Notem o reposicionamento da esquerda autoproclamada radical - antes o discurso era de que o PT não estava comprometido com a revogação das reformas. Desde o fim do ano passado, entretanto, a cúpula do partido passou a encampar essas pautas de forma clara. Eis que...
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...o problema deixou de ser a revogação das reformas. Agora o cerne da questão é a forma, o meio utilizado para se chegar a esse fim. Se não for por enfrentamento e pressão popular, o compromisso com a revogação vira "demagogia", "iludir o trabalhador".
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É óbvio que nada impede que o PT trabalhe pela formação de uma base parlamentar e arranjos institucionais que permitam a revogação das reformas ao mesmo tempo em que a esquerda radical mobiliza a sociedade em prol dessas pautas. Mas não é esse o objetivo.
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O objetivo é consolidar o discurso de que o PT está sempre errado e todas as suas ações são contrárias aos interesses dos trabalhadores - mesmo quando o PT está certo e trabalhando em prol do benefício da classe operária. Antipetismo instrumentalizado para disputa política.
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Cabe ao eleitor observar esses posicionamentos e ponderar que forças políticas estão, de fato, compromissadas com a melhoria da vida da classe trabalhadora e quais estão rifando irresponsavelmente essa bandeira em troca de autopromoção. Não é difícil perceber.
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