FATO 1: NOS ÚLTIMOS 35 ANOS, O SETOR PÚBLICO TEVE AUMENTO DE RENDA ENQUANTO O SETOR PRIVADO TEVE QUEDA.
De 1986 a 2017:
- A renda do setor público saiu de R$ 3,4 mil para R$ 4,2 mil (aumento de 24%).
- A renda do SETOR PRIVADO saiu de R$ 2,5 mil para R$ 2,4 mil (queda de 4%).
FATO 2: OS MAIORES GANHOS, PORÉM, NÃO ESTÃO NOS SERVIDORES MUNICIPAIS, MAS NOS FEDERAIS.
- No nível FEDERAL, a remuneração mensal saiu de R$ 5 mil para R$ 9,2 mil (aumento de 84%).
- No nível MUNICIPAL, a remuneração mensal saiu de R$ 2 mil para R$ 2,9 mil (aumento de 41%).
FATO 3: O MAIOR AUMENTO VEM DO JUDICIÁRIO.
Dividindo por poderes, de 1986 a 2017:
- A renda do LEGISLATIVO saiu de R$ 7,3 mil para R$ 6 mil (queda de 18%).
- A do EXECUTIVO de 3,3 mil para 3,8 mil (aumento de 15%).
- A do JUDICIÁRIO de R$ 6,5 mil para R$ 12 mil (aumento de 85%).
FATO 4: É ESPERADO QUE O SETOR PÚBLICO TENHA REMUNERAÇÃO MAIOR QUE O SETOR PRIVADO.
Enquanto no setor público 84% tem mais de 8 anos de estudo, no setor privado esse número é de 63%.
O nível de escolaridade e outras características ajudam a explicar a diferença salarial.
FATO 5: NÃO É ESPERADO, PORÉM, QUE TRABALHADORES SEMELHANTES E EM MESMAS FUNÇÕES GANHEM TÃO DIFERENTE.
Segundo estudo do Banco Mundial, um servidor público brasileiro recebe, em média, 19% mais do que do setor privado, considerado em mesmas funções e mesmas características.
FATO 6: O PROBLEMA DO PRÊMIO SALARIAL ESTÁ NO NÍVEL FEDERAL
Olhando por esferas, conseguimos entender o problema.
- No NÍVEL MUNICIPAL não há prêmio salarial.
- No NÍVEL ESTADUAL o prêmio salarial é de 37%.
- No NÍVEL FEDERAL o prêmio salarial é de 96%.
Resumo. Nos últimos 35 anos:
1. O setor público teve ajustes constantes acima da inflação. O setor privado não. 2. Os maiores reajustes vieram da esfera federal e do judiciário, não da esfera municipal. 3. É no servidor federal que está o maior prêmio salarial.
Dito isso, todo mundo sabe que é um absurdo esses funcionários que possuem os maiores salários, que mais tiveram aumento e que mais possuem prêmio fazerem greve neste momento.
Porém, esse foi um problema que Bolsonaro mesmo criou. Quis dar tratamento especial pros amigos da PF.
Parece que a elite do funcionalismo público não se sensibiliza com 14 milhões de desempregados que tiveram queda de renda e que, em épocas de crise, não possuem estabilidade.
Cabe a nós levar esse problema a público e eleger pessoas que queiram acabar com essa festa.
Mas Lula ignora as evidências de reformas trabalhistas e aposta num experimento sem resultados ainda.
Como diria Malan: "No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto." Segue 🧶
O Mercado de trabalho do Brasil é um dos mais ineficientes do mundo. Por diversas medidas.
Olhando o Labor Market Efficiency, do Banco Mundial, de 140 países, o Brasil está em 117.
Ou seja, apenas 23 países são mais ineficiente que o Brasil nisso. Há diversos motivos.
Um deles é (era mais ainda) uma legislação trabalhista obsoleta.
- Antes não havia regulamentação de Homeoffice ou contratos temporários.
- Você não podia negociar nada com seu chefe sem consentimento do Sindicado.
- Você era obrigado a pagar o sindicato.
- Etc, Etc...
Final do 3° ano do governo Bolsonaro. Quando apresentamos um fato, vem as desculpas.
Avançamos poucos nas reformas
- Mas, a culpa é do congresso.
Chegamos em 2022 com juros e desemprego alto e recessão.
- Mas a culpa é do Covid.
Será? Quanto disso é verdade? Segue.
Muita gente votou no Governo (57 milhões) acreditando seduzidos por algumas promessas:
- Reduzir de 29 para 15 o número de ministérios.
- Unificar impostos com reforma tributária.
- Privatizar Correios, EBC.
- Reforma administrativa.
- Fim do toma lá da cá.
Chegamos ao final de 2021, com muito pouco.
- Temos 23 ministérios. 53% a mais do prometido.
- Gastamos energia com um imposto sobre transações financeiras sem sentido e pouco avançou.
- A reforma administrativa não inclui o judiciário, e está parada.