"Feminista" ma non troppo: em artigo publicado em abril de 2013, Veja faz publicidade positiva para a organização ucraniana Femen e sua representante no Brasil, Sara Winter. A revista também informa sobre os planos de protestos contra a Copa do Mundo.
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Entre 2012 e 2013, Sara Winter e o Femen foram divulgados massivamente por jornais liberais e conservadores, apresentadas como ícones da "nova geração de feministas" do Brasil, defendendo bandeiras como liberdade sexual e a autonomia sobre o corpo.
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O Femen foi fundado em 2008 por um empresário chamado Viktor Sviatsky. O grupo recebe financiamento do bilionário americano Jed Sunden, fundador do jornal Kyiv Post - principal apoiador do Euromaidan, a revolução colorida que jogou a Ucrânia nos braços da extrema-direita.
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Embora apresente-se como um movimento "feminista" e "progressista", o Femen é, na prática, uma organização que busca cooptar os setores liberais para causas conservadoras e reacionárias, avançar a agenda atlantista e desqualificar o próprio movimento feminista.
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Lideranças ligadas ao Femen já receberam recursos de organizações como o National Endowment for Democracy (NED) - fundo de "fomento à democracia" mantido pelo governo dos Estados Unidos, usado como fachada humanitária para operações de mudança de regime e desestabilização.
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A organização ucraniana é conhecida por romantizar e promover a auto-objetificação e por manter uma rígida política de exclusão de mulheres cujos corpos não se adequam aos padrões de beleza. Essa é uma determinação do empresário Viktor Sviatsky, líder do grupo.
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No documentário australiano "Ucrânia não é um bordel", o fundador do Femen se gaba de manter o grupo sob "estrito domínio patriarcal" e rotula as ativistas como submissas e desprovidas de atitude.
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No Brasil, o grupo escolheu a paulista Sara Winter para expandir a franquia. Seu nome verdadeiro é Sara Giromini. A alcunha deriva de Sarah Winter, militante nazista da Inglaterra que serviu como espiã em favor de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
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A semi-homonímia não é o único vínculo entre a Sara tupiniquim e a extrema-direita. Sara Winter também era admiradora do integralismo, frequentava grupos neonazistas e tinha até mesmo uma cruz de ferro tatuada no corpo.
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Em 2012, Sara Winter muou-se para a Ucrânia a fim de receber o treinamento do Femen. Na Europa, participou de protestos contra o governo ucraniano e das manifestações contra a Eurocopa em Kiev, que ajudaram a criar o clima de instabilidade antes do golpe na Ucrânia.
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Ao retornar ao Brasil, já como representante do Femen, Sara era outra pessoa. Dizia-se antifascista, militava em prol dos LGBTs, criticava a opressão do patriarcado e o fundamentalismo religioso. Foi o suficiente para que ganhasse amplo destaque nas mídias de esquerda.
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À frente do Femen, Sara conduziu uma série de protestos no Brasil, abordando temas como combate ao machismo, exploração sexual, intolerância religiosa.
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Outra figura que se destacaria nos protetos do Femen em 2012 era Carla Zambelli, que chegou a ser identificada como porta-voz do grupo em uma reportagem publicada pelo Portal Terra na ocasião.
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Assim como Sara Winter, ela também tinha origem na direita. Apenas um ano antes, em julho de 2011, Carla Zambelli havia fundado o movimento Nas Ruas - uma ONG de discurso reacionário que defende pautas moralistas e anticorrupção.
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Ao lado do MBL, do "Vem Pra Rua" e de outros think tanks e ONGs de direita, o movimento "Nas Ruas" seria muito ativo na organização dos protestos antigovernamentais e em favor do impeachment. O movimento se notabilizou sobretudo pelos bonecos gigantes que levava aos atos.
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Sara Winter foi afastada da direção do Femen já em 2013, acusada de desvio de recursos. Seguiu, entretanto, promovendo protestos e atuou ao lado de setores da esquerda nos atos contra a Copa do Mundo de 2014.
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Em um desses atos, Sara Winter chegou a castrar um boneco representando o deputado federal Jair Bolsonaro. Ela também participou de alguns atos das chamadas "Marcha das Vadias".
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A "Marcha das Vadias" é a versão local da "Slut Walk", que surgiu no Canadá em 2011, reivindicando pautas do feminismo liberal. A edição de 2013 ficou famosa por servir de palco a uma polêmica "intervenção" do coletivo Coiote, com crucifixos no ânus e imagens quebradas.
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Adaptando-se ao humor das massas, Sara, que passou 2014 gritando "não vai ter copa" e castrando bonecos de Bolsonaro, já tinha uma nova personalidade em 2015. Tornou-se cristã, conservadora e antipetista. A mudança foi exaltada pela mídia de direita e think tanks liberais.
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Em 2016, Sara já era uma fiel apoiadora de Bolsonaro, ingressando no círculo interno da família. Também reencontrou a antiga colega do Femen, Carla Zambelli, organizando os protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff.
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Após a vitória de Bolsonaro, Sara ocupou um cargo de confiança e converteu-se posteriormente em líder da protomilícia "300 do Brasil", insuflando um golpe de Estado e prometendo a "ucranização" do país. Zambelli segue como uma das deputadas mais fieis da base governista.
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Em um artigo publicado em setembro de 2021 na agência de notícias do multibilionário Michael Bloomberg, o economista ultraliberal Tyler Cowen elogiou efusivamente o movimento "wokeísta" e o definiu como o próximo grande produto de exportação cultural dos Estados Unidos.
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Cunhado no âmbito do movimento Black Lives Matter, originado após o assassinato de Michael Brown em 2014, o termo "Wokeísmo" (do inglês "woke", "desperto") foi originalmente utilizado para descrever uma tendência sobre a tomada de consciência sobre o racismo.
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Desde então, a concepção do termo foi ampliada, passando a abranger, além da conscientização sobre as questões raciais, tópicos como injustiça social, feminismo e ativismo LGBT, mas sob um viés crescentemente mercadológico e forte influência da indústria cultural.
A tela "O Último Tamoio" de Rodolfo Amoedo retrata a morte de Aimberê nos braços do padre Anchieta. Aimberê foi o chefe dos índios Tupinambá (ou Tamoios) e líder da revolta indígena denominada Confederação dos Tamoios, derrotada há exatos 455 anos, em 20 de janeiro de 1567.
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Filho do cacique Cairuçu, Aimberê foi aprisionado com o pai e levado para a Capitania de São Vicente (hoje São Paulo) para servir como escravo nas fazendas de Brás Cubas. Seu pai morreu no cativeiro, vitimado pelos maus tratos dos escravagistas, mas Aimberê conseguiu fugir.
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Após coordenar uma investida que libertou os demais indígenas cativos, Aimberê uniu os líderes de 7 grupos indígenas distintos que habitavam o litoral do Sudeste (Guaianazes, Aimorés, Termiminós, etc.), convencendo-os a se juntarem à resistência aos colonizadores.
Além de revogar os pontos mais prejudiciais da reforma trabalhista, o Partido dos Trabalhadores pretende rever as alterações mais nocivas feitas pela reforma da previdência. A informação foi confirmada por Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo.
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Conforme Mercadante, a reforma promovida pelo governo Michel Temer não é economicamente viável, sobretudo pela falta de fontes de financiamento derivada do aumento do trabalho informal e da precarização, insuflados pela reforma trabalhista.
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A revisão da reforma da previdência é defendida pelos dois principais economistas que compõem a equipe de aconselhamento de Lula — Guilherme Melo e Eduardo Fagnani, ambos do Instituto de Economia da Unicamp.
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Sobreviventes judeus, soldados soviéticos e militares poloneses comemoram o fim do domínio nazista. Há 77 anos, em 19 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertava os judeus aprisionados pelos nazistas no Gueto de Lodz.
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O Gueto de Lodz foi o segundo maior gueto criado pelas autoridades alemãs para aprisionar judeus poloneses e ciganos durante a ocupação nazista da Polônia, atrás apenas do Gueto de Varsóvia.
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O Gueto de Lodz foi transformado em um centro industrial operado por trabalho escravo, voltado a suprir as necessidades alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. O local chegou a abrigar mais de 210.000 prisioneiros.
Há 61 anos, em 17 de janeiro de 1961, o revolucionário congolês Patrice Lumumba era assassinado por paramilitares apoiados pelos governos da Bélgica e dos Estados Unidos.
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Patrice Lumumba nasceu em Onalua, Congo Belga, em 2/07/1925. Intelectual autodidata, iniciou sua tumultuada carreira política na década de 1950, após observar as práticas exploratórias e opressivas levadas a cabo no Congo, quando o país ainda estava sob domínio belga.
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Em 1958, Lumumba reuniu um grupo de intelectuais e dirigentes locais e fundou o Movimento Nacional Congolês (MNC), o primeiro partido político nativo do Congo. No mesmo ano, participou da Conferência Pan-Africana do Povo, onde travou contato com líderes nacionalistas.
O movimento negro foi um dos muitos movimentos sociais que se uniram aos trabalhadores, sindicalistas, estudantes, intelectuais e artistas para fundar o PT em 1980. Milton Barbosa, principal liderança do Movimento Negro Unificado, foi o criador da Comissão de Negros do PT.
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Fundado em 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU) reorganizou a luta do movimento negro, que havia sido desarticulado pela repressão brutal da ditadura militar. Foi o MNU que conduziu o protesto histórico no centro de SP em 7 de julho de 1978.
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Ao longo de mais de quatro décadas, Movimento Negro Unificado e PT sempre foram parceiros. Algumas das principais lideranças e militantes históricos do MNU eram filiados ao PT. É o caso de Lélia Gonzalez, candidata a deputada federal pelo partido.