A nota fiscal é um documento contábil de declaração de valor tributável, logo, não significa necessariamente o quanto a pessoa ganhou no total, e pensando que ele recebeu valores quando estava nos EUA e valores quando estava aqui no Brasil, ficamos com ainda mais dúvidas.
As notas fiscais não esclarecem totalmente o que foi pago enquanto ele esteve nos EUA e/ou se existiram mais pagamentos ou valores recebidos pelo ex-juiz/ministro/sócio-diretor/consultor (ou ex-tudo).
O regime fiscal da sua pessoa jurídica (Simples) não contempla isso.
E mais, onde estão os contratos? Por qual motivo o ex-tudo não disponibilizou os contratos com a Alvarez & Marsal? Certamente isso encerraria muitas questões e não teria aberto mais perguntas.
Existem dois contratos entre Moro e a Alvarez & Marsal.
Um assinado em 23 de novembro de 2020, que durou até 2 de junho de 2021. Aí quando ele foi para os EUA, assinou outro no dia 7 de abril de 2021, encerrando no dia 26 de outubro, quando Moro decide disputar o Planalto. Reparem que ele teve dois contratos ativos ao mesmo tempo.
Já está claro que após afrontar seguidas vezes o TCU e negar que iria entregar os documentos sobre a sua empreitada como consultor, ele decidiu fazer a live para ter o controle da narrativa e provavelmente fazer o controle das objeções da forma lhe fosse mais conveniente.
E mais, o que explica Moro ter sido anunciado como sócio-diretor de Disputas e Investigações e depois ter a sua participação reduzida para a de um mero “consultor”?
Segundo o seu ex-contratante, Moro não trabalhou nos casos de clientes envolvidos na Lava Jato – clientes que renderam R$ 42,5 milhões para a consultoria. Fica a dúvida: quais serviços prestados pelo ex-tudo justificam polpudos R$ 10 mil diários?
E as empresas em que ele atuou? Foram todas americanas? Nenhuma envolvida com a Lava Jato? Isso, caso tenha realmente prestado algum serviço.
Vejam só, estou apenas aplicando o mesmo método lavajatista de inquirição: a presunção de culpa, impossibilidade de atestar a inocência ou até mesmo a culpa, prevalece a culpa.
Moro é o candidato que busca a presidência do Brasil, mas na hora de prestar contas, se esconde na legislação americana. Maravilhas que só existem por aqui.
Diante de tantas dúvidas e cantos obscuros na relação Moro e Alvarez & Marsal, só restam duas alternativas:
Um inquérito aberto pelo MPF, respeitando o direito de defesa e, é claro, o CPP.
Sem vazamentos indevidos, operações espetaculosas ou revanchismo. Algo que será um marco no reestabelecimento da legalidade brasileira.
Ou, então, Moro mostre que realmente é uma pessoa transparente e publique os dois contratos em sua integralidade e dê esclarecimentos sobre o que fez enquanto consultor e/ou sócio-diretor, quais empresas atendeu e forneça tais informações e esclarecimentos para a Receita e o MPF.
Desde já eu voto pela segunda opção, menos dolorida para todas as partes. Não sou alguém ávido por sangue como os carniceiros da República de Curitiba, sou apenas um defensor apaixonado da Constituição e do Estado Democrático de Direito.
O vereador Renato Freitas (PT) decidiu entrar na Igreja do Rosário, em Curitiba com um grupo de militantes e gritando palavras de ordem.
É isso o que acontece quando a turminha do DCE chega na política e não adquire maturidade.
Deu material completo para a extrema direita usar.
É o tipo de ação infantil e imediatista que não vai eleger o Bolsonaro no 1° turno mais dará para a extrema direita pelo menos mais uns 3 ou 4 deputados para atrapalharem o próximo governo.
Que fique claro que eles não agrediram ou ofenderam ninguém, mas interromperam uma missa.
Eu não passo perto de ser alguém religioso, meu negócio é política.
Por isso gostaria de saber: isso trará mais benefícios para qual lado?
Um cuidado e cautela incompatíveis com um MP que até ontem aplaudia o “enquanto houver bambu, vai ter flecha” de Janot, o PGR etílico que almejou assassinar um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Está mais do que claro que, ao fazer a live, Moro tentou enrolar o eleitorado, o TCU e quem mais queira e tenha o dever de investigar a relação de Moro e da empresa que se beneficiou de suas decisões enquanto juiz.
Um inquérito aberto pelo MPF, respeitando o direito de defesa e, é claro, o CPP. Sem vazamentos indevidos, operações espetaculosas ou revanchismo.
Algo que será um marco no reestabelecimento da legalidade brasileira.
Ou, então, Moro mostre que realmente é uma pessoa transparente e publique os dois contratos em sua integralidade e dê esclarecimentos sobre o que fez enquanto consultor e/ou sócio-diretor, quais empresas atendeu e forneça tais informações e esclarecimentos para a Receita e o MPF.
Ele já tentou destruir o direito de defesa de réus, perseguiu advogados, exaltou delinquentes e criminosos do Ceará, usou a prisão como método de tortura para obter delações e assim vai.
E querem que eu acredite que esse homem é moderado.
É um delinquente!
SOBRE MORO É PAULO GUEDES:
Em outro episódio envolvendo a operação lava jato, a operação estranhou as movimentações da GPG Consultoria Econômica, que tem como sócios o ministro da Economia Paulo Guedes e seu irmão, Gustavo.
Como uma ele tem coragem de dizer isso depois de ter tocado o terror nos governos petistas?!
É engraçado também lembrar que ele enquanto juiz da Banestado até a Lava jato não só atacou o direito de defesa de cidadão como também prendeu gente inocente!
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No Banesado ele mandou a PF oficiar a todas as companhias aéreas para saber os voos em que os advogados de um investigado estavam e determinou a gravação de vídeos de conversas de presos com advogados e até familiares.
Em outro caso, o então juiz realizou uma oitiva com Alberto Youssef para auxiliar na produção de provas. O problema é que isso foi feito depois das alegações finais da defesa, cerceando o direito de defesa do acusado. E aqui eu não estou entrando no mérito de quem é ou não culpa.