Em setembro de 2010 a Petrobras realizou o maior follow-on do mundo (até aquele momento), captando R$120,4 bilhões para a exploração do pré-sal.
Foi permitido o saque do FGTS para o investimento no follow-on da Petrobras, visto que era interesse do governo a sua capitalização.
Com uma ampla propaganda a favor da participação no follow-on e com direito a discurso do Presidente da República na Bovespa, foram aplicados R$423,7 milhões do FGTS de 25,5 mil trabalhadores, segundo dados da CEF.
À época, a #PETR4 foi precificada nominalmente a R$26,30 [...]
[...] (p ajust de R$16,93). Desde então, a Petrobras foi usada politicamente para reduzir artificialmente o preço dos combustíveis, financiar uma mídia paralela, enriquecer empreiteiros e patrocinar partidos políticos aliados, aumentando o escopo das suas operações sem [...]
se preocupar com a sua saúde financeira. Se iniciou então uma das histórias de maior destruição de valor de uma companhia de capital aberto de todos os tempos:
* Um ano depois, PETR4 valia R$19,16 (ajust R$12,86).
* Dois anos depois, PETR4 valia R$22,96 (ajust R$15,93).
Depois desse período, apenas em maio de 2018 (7 anos e 8 meses depois) o preço nominal da PETR4 voltou a atingir o valor do seu follow-on de 2010 (abr/18 para o preço ajustado).
Se vocês acham que o FGTS rende pouco, tenho certeza que os trabalhadores foram conduzidos a [...]
[...] fazer parte desse investimento prefeririam ter mantido as suas reservas nesta aplicação.
Este é um dos exemplos de interferência política e abuso com os acionistas minoritários feitos quando o controlador é o governo.
Depois de a empresa quase quebrar [...]
[...] a Petrobras iniciou uma política de preços com base na cotação do barril de petróleo, vendeu ativos non-core, reduziu o número de funcionários e se tornou cada vez mais eficiente.
E ainda hoje tem gente que jura que isso nunca aconteceu 😆
Hoje o preço da PETR4 está em R$32,63.
Retorno total (cotação) de 24,1% em 10,3 anos (2,1% a.a.)
Retorno total ajustado (c/ proventos) de 92,7% em 10,3 anos (6,6% a.a.)
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Um julgamento de um processo tributário do Santander #SANB11 acaba de causar uma perda de R$4,7bi ao banco, o que é mais que o dobro do lucro reportado no 1T23. Trata-se do RE 609096, onde o STF julgou a incidência de PIS e COFINS sobre as receitas financeiras dos bancos.
Neste processo, o Santander entendia que a Lei estabelece que o PIS e a COFINS deviam incidir apenas sobre o faturamento relativo à venda de mercadorias e não sobre as receitas financeiras (sobretudo juros) do banco e das suas controladas.
Sendo assim, a lei que instituiu o tributo (Lei nº 9.718/1998) não seria constitucional e estes tributos não deveriam ser cobrados. A Lei 12.973/2014, promulgada posteriormente, reconhece diretamente a cobrança dos tributos sobre receita financeira.
As expectativas de juros são algumas das variáveis fundamentais para a precificação de ativos em bolsa. Fiz uma breve e simples pesquisa relacionando o retorno dos ativos com os contratos de DI futuros.
Para montagem de portfólios, deve-se ponderar quanto do valor do [...]
[...] ativo está ligado a mudanças nas taxas de juros, ou seja, se houver expectativas de aumento nos juros, como um portfólio será afetado?
Das empresas do IBRA, listo o TOP 10 das que apresentam a maior sensibilidade aos juros curtos (DI1F24).
Os ativos que mais sofrem (maiores Betas) com aumentos nos DI1F24 são:
Será que o combustível e gás está mesmo tão caro? 👀
Ajustei os preços de revenda do etanol hidratado, gasolina comum, GLP e óleo diesel desde jul/2001, considerando a inflação do período (IPCA) e o poder de compra (salário mínimo).
Eis os resultados: ⛽️⛽️⛽️
Gasolina Comum:
Se o preço da gasolina fosse ajustado pela inflação desde jul/2001, em jul/2022 o litro deveria valer R$6,18, contra os R$7,25 atuais (aumento real de 17,3%).
O preço de hoje equivale a R$1,97/litro na data de referência, quando o litro custava R$1,68.
Considerando o ajuste do poder de compra, 100 litros de gasolina equivalem hoje a 6,59% do salário mínimo atual, contra 9,34% em jul/2001.
O recorde deste indicador foi em fev/2003, quando 100 litros de gasolina custavam 11,12% do salário mínimo.
A cada mês atingimos novos recordes de empregos formais no Brasil, mesmo com taxa de juros e inflação elevados.
Embora vejamos notícias de muitas empresas (sobretudo de tech) reduzindo seus quadros de pessoal, a dinâmica de admissões e demissões não é a mesma entre os setores.
O setor com o maior número de contratações nos últimos 12 meses foi o de serviços (+1,44mi), seguido do comércio (+500k) e atividades adm. e de serv. complementares (+342k).
Nos últimos 12m, apenas o setor de eletricidade e gás teve mais contratações que admissões (-122).
Na variação relativa, destaque para o aumento de contratações nos segmentos de alojamentos e alimentação (+17,6%), construção (+11,0%) e info e comunicação (+10,8%).
O único setor que teve queda nos empregos formais (energia e gás) mostrou redução de apenas 0,1% no seu quadro.