhos e de pouca relação com a realidade da educação brasileira.
A educação brasileira é um dos tristes marcos do período republicano e nos dois últimos governos. E talvez venha a repetir o mesmo ciclo de frustrações no atual governo.
Não conheço uma Secretaria de Educação no Brasil que tenha um especialista em demografia, que saiba quantas crianças vão nascer nos próximos anos e, portanto, quantas escolas precisam ser abertas ou fechadas.
#Alerta #SOSEducacao
Quando a tecnologia está atrelada ao professor, ele, o ser humano, vai ser sempre o fator limitante. Nenhum país conseguiu melhorar a educação a partir do uso da tecnologia. Não estou dizendo que a tecnologia seja ruim.
Ela tem potencial, desde que seja usada no contexto apropriado. Não adianta colocar ingredientes certos na receita errada.
A escola é um desastre quando analisada pela óptica das avaliações internacionais e um desastre também do ponto de vista pessoal, individual. A única chance que um cidadão tem de melhorar de vida no Brasil é por meio da educação de qualidade.
E ela não tem qualidade para a maioria das pessoas. O número de jovens que chegam ao ensino médio é baixíssimo e, entre estes, a evasão é uma calamidade.
E o governo é incapaz de entender que há um modelo errado ali, que penaliza jovens justamente quando eles atravessam uma fase de afirmação.
As escolas têm um punhado de papéis reunidos sob o nome de “proposta político-pedagógica”, seja lá o que isso queira dizer: começa com uma frase do Paulo Freire e termina citando Rubem Alves.
O problema é que as escolas e as secretarias de Educação estão povoadas de pedagogos, e não de gestores.
Ninguém vê o óbvio: a pirâmide está invertida. A maior prova disso é o abandono da primeira infância. É nela que o Brasil começa, e seu abandono é a maior das ameaças à pirâmide invertida que caracteriza nosso País.
Nos últimos tempos, surgiu uma estranha doença entre nossos jovens: déficit de escrita. Aos poucos, o hábito foi sendo superado e, para muitos, o exercício da caligrafia era a comprovação da obsolescência dos nossos métodos.
Nada mais triste do que essa falsa visão de modernidade, hoje agravada pela fúria do acesso aos computadores de qualquer maneira. Ocorreu-nos proclamar da volta da caligrafia às nossas escolas.
Nos bons tempos, ela era praticamente obrigatória, com os educandos levados a preencher as linhas paralelas com letras, sílabas e palavras que, como consequência, nos traziam o conforto de uma adequada expressão escrita.
As evidências são gritantes: além da eficiência para resolver problemas do cotidiano, a memorização da tabuada é essencial para fazer cálculos mentais, a memorização e para servir de base para às aprendizagens subsequentes.
Portanto fique de olho: se a escola de seu filho não ensina tabuada, cuide para que ele aprenda. Quanto antes, melhor!
Além disso, há o desprezo pelas regras gramaticais e ortográficas, como se houvesse um desejo recôndito de prestigiar a ignorância. Ou seja, ninguém deve dar bola para a gramática e a ortografia.
Ao mesmo tempo em que isso ocorre especialista em educação apontam erros mais frequentes anotados nas provas dos acadêmicos:
1. Falta de adequada ordenação de ideias, o que prova não ter o aluno o hábito de escrever;
2. Falta coerência e coesão nos textos;
3. Inadequação ao tema proposto (por falta de familiaridade com o tema indicado, o aluno foge para outro mais confortável);
4. Dificuldade em estruturação de parágrafos;
5. Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito do predicado por vírgula, utilização equivocada de verbos e pronomes, o que em alguns casos leva até a prejudicar a compreensão do texto.
A ser verdade o que foi proclamado em Brasília, ninguém mais poderia ser escritor, dando asas à imaginação. Só se poderia escrever sobre vivências claras, com o evidente abandono de tudo o que pudesse privilegiar a criatividade.
A conclusão é óbvia: sem leitura, como escrever adequadamente?
Como pretender, assim, uma educação de qualidade? Os cursos de formação de professores padecem de um abissal anacronismo.
Colocar um computador na mão de quem não sabe manejá-lo significa muito pouco. Pensando bem: desde que essas máquinas terríveis entraram no cotidiano das escolas, qual foi o aperfeiçoamento dos conteúdos?
E tem mais um óbice: cursos médios oficiais estão sendo ministrados em escolas municipais, por empréstimo, o que dá bem a dimensão da sua ausência de prioridade.
A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência.
Se uma criança não possui o gosto pela leitura na infância, na adolescência ou na fase adulta as coisas se tornarão difíceis. Criar o hábito (ou gosto) pela leitura é um primeiro passo que depende basicamente de pais e professores.
Há uma idade para isso, que infelizmente para os calouros não coincide com os seus 17 ou 18 anos. Começa antes, na altura ainda do ensino fundamental. Depois, é só alimentar a cabeça de bons produtos, a fim de que persista o interesse.
Os pais devem considerar o livro como um instrumento com que a criança tenha um rel acionamento íntimo, no qual vai aprender lições que ajudarão muito na sua formação posterior.
O que fazer para os estudantes leiam mais? A resposta não é tão simples.
O bom professor , que estimula o gosto de ler, promove a leitura acompanhada, dialogada, co mentada, leitura a dois etc., para identificar com os alunos a existência de uma obra de arte literária.
Quando ocorre a descoberta, não há dúvida, estamos diante do intrincado e maravilhoso mundo da literatura.
Os professores podem, discretamente, variar a oferta literária, entendendo que literatura não é língua somente.
A leitura da obra literária, luxuosa ou não, é o ponto de partida ou regra de ouro do ensino de letras, que lidará com gêneros ou tipos conhecidos desde Aristóteles.
Assim são criados os fundamentos literários para trabalhar o lirismo, a narrativa ( conto, romance, epopeia etc.) e outros tipos, como as memórias, o diário, a máxima, identificar o gênero é um primeiro e fundamental exercício, ...
... a que se deve somar o exame da estrutura da narrativa: enredo, personagem, tempo, ordem de relato, suspense, apresentação e desfecho.
Uma pessoa que diz que não sabe português é porque acha que saber português é saber o que é uma oração subordinada substantiva objetiva direta completiva nominal reduzida. E isso, quase ninguém sabe. Nem mesmo os professores de português formados e na ativa já há bastante tempo.
Então, temos aí um grande imbróglio para resolver, a formação docente.
Não adianta tentar resolver o que acontece na escola, sem resolver primeiro as questões que envolvem a formação dos professores.
Se é verdade que o homem só se torna homem pela educação, todos devemos estar empenhados na sua melhoria.

Está na hora de mudar isso: A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência.

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