O Rio é um local curioso. Certas questões são discutidas como se vivêssemos na Suécia. Um exemplo é o debate sobre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. Há quem defenda que o Galeão deve ter primazia, e que o Santos Dumont deve ser relegado a um papel secundário.
Na prática isso significa que a maioria dos voos deveria usar o Galeão.
A discussão às vezes se torna extremamente técnica. O problema é que ela deixa de fora dois elementos importantes.
Um é o usuário.
O outro é a segurança.
O cliente que paga a passagem deveria ter o direito de escolher de qual aeroporto ele quer viajar. Esse direito é dele, e não de um planejador burocrata.
É óbvio.
Mas a outra questão é ainda mais importante.
A outra questão é o elefante na sala, que todos fingem que não estão vendo: a segurança do acesso ao Galeão.
Esse acesso é feito por estradas - as linhas Vermelha e Amarela - que passam por algumas das regiões mais perigosas do Rio de Janeiro.
Até uma presidente do STF já foi vítima de crime ali.
Ao contrário do que dizem "especialistas" e "ativistas" - esses últimos divididos entre ingênuos e espertos - NINGUÉM tem mais interesse na "legalização" das drogas do que os traficantes.
Veja que coincidência: as principais ONGs e ativistas que defendem a "liberação" das drogas são também os principais defensores do afrouxamento da lei penal e da criação de direitos e "benefícios" para criminosos.
Não é coincidência.
Aguardem meu próximo livro. Terá um capítulo inteirinho sobre isso. Não vai ficar pedra sobre pedra.
Me tornei conservador, mas não espero que todos que estão do meu lado o sejam.
Para mim, basta que não sejam de esquerda - e que demonstrem genuíno interesse em livrar o país do autoritarismo, do crime, da pobreza, do populismo e da servidão ideológica.
É isso que está em jogo nas próximas eleições presidenciais.
Esse ano combateremos em uma guerra pesada.
É hora de criar uma rede nacional de polos de resistência e mobilização.
Começamos a fazer isso no Rio. Precisamos fazer o mesmo em outros estados.
Identificar, nutrir e formar lideranças, e municiá-las com as ideias corretas, para que ocupem os espaços na política, no Estado e na sociedade.
Uma das táticas clássicas da esquerda é criar uma narrativa falsa que, depois, é trabalhada por seu "exército cultural". Essa tropa gera inúmeros produtos - memes, videos, "textões", novelas, papos no BBB e até artigos de jornal - com base na falsa narrativa.
Passado algum tempo, a narrativa mentirosa se incorpora à consciência geral como se fosse verdade.
A turma que faz isso é exatamente a mesma que criou as "agências checadoras de fatos" e que, hoje, implora por censura nas redes - tudo para proteger a sociedade das "fake news".
Depois que as barbaridades stalinistas foram denunciadas por Kruschev, e o sonho da revolução do proletariado morreu uma morte horrível, a arma da esquerda passou a ser o domínio da cultura, do entretenimento e da mídia.
Muita gente me pergunta “o que posso fazer para ajudar na luta contra a tirania e a insanidade?”
Eu sempre respondo que tudo começa com as ideias certas.
O poder das ideias - e da informação - é gigantesco.
Compre, leia e dê um dos meus livros de presente.
Meu primeiro livro é “Ou Ficar a Pátria Livre“ (amzn.to/2SEv0IF ), que fala de política e ideologia. A edição em papel está esgotada, e o livro só está disponível em formato Kindle na Amazon.
Meu segundo livro é “Jogando Para Ganhar: Teoria e Prática da Guerra Política” (amzn.to/39FC1ym), lançado pela LVM Editora, disponível em algumas livrarias e na Amazon. O livro tem capítulos sobre Saul Alinsky e David Horowitz, teóricos da esquerda e da direita.
Pessoas me perguntam: "Mas Roberto, e a terceira via?"
Existem duas respostas para essa questão.
Uma resposta ideológica e uma resposta eleitoral.
Então:
Do ponto de vista ideológico, "terceira via" nada significa.
Ela seria - supostamente - um "meio termo": uma tentativa de combinar medidas econômicas de centro-direita com políticas sociais de centro-esquerda.
Já viu o resultado disso, né?
Um regime de esquerda.
Essa "terceira via" ideológica nada mais é do que outra tentativa da esquerda de se "embrulhar para presente", adotando uma nova marca fofinha para enganar incautos e isentos.
E do ponto de vista eleitoral, existe uma "terceira via"?