Invariavelmente, algumas ruas, avenidas e becos ainda aparecem na minha cabeça, assim como prédios, casas e lojas em que estive com uma bicicleta e uma mochila térmica nas costas.
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Tudo isso mesmo depois de eu encerrar oficialmente a minha jornada como entregador da Torta do Pai - hoje, é apenas algo esporádico, quando é realmente necessário, e em distâncias curtíssimas.
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Mas aquela rua da zona leste ou da zona norte teima em morar na minha mente, como se avisasse que tudo foi profundo demais para se esquecer tão rápido - ou nunca esquecer.
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É por meio dessa marca de mapa na minha mão que também relembro a epopeia de pedalar 16.525 quilômetros por São Paulo nas entregas da Torta do Pai, por todos os bairros da cidade.
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Dois meses depois de parar, mesmo com todo o frescor da trajetória, eu acho impossível repetir um dia as coisas que fiz . Como justamente o mapa saltado entre minhas veias mostra: 168 km em 11 horas, uma loucura que nunca mais vou reprisar.
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Não farei por questões físicas e psicológicas. Num dia, eu cheguei em casa todo molhado, olhei no espelho e percebi que estava pesado demais para mim. No trânsito, igual. O cansaço havia se transformado num atalho para algum acidente.
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Há dois dias da minha decisão final, o pneu da bike furou no alto dos 30 metros do Viaduto Aricanduva. Quase esmagado no semiacostamento, com metade da mochila pendurada na ponte, tive medo que acontecesse alguma coisa mais séria.
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Dois dias depois, Marília Mendonça morreu. Soube do acidente no começo das entregas, num dia em que o ABC era o meu destino. Abalado, não queria ir. Pela primeira vez tive tal sentimento, mas fui. Demorei mais que o normal, cheguei em casa acabado, já perto da meia-noite.
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E, então, decidi parar, ao constatar que a vida é realmente frágil demais. Eu continuo pedalando pela cidade, claro, porque isso me enche de alegria e disposição há 21 anos. A fase de entregador de tortas, porém, chegou mesmo ao fim.
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Em 2022, a ideia é voltar às estradas do mundo, para que novas lembranças passem a conviver em minha cabeça ao lado das centenas de ruas de São Paulo.
Feliz 2022, amigos! Que seja um ano maravilhoso para todos nós! Vamos para cima!
A dois dias*
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Estes aqui são os 16 torcedores que estão indo para Lima de ônibus atrás do Flamengo.
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Cristiano Ferreira, 31 anos, de Recife (PE), operador de máquina. Vendeu a televisão e o som para viajar. Não tinha ingresso, mas ganhou um diante da solidariedade de outros torcedores.
Ives dos Santos, 27 anos, do Rio de Janeiro (RJ), militar. Pediu folga para o chefe vascaíno e prometeu trazer o título para ele.
Como eu consegui atravessar a Europa de bicicleta em menos de um mês?
Siga o fio para conhecer os detalhes dessa viagem.
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Quantos dias para cumprir o trajeto?
29 dias.
Saí de Barcelona no dia 13 de agosto, terça-feira. Cheguei a Haarlem, cidade colada a Amsterdã, no dia 10 de setembro, também terça-feira. Fiz o trajeto sem tirar nenhum dia de folga.
Qual foi o trajeto percorrido?
Depois de Barcelona, atravessei a França de ponta a ponta, fiz o mesmo em Luxemburgo, entrei na Bélgica, passei rapidamente pela Alemanha, voltei ao território belga e, enfim, cheguei à Holanda.
O ministro da Economia do governo de Bolsonaro, Paulo Guedes, disse a seguinte frase na sexta:
"E o Corinthians começa a ganhar Campeonato Brasileiro, porque todo jogo tem um pênalti roubado lá a favor deles."
Como se combate fake news? Com informação.
Siga o fio e verás. 👇
Nas últimas quatro edições do Brasileirão, contando os 12 times que estiveram em todas elas, o Corinthians é a equipe que menos teve pênaltis a favor: 16.
O que teve mais foi o Atlético-MG, com 27, seguido de Grêmio, Fluminense, São Paulo e Sport.
Número de pênaltis a favor nas últimas 4 edições do Brasileiro
Atlético-MG 27
Grêmio 24
Fluminense 22
São Paulo 21
Sport 21
Chapecoense 20
Atlético-PR 19
Santos 19
Cruzeiro 19
Palmeiras 19
Flamengo 18
Corinthians 16