Passo aqui pra desejar um Feliz 2022 para todos, dentro das possibilidades de cada um. Sabemos que o mundo está numa situação não muito boa, por isso o desejo por mais saúde, paz, calma e alegria é ainda mais forte.
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Estamos correndo uma maratona que já seria difícil se todos fizéssemos tudo certinho.
Como temos momentos onde erros ocorrem, isso prolonga e dificulta mais ainda essa maratona.
Agora mesmo estamos vendo cada vez mais o cansaço dessa maratona chegar em cada um de nós. +
Vemos os EUA, indo para uma *média* de 500.000 casos diários de covid-19. Já estamos vendo hospitalizações subirem de forma exponencial lá. Alguns locais, como New York e Florida estão bem preocupantes em relação à hospitalizações.
A mesma coisa na Inglaterra.
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Como muitos estão, nesses países? De tão cansados, ignorando esses números altíssimos e tentando viver como se isso fosse normal. +
Aqui no Brasil, por estarmos em um apagão de dados, vemos apenas relatos. Os relatos estão começando da exata mesma forma que os outros países: uma explosão de casos leves.
Qual a reação imediata? “Ah, vai ser assim, tudo leve” assim como foi na Europa e EUA quando começou. +
Repito o que já repeti em dezembro de 2020: se deixarmos para perceber que um aumento exponencial de casos só é ruim quando temos de abrir leitos de UTI às pressas, significa que não agimos a tempo.
Esse tipo de coisa (saúde pública), ao meu ver, NÃO SE PAGA PRA VER.
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Antes do apagão, o último dado que tínhamos era de que aproximadamente 10% da população brasileira tomou a dose de reforço.
Eu, Isaac, considero esse valor MUITO BAIXO para encararmos de peito aberto (férias de fim de ano + carnavais) uma onda de uma variante como essa. +
Como algumas pessoas sempre me cobram que “não tem mortes”, eu novamente lembro:
Mortes em uma epidemia são como cinzas e escombros em um incêndio.
Se esperarmos até ter cinzas para começar o combate ao incêndio, não adianta nada, né? +
Eu vejo também que as opiniões mais fatalistas (todos vamos pegar) vêm ganhando cada vez mais força, e isso faz todo o sentido, pois o que mais dá força ao fatalismo é o cansaço, e esse temos, infelizmente, de sobra.
Então, assumindo o tal fatalismo, pergunto: +
Se estamos em um local onde vai vir um tsunami e todos vamos nos molhar, a ação mais lógica a fazer não é proteger-se e proteger o próximo o máximo possível?
O que nós temos hoje são ferramentas que reduzem o risco de afogamento por esse tsunami (3 doses de vacina, máscaras +
, ventilação/ar livre, evitar aglomerações e tudo o que repetimos aqui incansavelmente).
Se eu deixar de me proteger por assumir que em mim o tsunami só vai dar uma molhadinha, eu posso estar condenando meu vizinho ao afogamento, sem querer fazer isso.
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Termino como comecei: desejando um ano de 2022 muito melhor para todos, com muito mais saúde, muito mais paz e muito mais tranquilidade.
Um abraço virtual forte em todos vocês que me dão sempre tanto carinho!
Pessoal, agora que atualizamos os dados de casos até 21/12, atualizei também o painel de sintomas da pesquisa CTIS, e percebi que os casos, na região Norte, estão aumentando, mas nas outras, continuam em queda abrupta.
Vejam aqui AM e PA. Vemos aumento de sintomas e casos: 🧶//1
Já quando olhamos BA e PE, vemos o aumento de sintomas mas uma queda abrupta nos casos no final de dezembro: //2
Em SP (Sudeste), GO (Centro Oeste) e RS (Sul) vemos o mesmo comportamento de casos caindo abruptamente.
Em SP vemos um aumento forte de sintomas, GO um aumento não tão forte quanto SP e no RS não vemos aumento de sintomas: //3
Dados voltaram até 21/12/2021 (última atualização do painel tinha sido até 06/12/2021) e podemos ver uma queda significativa nos casos desse período de dezembro: //1
Para vermos melhor, fiz esse pequeno vídeo mostrando como as notificações caíram abruptamente: //2
Em resumo, ainda temos de esperar pois podemos estar (quase certo que sim) com dados represados após essa queda (que ainda não voltou muito bem). //fim
Quem anda por essas bandas com certeza viu as inúmeras análises e opiniões sobre o filme do cometa.
Eu vi tudo que é tipo de sentimentos (amei, odiei, achei engraçado, achei assustador, achei caricato, achei sutil, achei chato, etc.)
Pensem como é difícil comunicar!+
Imaginem comunicar riscos em fios com análises de dados onde, em um mesmo fio, tem pessoas que me agradecem pela informação pois se sentiram seguras ao entender a situação e outras me dizem que eu inspiro medo (?).
Com o mesmo fio!+
Essa diferença de percepção me parece ser carregada de situações pessoais que colocam um filtro na nossa visão. Quando se trata de um filme (arte), ficam até mais evidentes as diferenças pois envolve mais opinião ainda do que um fio sobre dados (por exemplo).+
A nota traz luz ao fato da desigualdade na cobertura vacinal dentro do Brasil. Vejam só como há uma discrepância muito grande entre a região Norte e a região Sul: //2
Neste destaque, a nota mostra como estamos diferentes:
"No Sul do país 30% dos municípios apresentam mais de 80% da população com esquema de vacinação completo, na região Sudeste 27,2%, no Centro-Oeste 11,8%, no Nordeste 2,7% dos municípios e na região norte apenas 1,1%." //3
Uma coisa sobre a qual temos de ter plena consciência: a dúvida, o questionamento e o ceticismo são partes integrantes da ciência e da evolução do aprendizado.
Isso enquanto ainda estamos estudando e não temos o fato. 🧶
No momento em que temos o fato, como a segurança+eficácia das vacinas em adultos E CRIANÇAS, nosso papel não pode ser de questionamento!
Por que, Isaac? Pois nos transformamos em mercadores da dúvida! Nosso produto passa a ser a desconfiança na ciência. Fazemos mais mal que bem.+
Agora que temos:
- muitos estudos de segurança+eficácia;
- mais de 8 bilhões de doses aplicadas no mundo e;
- mais de 8 milhões de doses aplicadas em crianças só nos EUA;
Entendemos como é seguro e importante!
Temos é de organizar como vacinar todo mundo o quanto antes! +
Pessoal: continuamos sem os dados do @minsaude para poder fazer um monitoramento da pandemia de covid-19 no Brasil e também da epidemia de influenza que está, pelo visto, se espalhando entre os estados.
Como suspeitamos disso? Sigam o fio para entender: 🧶 //1
Temos a pesquisa CTIS, feita pela Univ. de Maryland em conjunto com o Facebook Health, que acompanha diversos indicadores sobre a pandemia de covid-19. Um desses indicadores é o de "sintomas".
Quem for escolhido para responder marca numa lista quais sintomas está sentindo. //2
Quando marcamos febre+tosse+falta de ar ou dificuldade ao respirar, marcamos "sintomas estilo covid-19".
Quando marcamos febre+tosse ou dor de garganta, marcamos "sintomas estilo gripe".
Dito isso, vejam o que está acontecendo com alguns estados do Brasil:
//3