Como emigrante, não foi a progressividade do IRS que me fez sair de Portugal. ❌
Foi sim a falta de oportunidades na área profissional que escolhi e de perspetivas de futuro. ✅
Mas a @LiberalPT tem razão: o IRS Português penaliza em demasia aumentos salariais.💸
THREAD 1/
Considere-se o exemplo de um ordenado líquido mensal de 1500 € em Portugal (a 12 meses com subsídios em duodécimos).
Sem contar com deduções, seria necessário um ordenado bruto mensal de 2 168 € (26 015 €/ano) para auferir este rendimento, ou seja, a carga fiscal é de 31%. 2/
Vejamos como se compara este rendimento Português com rendimentos que proporcionam o mesmo nível de vida em destinos comuns de emigração portuguesa🇩🇪🇫🇷🇮🇪🇨🇭🇬🇧
Portugal 🇵🇹 tem a 2ª maior carga fiscal sobre o rendimento, só ultrapassado pela Alemanha 🇩🇪. 3/
Supondo que o trabalhador consegue um aumento do salário bruto de 50%, qual seria o resultado no salário líquido?
Em Portugal, de um salário bruto de 3252 €, fica-se com 2075 € líquidos, i.e., carga fiscal de 36%. 4/
Por outras palavras, um aumento do salário bruto de 50% em Portugal 🇵🇹, resulta num aumento líquido de apenas 38%.
Entretanto nos demais países da Europa, só a muito citada Irlanda 🇮🇪 é que penaliza mais que Portugal os aumentos salariais aumentando apenas 31% o líquido. 5/
A Irlanda apesar de ter um sistema menos progressivo que o português, com apenas dois escalões, acaba por penalizar mais subidas salariais que Portugal.
A progressividade não é necessariamente o maior fator de penalização de aumentos salariais! 6/
No entanto, esta análise pressupõe uma comparação com salários que conferem os mesmo níveis de vida. Se Portugal quer sair da maldição da emigração e dos salários baixos é necessário que estes convirjam📈 em valor nominal para os níveis salários de países mais prósperos. 7/
Se o salário líquido português for igual à media da Alemanha, França e Irlanda do 1º exemplo (2300 €), Portugal passa a ser o país com maior carga fiscal no salário (37.5%). 8/
Isto é um enorme entravo à fixação de talento!
Se queremos ser um país mais próspero, temos de desagravar o IRS urgentemente para salários da classe média.
Pode-se ou reduzir as taxas ou alterar os limites de cada escalão, mas não será necessário mexer no número de escalões. 9/
O exemplo disso é a Alemanha, em que o 2º e 3º escalões têm taxas marginais que sobem continuamente com o rendimento coletável (ver gráfico). Na prática o sistema alemão tem um escalão para cada ordenado possível neste intervalo. 10/10
Pressupostos:
Salários calculados com base num solteiro sem filhos com 30 anos.
Na Suíça incluí seguro de saúde com custo de 300 CHF por mês e no UK a contribuição de 5% do salário bruto para o fundo de pensões.
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1) Antes mais começar pelo grande sucesso da campanha de vacinação contra a COVID-19, a melhor deste quadro que sumariza 4 grandes indicadores relacionados com a pandemia. ⬆️
2) Ainda sobre a pandemia, Portugal registou um decrescimento brutal do número de consultas de médicos de família nos primeiros meses de pandemia em 2020 face a 2019. Especial destaque em Abril 2020, um redução superior a 70% face a 2019. ⬇️
O custos do solar fotovoltaico☀️atingiram a média global de 57 $/MWh (48.5 €/MWh). Redução de 85% face a 2010.
Este valor é cerca de metade do custo de produção de electricidade por carvão ou gás natural aos dias de hoje. 2/
No eólico on-shore🌬️também se observou uma redução significativa, atingido os 39 $/MWh (33 €/MWh) em média a nível global.
Este custo corresponde ao o valor mais baixo de qualquer energia renovável até hoje observado. 3/
O aumento do preço de electricidade nos últimos meses faz lembrar a hockey stick graph🏒da temperatura média global.
No mês de Julho de 2021 o preço médio mensal atingiu os loucos 92 €/MWh enquanto que a média 2016-2019 foi ~50 €/MWh. 2/
Os bodes expiatórios desta subida são:
1⃣O preço do gás natural em alta (40 €/MWh), 10x o min. do ano passado (4.2 €/MWh) impulsionado pela recuperação económica pós #pandemia.
2⃣O preço das licenças de emissões de CO₂ q atingiu máximos históricos em de Julho (57.6 €/t). 3/
Obrigado @al_antdp pelo tag e pelo lançamento do desafio.
O vídeo é bastante interessante e sumariza algumas conclusões que outros estudos chegaram.
No entanto existem outras questões que não são claras ou pura especulação.
Aqui vão alguns comentários nesta THREAD. 1/
1) Até ao minuto 3 é tudo factual, nada a assinalar. 2/
2) As projecções de redução de custos de solar são plausíveis pois as células com mais de 1 junção permitirão rendimentos superiores a 30% (ver a roxo da figura à esquerda). 3/
Há uns tempos no webinar do @eoc_pt sobre o H2 verde, foi apresentado o projeto da Fusion Fuel (FF).
Na altura comentei que a informação sobre a tecnologia era vaga e insuficiente.
Recentemente prestaram mais info numa apresentação.
Segue uma THREAD com uma análise que fiz. 1/
A FF é uma empresa Portuguesa que ambiciona posicionar-se no mercado emergente do H2 verde. O modelo de negócio será não só a venda de tech e equipamentos de produção de H2 verde, mas também no desenvolvimento de projetos próprios de produção de H2. 2/ fusion-fuel.eu
A FF fundiu-se recentemente com a “SPAC” HL Aquisitions Corp.
“SPAC” significa “special purpoose acquistion company”. Estas são empresas que têm como objetivo tornar outras empresas públicas através de fusões ou aquisições, sem que estas passem pelo processo normal de uma IPO. 3/
A CIMPOR (@NoticiasCimpor) e a The Navigator Company (@NavigatorSocial) anunciaram a semana passada um investimento de 155 milhões de euros para reduzir as emissões de CO2.
E porquê agora? Por razões ambientais? Não...
Porque faz economicamente sentido!
Saiba mais na THREAD 1/
Este anúncio tem de ser enquadrado no recente aumento das taxas de carbono acima de 30 €/t de CO2.
As empresas estão a perceberem-se que têm de investir agora para evitarem custos no futuro. 2/
E porque é que este investimento faz sentido economicamente e agora?
Porque dada a perspetiva de aumento do preço das licenças de carbono, faz mais sentido investir agora, do que esperar. 3/